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TORNAR A VERDADE EM DELITO
O juiz Angelo Augusto Mendes, da 2ª Vara Cívil, é o próximo a ser avaliado pelo critério telmariano de seriedade.

Juiz Angelo Augusto Mendes será avaliado por Telmário
Acusado por Telmário Mota, de promover uma "justiça seletista", segundo ele, "uma justiça que prende o pobre e solta o rico", o Judiciário roraimense vive, agora, sob constante avaliação dele.

Quando se decide como Telmário Mota quer, o magistrado "não têm obediência ao grupo do mal". Mas quando a decisão do juiz lhe desagrada, ele logo insinua que rolou suborno, igual ele fez em um vídeo, em dezembro passado, com a juíza Lana Leitão, só porque ele não gostou dela não ter mandado prender um investigado.

O juiz Angelo Augusto Graça Mendes, da 2ª Vara Cívil de Boa Vista, é o próximo a ser avaliado pelo critério telmariano de seriedade. Angelo Augusto julga o processo 0810485-82.2020.8.23.0010, em que Telmário se diz vítima de injúria e difamação postadas por mim neste Fontebrasil. Eu não o injuriei e nem o difamei, como provo aqui nesse texto.

Telmário Mota me acusa de ter dito que ele "espancou" uma ex-namorada bem mais jovem, e que ele trai sua esposa "descaradamente". Eu nunca afirmei que Telmário "espancou" seja quem for. Eu escrevi de forma bem clara que ele "é DENUNCIADO na justiça ACUSADO de espancar uma namorada".

Sim, juiz Angelo Augusto, Telmário Mota responde acusação do então procurador chefe da PGR, Rodrigo Janot, de ter espancado Maria Aparecida Nery, que é 40 anos mais jovem que ele, em 26 de dezembro de 2015, e esse processo está há um ano na 1ª Vara Criminal de Boa Vista (ver abaixo do texto). Portanto, publicar que alguém, seja senador ou jornalista, que é ACUSADO na justiça por um crime, não é crime, é relatar um fato.

Acredito que, sem ter observado bem o teor da nota, ou por não conhecer os fatos reais desse caso, Angelo Augusto Mendes tenha concedido liminarmente, pedido de Telmário para que o trecho dessa nota fosse retirado, o que me preocupa já que poderia haver alguma tendência de julgamento que considero equivocada diante das provas e dos fatos, pois repete-se: publicar que alguém, seja senador ou jornalista, que é ACUSADO na justiça por um crime não é crime.

A verdade não é crime
Outro ponto que o juiz atendeu a Telmário, foi para que fosse retirado o trecho em que afirmo que o senador, que posa de moralista, ético e defensor dos bons costumes nas redes sociais, traiu a esposa, e isso é de conhecimento público. Afirmar uma verdade, mesmo que da vida privada de um homem público, não é crime e nem ofensa. Se Telmário se constrange diante dessa verdade, que ele não cometesse esses fatos.

É de conhecimento público que Telmário tem uma filha de 26 anos, gerada fora do casamento. Tem-se notícia de outra filha dele, que é menor de idade. Há, no YouTube, com o título "Telmário confessa que trai Suzete" (https://www.youtube.com/watch?v=rjgT6-BoNMY), em que ele passa uma cantada numa mulher, relatando envolvimento amoroso com outra "mulher, casada, do Mato Grosso"... "loira, olhos azuis, um corpo maravilhoso igual ao seu". E o caso que teve com Maria Aparecida, que ele mesmo assumiu em entrevista à Folha de S. Paulo, que também é de conhecimento público. Tudo isso são fatos.

"Senador 24 horas por dia"
Em 9 de março de 2016, relatando sobre o processo de cassação de Delcídio do Amaral, Telmário afirmou em seu relatório: "Um senador exerce seu mandato 24 horas por dia, ou seja, a todo momento. A atuação de qualquer parlamentar além de atender aos reclamos legislativos do respectivo estado, também deve zelar pela imagem do Parlamento”, portanto, o que um senador faz na vida privada, também interessa à sociedade, já que o povo elege alguém, também, por suas condutas privadas de respeito à família, conjugue e fihos.

Portanto, a crítica feita por mim ao comportamento hipócrita de Telmário Mota, é embasada na verdade de acontecimentos, e não na injúria ou difamação que ele, maldosamente, quer fazer crer junto ao juiz da 2ª Vara Cívil. 

Se faz necessário que as notas publicadas por mim sejam lidas em sequência, pois aí se entenderá todo o seu contexto, que tratou dos motivos da rejeição eleitoral a Telmário Mota, e ao resultado que ele obteve na eleição de 2018 para o governo do estado, ficando em último lugar atrás até dos votos brancos e nulos. Fato único na história do Senado.

O que mostro nas notas que publiquei, é justamente graças a fama de violento, de bravateiro, e mentiroso, comprovada pelos boletins de ocorrencias policiais, pelas propagandas falsas, portanto mentirosas, como a de que ele e Dilma "liberam as obras de Tucuruí", uma mentira deslavada divulgada em baners em abril de 2015 pelo próprio Telmário, o motivo da sua retumbante rejeição. (Ver foto ao lado)

E como ele insiste em continuar agindo desse modo, eu o considero "burro" porque esse modo de fazer política lhe colocou na posição mais vergonhosa que um senador já passou sendo candidato. Achar que um político é "burro" ou não inteligente na forma que faz política é crime? 

Transformar a verdade em delito
Assim, com liminar que retirou trechos que tratam da realidade, me preocupa, já que pode haver uma tendência de julgamento. De certo, há a tentativa de se ludibriar a justiça para punir um jornalista por algo que escreveu e desagradou um senador.

Esse desagrado e essa irritação de Telmário têm objetivo bem claro: o de induzir a justiça a condenar quem lhe incomoda em relatar acontecimentos da sua vida, querendo a todo custo transformar a verdade dos fatos em delito.

Delito igual ao que ele, creio, irá insinuar que Angelo Augusto Graça Mendes cometeu "por subserviência ao grupo do mal" ou, fazendo gesto com os dedos em sinal de dinheiro, que recebeu suborno, igual ao que ele fez sobre a juíza Lana Leitão, se o juiz não decidir como ele quer.


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