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Região amazônica tem operações

Operações militares na região amazônica, exercícios para missões de paz e intercâmbio com oficiais americanos são os principais investimentos do governo dos Estados Unidos no Exército e em órgãos de segurança do Brasil. Entre 1996 e 2002 pelo menos R$ 11 milhões foram remetidos pelo governo norte-americano para contas bancárias de delegados da Polícia Federal brasileira.


Operações militares na região amazônica, exercícios para missões de paz e intercâmbio com oficiais americanos são os principais investimentos do governo dos Estados Unidos no Exército e em órgãos de segurança do Brasil. Entre 1996 e 2002, de acordo com base de dados do Banco Central fornecida à CPI do Banestado, pelo menos R$ 11 milhões foram remetidos pelo governo norte-americano para contas bancárias de delegados da Polícia Federal brasileira. Parte do dinheiro foi destinada a financiar a Operação Cobra, realizada pela Polícia Federal na fronteira com a Colômbia para combate ao narcotráfico. O Exército, em seu site na internet, divulga que o Exercício Forças de Paz, realizado anualmente, é "patrocinado pelo Comando Sul do Exército dos Estados Unidos". O de 2003, realizado em Buenos Aires, na Argentina, reuniu militares da Bolívia, do Brasil, do Chile, da Colômbia, do Equador, do Paraguai, do Peru, do Uruguai e da Venezuela. Outra tese apresentada na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, sediada no Rio, permite conhecer uma visão americana sobre o assunto. No estudo intitulado "A história das relações internacionais dos Estados Unidos e a luta contra as drogas", o major de infantaria do Exército americano Frederick Stephen Barrett, aceito como aluno da instituição como parte do intercâmbio entre os dois países, afirma que o Brasil é mais reticente aos americanos do que outros países do continente. "Embora alguns países realmente tenham recebido com bom grado o envolvimento de tropas americanas na guerra contra as drogas, o Brasil considera qualquer envolvimento direto de tropas americanas como uma ameaça à soberania nacional. Portanto, o assunto nem mesmo é discutido", escreve o major. "Os brasileiros são inflexíveis em relação a não extraditar cidadãos brasileiros para os Estados Unidos por causa de transgressões relativas a drogas", descreveu Barrett. (RV)

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