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OPERAÇÃO SPOOFING

Jucá estava certo.


E se tivesse estancado a sangria que o poder corrompeu?

Há duas frases ditas, uma num passado distante, e outra mais recente, que comungam hoje o que o Brasil ganhou e perdeu com a Lava Jato. "O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente", disse há quase 200 anos, o Barão inglês John Acton contra aos dogmas impostos pelo forte Vaticano do poderoso Papa Pio IX.

"Tem que mudar o governo para se estancar essa sangria", disse gravação armada, em 2016, o então ministro do Planejamento, Romero Jucá, sobre a quebradeira nas grandes empresas e sobre o desajuste na economia e na política do país causados pelas delações super premiadas da Lava Jato, que depois a "Vaza Jato" e a Operação Spoofing da Polícia Federal mostram que, em boa parte, foram forjadas pelos procuradores em conluio com o então juiz Sérgio Moro.

A própria gravação que Jucá sofreu foi arquitetada e combinada pelo então procurador geral Rodrigo Janot - o mesmo que afirma e acusa Telmário Mota de espancar uma ex-amante 40 anos mais nova que ele - para que Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro, gravasse Jucá, Renan Calheiros e José Sarney.

Ou seja, os métodos da Lava Jato, longe de republicanos e de obedecerem o estado de direito, que forjou gravações e delações hiper ultra premiadas, provocou um estrago enorme na economia e na política do Brasil, com centenas de milhares de demissões, desvalorização do Real, e polarização política que rendeu ao candidato dos procuradores e de Moro, Jair Bolsonaro, ser eleito  presidente em 2018 em cima do falso discurso da moralidade, da ética, e do combate à corrupção.

Sim, "o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente". E foi isso que aconteceu desde sempre com as forças que assumem poderes absolutos, como os que Deltan Dalagnol e Sério Moro, tiveram.

Poderes parecidos aos dos revolucionários franceses Maximillien Robespierre, Georges Danton e Jean-Paul Marat que destituíram o reinado de Luís 16, e o guilhotinaram em praça pública. Poderes parecidos aos dos bolcheviques liderados por Vladimir Lenin que promoveram a revolução russa fuzilando toda família do czar Nicolau II. Parecido ao do PT de Lula, que liderou o governo mais popular da História do Brasil, e comandou o maior escândalo de corrupção do mundo.

Robespierre, Danton, Marat, Lenin e Lula se corromperam com o poder que tinham nas mãos. Uns pela ganância do poder pelo poder. Outros, pela vaidade e deslumbre de acharem que estavam fazendo história, atropelando direitos e cometendo crimes.

Dá para imaginar a reação da sociedade em pleno século 19 diante da afronta de John Acton em apontar o dedo para o Papa e dizer que o Vaticano e seu líder estavam corrompidos pelo poder?

Teria causado o mesmo assombro que o comentário de Romero Jucá causou, e até hoje é distorcido, sobre a necessidade de se "estancar a sangria" que mais prejudicou a economia e a política do país, de forma irregular, com abuso da força ancorada na opinião pública para prender sem prazo de liberdade qualquer pessoa. De tramar depoimentos e forjar delações em nome do poder. Poder corrompido. Poder do conluio de procuradores e um juiz federal.

A gente sabe o fim que tiveram a Revolução Francesa e seus líderes guilhotinados, a Revolução Bolchevique e seu comandante envenenado, o governo do PT e seu chefe maior preso. Se houver o mínimo de justiça no Brasil, Deltan Dalagnol e Sérgio Moro (atual sócio da empresa que controla o que sobrou da Odebrecht que ele quebrou), que estão tendo suas peripécias e armações expostas pela Vaza Jato e pela Operação Spoofing, ficarão para sempre no ostracismo que já vivem hoje, como maus exemplos do Ministério Público Federal e Justiça Federal. 

Quanto sangue, quantos empregos, e quantas honras teriam sido evitados de derramar, perder e manchar se o poder que corrompe de forma absoluta tivesse sido estancado a tempo?


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