COZINHANDO O GALO

Denarium deve decidir entre Hiran e Cascavel

Todo mundo sabe que Airton Cascavel virou secretário de Saúde dentro de um acordo político em que ele será candidato a deputado federal ou a senador aliado de Antônio Denarium.

Se o governador priorizasse a saúde pública e não a sua reeleição querendo formar uma base política para isso, jamais nomearia um político-candidato. Teria o discernimento de colocar para administrar o caos no HGR e na maternidade Boa Vista um técnico, um profissional da área, até porque, pelos negócios que Cascavel administrou, nem isso ele seria um exemplo a seguir.

Denarium, com isso, ultrapassa mais e mais as raias da leviandade pública pelo interesse particular com olhos para sua reeleição, mas com derrota prenunciada pelas pesquisas que seu grupo vem realizando.

"REJEIÇÃO MONSTRA" - Por isso, Denarium tem sido alertado a descartar logo Telmário Mota, que nas pesquisas é o de pior desempenho para compor chapa com o governador. "Ele (Telmário Mota) tem rejeição monstra", revelou um assessor palaciano.

Todo mundo sabe da rejeição do estudioso de Nibirú que perdeu até para os votos brancos e nulos em 2018, se tornando no humilhante único caso na história do Senado, em que um senador concorre ao governo do seu estado e leva uma pisa homérica das urnas.

NÃO CONFIAM - Todo mundo sabe, também, que Telmário não é candidato de Denariume nem de ninguém, e sim, uma candidatura imposta. Ele é candidato dele mesmo. Não é o cara que o governador e o seu grupo escolheram, trabalharam e confiam.

Há uma espécie de certeza geral no Palácio Hélio Campos que, no hipotético caso de ser releeito, Telmário, que vive repetindo que é independente, se tornaria oposição a Denarium em menos de um ano se achando dono dos votos que teve, também na hipotética situação do governador se releger.

COZINHANDO O GALO - Já Hiran Gonçalves, que é o preferido de Mecias de Jesus e Sampaio das Diárias para disputar o Senado, seria uma candidatura construída pelo governo, com identidade maior com o governo, além de que Hiran é equilibrado e confiável. A mesma situação é vista para Cascavel.

E por que Denarium não descarta logo o estudioso de Nibirú? Simples, porque estão cozinhando o galo, como se diz quando alguma coisa está sendo protelada. A eleição é daqui um ano e meio. Então, pra quê descartar um "vibrador" agora que se auto-denomina como "quem mais divulga as ações do governo"?

ESTRUTURA - Quem o grupo do palaciano analisa para o Senado, terá estrutura para se viabilizar mesmo sem lastro nenhum de boa administração, e muito menos, com conhecimento em gestão de saúde pública, como é o caso de Cascavel, que todo mundo conhece.

Ou, numa candidatura construída pelo governo, como a de Hiran, e não numa imposta, como a de Telmário.