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Moro compara Jalser Renier a Eduardo Cunha.

A verdade dos aplausos
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi aplaudido de pé, ontem, durante a solenidade no Ministério Público Estadual, quando fez uma comparação entre o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, com o presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier, afirmando que "recaem suspeitas graves" sobre o deputado roraimense.

Nas redes sociais, aliados de Jalser, que tem relação conflituosa com a procuradora chefe Janaína Menezes, contestaram a declaração de Moro, alegando que ele "jogou para a platéia" formada por membros e funcionários do MPE, além de familiares desses membros, daí, a "claque" de aplausos de pé ao ministro. Isso não deixa de ser verdade.

Apontaram as facetas de Sérgio Moro expostas pela série de reportagens do Intercept Brasil, como um "juiz que condenou Lula sem provas" (ele próprio reconhece isso na sentença); "o juiz que vazou conversa de Lula para poder condená-lo", e que "beneficiou Bolsonaro tirando do seu caminho o favorito da campanha". Isso tudo é verdade.

Como é verdade que Sérgio Moro, sem nenhum constrangimento, aceitou ser ministro  de Bolsonaro com a promessa de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal. Como é verdade que Moro nunca comentou o caso do filho senador do presidente ser cercado de "laranjas" e envolvido com milicianos. Moro nunca falou nada sobre o "laranjal" do PSL com colegas ministros envolvidos.

Porém, a realidade mostra que, indepentente de todo esse tendenciosismo de Moro, os aplausos ao ministro afirmando que "recaem sobre o presidente da Assembleia Legislativa suspeitas graves (de desvio de dinheiro público), vão ecoar por muito tempo. Serão usados na campanha eleitoral desse ano e em 2022, sendo ou não verdadeiras as acusações que ele responde.


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