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Policiais civis ameaçam entrar em greve na sexta-feira

Cerca de 200 policiais civis realizaram esta manhã manifestação na Praça do Centro Cívico em Boa Vista, Roraima, cobrando do Governo do Estado melhores condições de trabalho e o pagamento isonômico entre delegados e agentes de polícia da gratificação por risco de vida.


Luiz Valério - Colaborador do Fontebrasil

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Cerca de 200 policiais civis realizaram esta manhã manifestação na Praça do Centro Cívico em Boa Vista, Roraima, cobrando do Governo do Estado melhores condições de trabalho e o pagamento isonômico entre delegados e agentes de polícia da gratificação por risco de vida.

Os policiais ameaçam paralisar as atividades por tempo indeterminado na sexta-feira, 23, caso não tenham as suas reivindicações atendidas. Se for deflagrada a greve, somente 30% do efetivo ficará trabalhando para manter os serviços essenciais.

Depois da manifestação em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, sede do governo, os policiais civis se dirigiram para a Assembléia Legislativa onde conversaram com os deputados e pediram seu apoio para a sensibilização do governo.

Além do pagamento isonômico das gratificações, os manifestantes cobram do Governo do Estado os adicionais por insalubridade, periculosidade e o aumento do adicional noturno, além das horas-extra. Atualmente os agentes recebem apenas R$ 3,50 por cada plantão à noite.

O presidente do Conselho Fiscal do Sindicato dos Policiais Civis de Roraima, Mariano Melo, disse ao Fontebrasil que "está muito difícil fazer polícia hoje no Estado, devido à falta de condições de trabalho". Num comunicado distribuído à população, os manifestantes elencaram sete pontos de reivindicação que estão sendo apresentados ao secretário de Segurança André Luiz. 

Mas o ponto chave é a correção no pagamento da gratificação por risco de vida (GRV). Enquanto os delegados recebem 40% a mais sobre o salário-base, os agentes de polícia e carcerários, escrivães e peritos criminais recebem apenas 25%. "Será que a vida de um delegado vale mais do que a nossa", questiona Mariano Melo.

MAIS COBRANÇA

Outras reivindicações dos policiais são a melhoria da estrutura física das delegacias especializadas e disponibilização material de higiene e água para os consumo humano. A categoria ainda reclama de materiais obsoletos, o que prejudica qualidade o trabalho da polícia científica.

Querem ainda a regulamentação do auxílio alimentação e demais direitos sociais e trabalhistas da categoria. Os manifestantes ainda se queixam da superlotação da Cadeia Pública de Boa Vista e da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo, o que gera desconforto para os detentos e insegurança para a população e para os próprios policiais.

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