Pressionar para acontecer
A imprensa roraimense precisa fazer melhor a lição de casa quanto ao seu papel em defesa da coletividade. Diferentemente do que ocorreu em governos passados, jornais, rádios e TVs não têm cobrado do Ministério Público Estadual, posicionamento do órgão quanto aos gastos absurdos na saúde pública quando pessoas são mal tratadas e morrem nos hospitais do estado.

E a Secretaria de Saúde, é o grande cofre do estado que pode está sendo usado para financiar a campanha eleitoral de Antônio Denarium e Hiran Gonçalves.

Me lembro que em governos como de Neudo Campos e Anchieta Júnior, havia, sempre, equipes de repórteres da Folha de B. Vista, ou da TV Roraima, ou da Rádio Equatorial - que depois virou 93 FM - em frente ao MPE tentando arrancar respostas de promotores da saúde pública ou do patrimônio público sobre denúncias de desvios de dinheiro naqueles governos. E o MPE era mais atuante. Na época de Edson Damas, Alessandro Tramujas e Ulisses Moroni.

E hoje, a secretária Cecília Lorenzom, que faz uma gestão catastrófica no campo gerencial, promove e renova contratos milionários superfaturados na cara de todo mundo, e parte da imprensa só faz denunciar ou criticar, mas deixa os promotores de justiça sem qualquer incomodo de responderem por suas aparentes inércias.

Colabora para esse estado de coisas absurdas, que o MPE, na pessoa da procuradora chefe Janaína Carneiro, condencorou no ano passado Antônio Denarium como "governador exemplar", mesmo com as centenas de mortes que o seu governo patrocinou por falta de medicamentos, de UTIs, e de cirurgias. Teve quem morresse no HGR depois de tomar banho de chuva dentro da UTI do HGR, e mesmo assim o MPE o homenageou.

Interessante nisso é o detalhe: o marido de Janaína Carneiro, Rodrigo Avilar, é diretor da Codesaima, empregado por Denarium com salário de R$ 20 mil. Por quem será que Janaína, e sabe-se lá quem mais no MPE, torce nessa eleição para governador?