- 20 de agosto de 2025
A quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo, horas depois de ter ido depor na CPI dos Bingos, foi ato dos mais vis e criminosos dessa gestão federal petista desmoralizada e fascista. A história é pavorosa e dá mostra do tipo de democracia praticada pelo governo Dom Luiz Inácio (PT-SP).
O PPS, através do deputado Raul Jungmann (PE), protocolou queixa-crime no Ministério Público contra a Caixa Econômica Federal, "para investigar as circunstâncias que envolveram a quebra do sigilo bancário do caseiro".
Na última quinta-feira (16), Nildo depôs na CPI dos Bingos e desmentiu o ministro Antônio Palocci (Fazenda). Contou que sua excelência era freqüentador assíduo da "casa do lobby", localizada na parte mais nobre de Brasília (Lago Sul), onde se reunia com ex-assessores de Ribeirão Preto (SP), lobistas e mulheres.
As mulheres eram agendadas pela "promotora de eventos" Jeany Mary Córner. O ministro se sentia particularmente atraído por uma delas, Carla, razão principal de sua arenga com o advogado Rogério Buratti. Este último, ao se apaixonar por Carla, terminou pondo fim ao seu casamento de mais de 20 anos.
A partir daí, depois de saber que Palocci ainda se encontrava com a garota, abriu o bico e revelou negociatas realizadas na mansão, acertos financeiros e orgias. Palocci nega. Assegura jamais ter ido à casa, especialmente "por não saber dirigir em Brasília".
Aí, apareceu Nildo e entornou o caldo. Mas nem conseguiu finalizar seu depoimento na CPI, pois o Palácio do Planalto, em decisão do próprio presidente da República, acionou o senador Tião Viana (PT-AC) que entrou com mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal, solicitando a suspensão.
De imediato, o ministro Cezar Peluso concedeu liminar, mas o estrago já havia sido feito. Palocci foi reduzido a extrato de pó de fumaça, embora Dom Luiz Inácio, do alto de arrogância descomunal, tenha afirmado que "Palocci não sai da Fazenda nem mesmo se pedir". O presidente se sente muito forte e se acha reeleito.
Na sexta-feira à noite, o caseiro descobriu que sua conta bancária seria motivo de reportagem da revista semanal Época, mostrando uma movimentação em torno de 35 mil reais, segundo a revista.
Em manobra vergonhosa, o governo petista quis insinuar que o caseiro teria sido pago por alguém para contar história fantasiosa que incriminasse o ministro. O tiro saiu pela culatra.
Nildo concedeu entrevista coletiva e disse ser filho bastardo de um empresário de ônibus em Teresina (PI) e seu pai lhe dera o dinheiro para a compra de um veículo.
Contou ainda que os depósitos totalizavam 25 mil reais e não 38 mil reais como dito na revista. Desmontou toda a história em cima do laço, exibindo depósitos e sendo confirmado pelo pai empresário. Diferente de certos parlamentares falsários e larápios.
O que mais impressiona é que a CPI vem lutando, há meses, para quebrar o sigilo bancário de Paulo Okamotto, amigo de Dom Luiz Inácio, apontado como responsável pelo pagamento de enorme quantidade de dívidas suspeitas. O STF tem sempre negado. Mas o sigilo de um humilde caseiro é quebrado de maneira humilhante!
O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), disse na semana passada que "Okamotto é o Fiat Elba do atual presidente da República", numa alusão ao episódio que terminou por sacramentar o impeachment do presidente Collor de Mello (1992).
O país está mergulhado na maior crise de toda sua história republicana. Quadro preocupante. O presidente da República teria de ser afastado. (continua).
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