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ROMBO NA SESAU
Chagas, Xingú, J. Everton, Betânia e Diego Coelho têm muito o que explicar.

Os eleitores estão vendo tudo
Ainda sobre o acordo de controle da Secretaria de Saúde com seu orçamento de R$ 1 bilhão a serem gastos com empregos de aliados e contratos milionários, pela anulação de todo e qualquer pedido de impeachment de Antônio Denarium, concretizado ontem pelos deputados estaduais, ficam  as observaçõess sobre cinco deputados.

Jânio Xingú, Betânia Almeida, e Diego Coelho que protocolaram pedido de impeachment do governador, e em entrevista coletiva, os três afirmaram que há razões mais que suficientes para afastar Denarium, têm muito o que justificar o silêncio de ontem.

“As compras superfaturadas, dispensa de licitação, adiantamento indevido de dinheiro, são as provas dessa corrupção que grassa na administração de Denarium. Daí a razão do pedido de Impeachment. A verdade é: o governo de Denarium não é honesto”, disse Diego Coelho.

Xingu foi direto: “Os crimes existem, as provas são robustas e o organizador e autor intelectual desses desmandos todos, trabalha ali do lado do gabinete do governador: atende pelo nome de Disney Mesquita, chefe da Casa Civil”, e acrescentou que havia 20 processos com dispensa de licitação na Sesau, todos auditados, no valor de R$ 78 milhões. “É ai onde o crime grassa, onde eles fazem a festa, onde o dinheiro do povo que deveria ser empregado na Saúde, na melhoria da condição de vida da população, vai pelo ralo”, afirmou Xingú.

“Lá (Sesau), 90% dos processos que tramitam são irregulares. Por exemplo, há uma compra com dispensa de licitação no valor de R$ 38 milhões. Isso é absurdo inaceitável. Onde já se viu uma compra desse tamanho com dispensa de licitação?”, perguntou Xingu, que ontem ficou mudo.

Betânia Almeida, que ontem não deu pio sobre seu epdido de afastemtno de Denarium, disse na coletiva que "as provas de crimes diversos de responsabilidade são incontestáveis e legítimas. Não estamos inventando factoides nem fabricando argumentos falsos. Resta comprovado que existem crimes, eles precisam ser apurados e a responsabilidade é do gestor, no caso o governador”, afirmou Betânia.

Outros dois deputados, Gerson Chagas e Jorge Everton, presidente e relator da CPI da Saúde, que têm conhecimento das acusações, contratos suspeitos e depoimentos que apontam responsabilidade sobre os rolos na Sesau, também fizeram silêncio beneditino e concordaram com o arquivamento dos pedidos de impeachment.

​O que se observa nisso tudo, é que os ilustres deputados não sustentam o que falam, o que acusam, e o que sabem. É claro que há muita coisa errada na Sesau. É lógico que Denarium não convenceu ninguém dizendo que "sabia da compra mas não sabia do valor dos respiradores". E mesmo se isso fosse verdade, ele cometeu crime de responsabilidade porque o dinheiro do estado é de sua responsabilidade zelar pela boa e regular aplicação.

O que fica pra Xingú, Diego, Betânia, Chagas e Jorge Everton é a certeza que não é apenas Deus que está vendo o que eles fazem e deixam de fazer como deputados, como fiscais do povo. Os servidores da ALE, os servidores da Sesau, e os eleitores, também, estão vendo tudo.


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