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Hora de plantar, hora de colher

Em silêncio as pessoas, sobretudo aquelas atingidas diretamente pelo rolo compressor de Lula contra Roraima, armam a vingança e é claro que os políticos, entre eles, o senador Romero Jucá, serão cobrados disso. Onde estava Jucá? O que fez Jucá? Isso será objeto de vários discursos, aparições em TV e Rádio, músicas de campanha etc.


Por Adaílton Mota

O que leva o senador Romero Jucá a acreditar que ele tem chances reais de ganhar a disputa para governador nestas próximas eleições? Essa é uma sutil pergunta que inquieta do mais humilde cidadão a mais expressiva liderança política do Estado.

Vamos aos fatos: Jucá não tem um grupo amplo, seus aliados formam um reservado e pequeno grupo, que raramente é ampliado em época de campanha eleitoral; o mandato de Jucá como senador e as gestões de sua esposa como prefeita não servem a coletividade (politicamente falando) e sim a dois ou três empresários, geralmente de fora, que com eles também marcham ou como "candidatos" ou como incentivadores eleitorais.

Romero Jucá não costuma fazer acordo a médio ou longo prazo e quando o faz não cumpre, recentemente - quando decidiu que seria candidato ao governo - percorreu o interior, fez uma série de acordos, mas nenhum deles foram cumpridos.

Além de tudo isso, Jucá já perdeu de antemão a campanha para a realidade, em mais de uma década como senador só conseguiu figurar como o "trazedor" de recursos para a capital, administrada por sua esposa e para algumas prefeituras do interior, algumas das obras resultados das famosas emendas e convênios ou já foram destruídas pela mera ação do tempo, ou são hoje vistosos elefantes brancos em diversas localidades interioranas.

Mas o karma de Jucá não pára por aqui, ele poderia ter feito muito e não fez nada, por alguns setores, dentre eles o mais sintomático é a questão indígena. Jucá preferiu ficar do lado da Igreja, de ONG's, do governo federal, em detrimento das famílias que estão sendo enxotadas de suas propriedades (Raposa-Serra do Sol). Omissão é a única palavra que cabe para definir o papel de Jucá em relação a essa questão. Ele foi o homem forte de FHC, é o homem forte de Lula, ex-ministro e toda essa artilharia pesada, que ele já usou para colocar Polícia Federal, Ministério Público, Justiça e todos os órgãos federais atrás de políticos locais não foi sequer acionada para tentar salvar alguma coisa do patrimônio das famílias que estão sendo humilhadas, vilipendiadas pela insanidade de um governo federal descompromissado com o futuro real de Roraima.

Em silêncio as pessoas, sobretudo aquelas atingidas diretamente pelo rolo compressor de Lula contra Roraima, armam a vingança e é claro que os políticos, entre eles, o senador Romero Jucá, serão cobrados disso. Onde estava Jucá? O que fez Jucá?  Isso será objeto de vários discursos, aparições em TV e Rádio, músicas de campanha etc.

Jucá trocou o futuro de Roraima pelas benesses patrocinadas pelo Poder, esteve do lado dos poderosos e deixou pessoas humildes, famílias inteiras , serem massacradas. Agora é a hora de repetir a pergunta: O que faz Jucá pensar que depois de tudo que ele não deveria ter feito e fez, de tudo que ele deveria ter feito e não fez, ainda tem condições de pleitear através do voto da população que ele ajuda a destruir, a eleição para o cargo político mais importante do Estado? Se não estivéssemos em Roraima seria um grande motivo para piadas.

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