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FRONTEIRA - Políticos divergem sobre cartão de vacina

A exigência do cartão de vacina da febre amarela no fronteira de Pacaraima e Santa Elena do Uiarén tem sido alvo de críticas. Brasileiros e venezuelanos que tentam cruzar a fronteira são barrados e obrigados a retornar se não estiver portando o documento.


 

 

A exigência do cartão de vacina da febre amarela no fronteira de Pacaraima e Santa Elena do Uiarén tem sido alvo de críticas. Brasileiros e venezuelanos que tentam cruzar a fronteira são barrados e obrigados a retornar se não estiver portando o documento.

Recentemente um governador acompanhado com uma comitiva constituída de aproximadamente trinta pessoas, foi impedido de entrar em Santa Elena na Venezuela em virtude das pessoas não ter o cartão de vacina.

Após a medida ocorreu uma queda acentuada da venda de artesanatos e outros produtos em Pacaraima. Mas no último final de semana estavam no município aproximadamente cinqüenta veículos da Venezuela de várias cidades do País vizinho.

O prefeito Paulo César Quartiero e o senador Mozarildo Cavalcanti defendem que os postos deveriam ser deslocados após Santa Elena e na fiscalização da Secretaria de Fazenda antes de Pacaraima.

Já o deputado federal Rodolfo Pereira e o senador Augusto Botelho são favoráveis a exigência do cartão de vacina da febre amarela, para evitar que a doença se propague nos dois países.

"Acho um absurdo esta medida. Falo mais como médico do que senador. A entrada destas pessoas nas duas cidades da fronteira, Santa Elena e Pacaraima não existe nenhum risco para a saúde pública, qual seja, a pessoa vai abastecer um carro ou fazer compras no lado brasileiro", declarou o senador Cavalcanti.

Para ele a barreira está em local impróprio. Ela deveria ser posicionada no posto da Sefaz e do outro lado após Santa Elena, porque não há nenhuma razão lógica para estar acontecendo este fato.

No entender do prefeito Quartiero a situação é muito preocupante. Pois já procurou solucionar o problema várias vezes e com isto os turistas ficam impedidos de efetuar suas compras em Pacaraima e há uma queda na receita.

Ele defende a mesma posição do senador Mozarildo, qual seja, a mudança da barreira para depois de Santa Elena e para o posto da Sefaz.

Para Quartiero uma coisa é como fazer a questão de saúde, a outra é comprometer o relacionamento existente entre os dois países, ou seja, a integração entre Brasil e Venezuela. 

Internacional

Ao ser abordado sobre o problema o senador Augusto Botelho do PDT afirmou que a medida é uma norma internacional. Não é para você abastecer um veículo em Santa Elena ou fazer compras em Pacaraima, é para você entrar nos dois países, que tenha risco de febre amarela, a pessoa tem que portar o cartão de vacina.

Segundo Botelho que é médico, dez dias é o período que a vacina começa a fazer efeito. Como o Brasil passou a exigir devido a alguns casos esporádicos em Boa Vista, mais na região de Alto Alegre, São Silvestre, Mucajaí e o transmissor da febre amarela é o Aedis Aegipty que tem muito em Pacaraima e em Boa Vista e no Brasil afora.

"Nós passamos a exigir o documento para a segurança dos venezuelanos e eles resolveram fazer uma retribuição, isto é, passaram também a exigir o cartão de vacina da febre amarela em seu território", acrescentou o senador Botelho.

Sanitária

Sobre a problemática o deputado federal Rodolfo Pereira (PDT), afirmou que a implantação da Vigilância Sanitária ela não é uma particularidade em Pacaraima. O órgão está aqui, está em Bonfim, está no Amazonas, ele está nos Estados Unidos, ele está na Europa, ele está lá na China em virtude da febre aviária.

Segundo o deputado as pessoas têm que entender que a vacina da febre amarela ela dura dez anos de tempo de proteção, e leva um segundo para ser aplicada.

"Se alguém se recusa e quer deixar entrar as doenças que tem na Venezuela em nosso País, ou as que estão aqui no País vizinho, realmente não tem consciência do trabalho realizado pela Vigilância Sanitária", adiantou Rodolfo Pereira.

O deputado disse que as pessoas têm de começar a entender da necessidade, da gente se precaver de uma doença que é fatal, que mata que é a febre a amarela e ajudar a este combate de maneira natural.

 

General

Ano passado um general venezuelano que pretendia almoçar e fazer comprar em Pacaraima, foi barrado por técnicos da Vigilância Sanitária na fronteira em virtude de não portar o cartão de vacina da febre amarela.

Um agente da Polícia Federal ao observar o problema que poderia resultar num incidente diplomático entre o Brasil e a Venezuela, intermediou junto aos técnicos da VS e o militar pode entrar em Pacaraima.

Ao retornar ao seu País o general tratou de adotar a mesma medida, ou seja, que os técnicos da Vigilância Sanitária passassem a exigir o cartão de vacina da febre amarela para os venezuelanos que saíam do País para fazer turismo e compras em Pacaraima.

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