- 20 de agosto de 2025
Brasília - As cidades brasileiras se transformaram em barris de pólvora, prestes a explodir, mas as chamadas autoridades continuam a não enxergar um só palmo adiante do nariz. De Norte a Sul, o que se vê é analfabetismo, desemprego e miséria. Nas periferias das grandes cidades, milhões de adolescentes vegetam à deriva, sem rumo nem objetivo. É comum encontrar garotas de 16 e 17 anos que já têm dois filhos ou mais. Pessoas que não se educaram e que não têm como educar, fator multiplicador de interminável indigência. A prostituição infantil é estimulada em setores oficiais. Na quinta-feira (07), a Anistia Internacional divulgou comunicado no qual adverte que "se as autoridades do Rio de Janeiro não tomarem atitudes para restabelecer a ordem nas comunidade de Vigário Geral e Parada de Lucas", a guerra entre quadrilhas de traficantes levará a um "banho de sangue" naquelas localidades. E ninguém faz nada nem fará, pois o modelo que aí se encontra é o mesmo implantado a partir da chegada de D. João VI (1808), misturando incompetência e roubalheira, arrogância e impunidade. Estamos condenados ao fracasso, o resto é blablablá. O Brasil sempre foi o país da submissão absoluta, da entrega total de suas riquezas e do complexo de inferioridade. No início de nossa história, obedecíamos aos patrões ingleses; hoje, curvamo-nos às determinações dos EUA. Somos dirigidos de fora para dentro. Controlados, através dos meios de comunicação, enquanto saqueados criminosamente. Dentro desse cenário, como acabar a violência? O nosso dia a dia é programado de fora para dentro, a partir de Washington. As medidas tomadas aqui no Brasil, nos últimos anos, agravaram quadro preocupante que já parece sem solução. E o país do futuro, que poderia produzir energia limpa, possuidor da mais invejável bacia hidrográfica do planeta, vê-se atrelado às amarras de traição permanente, deixando a nação sem esperança. Somos um país que trabalha para manter o luxo e a boa vida daqueles que compõem o primeiro mundo. Depois que conseguiram ajustar a fórmula de maneira conveniente, os controladores do FMI nunca mais tiveram problema conosco. Pagamos juros de agiota e nos esforçamos tal qual burro de carga para fazer a remessa rigorosa de tudo aquilo que conseguimos produzir. O arranjo promovido é adequado: o que tem atrapalhando é a fome, causando revolta em alguns setores e exigindo mudança de planos. O torniquete que os países ricos, liderado pelos EUA, tem aplicado nos povos do mundo está chegando a seu ponto de arrebentação. Dentro de cinco ou seis anos, as reservas petrolíferas norte-americanas irão chegar ao fim. Os EUA estão enfrentando gravíssimos problemas no Oriente Médio, com os povos árabes resistindo bravamente às imposições, razão pela qual tentam se apoderar do petróleo da Venezuela, quarto maior produtor do planeta. No Brasil, o entreguista FHC (1995-2003) cometeu os maiores crimes e absurdos, doou quase todas as nossas estatais e saiu do cargo de forma impune, depois de fazer aprovar uma lei em que só poderá ser julgado por foro especial. Mas as cidades brasileiras estão prestes a estourar. Sem planejamento, sem saída, sem qualquer alternativa, irão explodir por conta da incúria e ambição desmedidas dos salafrários que pensam nos governar. Email: [email protected]