- 20 de agosto de 2025
Véspera de Natal. Dia mais que especial. O clima sugere confraternização. Enleva o espírito a conceder perdão. Momento peculiar na vida daqueles que sabem reconhecer o verdadeiro sentido da data, já que é nesse afã que se tem a oportunidade de viver mais intensamente a aura do Salvador. Momento propício para festejar aquele que se fez menino e depois entregou-se a si mesmo por toda a humanidade. A mais lídima expressão do amor do Criador em favor da desgarrada criatura. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16). Nem sempre, no entanto, essa compreensão se faz presente na noite de Natal. Infelizmente, na maioria dos lares quem menos importa, quem menos será lembrado nessa noite será o Menino-Deus. O peru assado na bandeja vai inebriar a todos e incutir nos olfatos o seu efeito mágico de apontar tão-somente para o banquete que está ao alcance da vista. E da boca. O Menino-Deus, que nascera em uma manjedoura há pouco mais de dois mil anos, anunciado pela estrela que guiou os reis magos, nenhuma influência terá nessa lauta ceia. Será, portanto, uma homenagem em que o homenageado sequer será lembrado. Na maioria dos ajuntamentos familiares que ocorrerão na noite de hoje, o deus-maior será chamado "mesa farta". O chester comprado nos supermercados a 9 reais o quilo, ou o peru, um pouco mais caro, bem como as mais variadas marcas de bebidas, tudo isso é o que vai imprimir o diapasão do rega-bofe. Quiçá toda euforia da noite não termine em discórdia, com desfechos mórbidos tantas vezes experimentados. Voltando ao verdadeiro sentido do Natal, contam as Escrituras que na noite em que os reis magos se viram frente-a-frente com o Salvador-Menino, a primeira coisa que fizeram foi adorá-lo, usando para isso um gesto de profunda reverência, que denota total submissão: "...lançando-se ao chão...". Em outras palavras, colocaram o rosto em terra, num sinal de inteira e irrestrita entrega de alma. Depois - citam as Escrituras - eles abriram os seus tesouros e despejaram aos pés do Rei-Menino presentes significativos: incenso, ouro e mirra. O ouro foi apresentado como símbolo da realeza dele. O incenso, representando sua divindade. E a mirra, como símbolo dos sofrimentos que haveria de passar. Nesta noite de hoje, como forma de uma verdadeira adoração ao homenageado da data, que tal esquecermos um pouco as tradições, que nos levam a nos endividar com o objetivo único de comprar os presentes que serão trocados, muitas vezes, de forma fria e sem significado algum? Como vimos, os reis magos deram ao Rei-Menino incenso, ouro e mirra. E você, prezado leitor? Já pensou que presente dará ao homenageado da noite? Ele disse que será seu amigo todo aquele que fizer o que ele mandou (João 15.14). Que tal tornar-se amigo de Jesus? Fazer a vontade de Cristo, com certeza, será o melhor presente que você poderá dar a ele nesta noite. (*) Jornalista e crente batista