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FAZENDO MÉDIA
Quem, de coração, ajuda o outro, não faz propaganda disso.

Altruísmo oportunista de Telmário
​Há um entendimento comum na sociedade que separa o que seja altruísmo, benevolência ou filantropia, e o que é oportunismo, propaganda e marketing de quem se promove pessoalmente na prática de uma dessas ações. Quem, de coração, ajuda o outro, não faz propaganda disso. Já quem divulga que fez bondades em um momento de pandemia como esse, quer, nitidamente, se promover socialmente ou politicamente.

Se assim não o for, qual o motivo, por exemplo, de Telmário Mota gravar um vídeo e espalhar nas redes sociais carregando o seu carro "com várias cestas" - 12 cestas na verdade - para doar sabe-se lá - realmente - pra quem, dizendo "não entrei na política para ficar rico", e que agora em diante iria tirar do "saláro" dele para ajudar o povo.

Bom, primeiro, por que o generoso samaritano de Nibirú não fez essas doações de cestas básicas antes, e só agora, quando desfruta de enorme rejeição do eleitorado? Ah! Antes ele dava algumas melancias como ação parlamentar. Mas não deixa de ser uma evolução, não é? 

Segundo, se não entrou na política para ficar rico, como Telmário Mota diz, por acaso, ele abriu mão do salário - na época - de R$ 33 mil nos oito meses em que saiu de licença para que seus dois suplentes assumissem e recebessem todas as benesses presentes e futuras de um senador? Se abriu mão, tem como provar que não recebeu nada nos oito meses de licença, até porque ele não estava fazendo jus pra isso?

Terceiro e último, Telmário afirmou "vou dar meu saláro todinho", então, nesse fim do mês até janeiro de 2023 quando termina o seu mandato, já que ele disse que não irá mais disputar a reeleição, ele vai doar e mostrar em quê doou todo o seu "saláro" com auditoria independente que comprove a sua propaganda política, e o seu altruísmo oportunista?


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