OPINIÃO FORMADA

Por Edersen Lima MANCHETE DO BRASILNORTE: "Falta de viatura para atender ocorrências ou até mesmo notificar pessoas intimadas, computadores quebrados e ultrapassados, escassez de material de expediente como papel e tinta para impressoras, fizeram desmoronar os sonhos de alguns delegados que após vencerem uma batalha para aprovação no concurso e posse, se depararam com uma realidade que inviabiliza o exercício da profissão. Pelo menos esse é o pensamento dos 16 delegados que já abandonaram os cargos e por não verem perspectivas de melhoria na estrutura da Secretaria de Segurança Pública". Para o deputado Titonho Beserra (PT) isso deve ser mentira, pois "o dinheiro na gestão de Flamarion Portela foi muito bem empregado". NA MOITA O senador Romero Jucá confidenciou a correligionários que dará uma trégua de três meses ao governo de Ottomar Pinto. Ser como um camaleão que muda de cor, no caso, de partido e de apoio a governos, até vai, mas não fica bem assim de cara, na bucha, fazer oposição ao governador que tentou eleger há dois anos, ou será que alguém esqueceu em que palanque Romero Jucá subiu e pediu votos? FALTOU COMBINAR ... O problema é que no momento, tanto pega mal ser oposição como correr para os braços de Ottomar. Há apenas três dias, Romero andava de mãos dadas com Flamarion e roçava o bigode no telefone tranqüilizando políticos como Aírton Cascavel, afirmando que tudo estava sobre controle, ou seja, a permanência de Flamarion Portela como governador. ... COM OS MINISTROS DO TSE Aliás, Romero Jucá e Flamarion já haviam selado a união desde que Édio Vieira foi para a Casa Civil. No acordo, companheiros de estrada que ajudaram Flamarion a se reeleger em 2002 estavam fora da parada. As secretarias de Infra-estrutura, Agricultura, CER e Saúde, além da Casa Civil seriam controladas por Romero que tudo poderia e impediria como relator do Orçamento. O problema foi não ter combinado tudo isso com o pessoal do TSE. OUSADO Para a próxima semana, mais precisamente no dia 16, e com aval de Flamarion Portela, aconteceria a parte mais ousada do acordo que selou a entrada de Jucá no governo. Um deputado, tipo capachão, entraria com pedido de revisão do processo de recondução da Mesa Diretora. Só sobraria o Judiciário. Executivo e Legislativo estariam sob nova direção. FINANCIAMENTO DA CASA A Caixa Econômica Federal vai facilitar o financiamento da compra do imóvel usado. O banco vai alterar as regras do programa Carta de Crédito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) até o final do mês. O limite de financiamento do programa - que hoje é de 70% do valor do imóvel - subirá para 90%. PROPOSTA A deputada Suely Campos defendeu ontem que a bancada federal se reúna com Ottomar Pinto para discutirem as propostas que serão apresentadas ao Orçamento da União. "É um novo governo que tem projetos diferentes da administração anterior, por isso, ser natural uma discussão em torno do assunto e avaliarmos o que é tido pelo novo governo como prioridade e necessário para o estado". Suely acrescentou que, como as emendas ainda não foram apresentadas, a discussão de novas propostas fica mais fácil. DEUSA DA JUSTIÇA Sem fazer alarde e ainda confrontando dados, vem aí a Operação Minerva, pra pegar bandido que usa carteirinha e capa de Zorro. PRESIDENTE FOREVER Nos bastidores, a vereadora Lourdinha Pinheiro já articula seu nome para presidência da Câmara Municipal de Boa Vista. "Ela quer realizar novamente o sonho de ser presidente, agora com Ottomar sendo governador", disse ontem à coluna um vereador reeleito. Em 1996, "assessores" venderam a idéia de que o sonho da vida de Lourdinha era ser presidente da Câmara com Ottomar prefeito, como se um tipo de sonho desse tivesse que ser realizado. E foi. DEPUTADO FIEL O deputado Marcos da Byte está ciscado com a forma calorosa ao som de "cadê o cofre?; cadê o cofre?" como foi recebido por populares na solenidade de posse de Ottomar. Assessores temem que ele acabe ficando conhecido como "deputado Fiel". Em tempo, a marca Fiel é uma das mais famosas de cofres de segurança. GAFANHOTOS É esperado por Flamarion Portela a qualquer momento o comunicado do Superior Tribunal de Justiça para a apresentar defesa no processo que responde - paralisado porque ele estava no cargo de governador - acusado de participação no esquema gafanhotos. A folha de pessoal do governo duplicou de valor nos dois primeiros meses assim que ele assumiu em abril de 2002. DISPUTA A disputa para as oito vagas de deputado federal pode ser a mais acirrada de todos os tempos em Roraima. Fora os atuais, tem gente de peso e prestígio dos meios empresarial, político e de imprensa - agora não majoritário - já trabalhando para isso. DEU NO CLÁUDIO HUMBERTO: "Ranário, de novo - O Ministério da Integração Nacional deu prazo de trinta dias para que a empresa paraense Ranário Real S/A (que ficou famosa no escândalo da Sudam) devolva os R$ 10 milhões "recebidos indevidamente" do governo". E quando chegará a vez dos R$ 32 milhões dos frangos roraimenses? MACACO SIMÃO: "Título no caderno Cotidiano: "Seqüestrador parcela resgate de empresário". Sensacional, você é seqüestrado hoje e só começa a pagar no Natal! E agora tem o seqüestro pré. Resgate pago com cheque pré! Bom para fevereiro de 2005! E devia ter consórcio, Consórcio Seqüestro. Aí, no dia em que você for seqüestrado, você não será seqüestrado, será liberado. Porque está com o carnê rigorosamente em dia! Rárárá!". MACACO SIMÃO 2: "E o Alckmin Picolé de Chuchu devia lançar o Plano Seqüestro, tipo plano de saúde. Plano Seqüestro Gold: você tem direito a porta-malas com ar-condicionado. Plano Seqüestro Platinum Plus: você tem direito a porta-malas com ar-condicionado, travesseiro de pluma de ganso, lençol de algodão egípcio e TV a cabo". "E o seqüestro tá tão banalizado que o meu vizinho botou a placa: "Alugo quarto para cativeiro". Rárárá! POSIÇÃO Bons modos quando não se traz de berço, se adquire com a criação. Pois bem, o comentário feito pela assessora de imprensa da Sefaz, Marilena Freitas, destoa do que pode ser apreciado no trabalho de uma servidora pública que trata direto com o público formador de opinião, a imprensa. Em tom de deboche e irritação, Marilena disse à repórter Daniella Assunção, do Fontebrasil: "Vocês já fizeram muita festa com isso (matéria informando que fiscais fazendários receberam gratificações com o dinheiro do Fundef). Agora chega". Não se faz festa com notícia desse tipo. Lamentavelmente, Marilena, que divide há anos espaço na Folha de B. Vista com profissionais equilibrados, pisou na bola, tratando uma colega como se fosse uma adversária. Detalhe: Foi Marilena que procurou a repórter para saber o número do fax do Fontebrasil para enviar nota oficial da Sefaz. A nota nunca chegou e as ligações recebidas estão registradas.