- 20 de agosto de 2025
Edersen Lima, Editor Falando como estadista, o senador Romero Jucá propôs ontem(6) um pacto político em torno da defesa dos interesses de Roraima. E como salvador da pátria, informou que está "estendendo a mão ao governo, não importando quem seja o governador, desde que mantido o princípio da ética e da responsabilidade na aplicação do dinheiro público". Esta frase do senador vale algumas reflexões. Primeiro, o pacto em prol de Roraima vale desde que ele, Romero Jucá seja o candidato ao governo, a prefeita Teresa ao Senado, na Prefeitura de Boa Vista fica Iradilson Sampaio fiel escudeiro e já candidato à reeleição, na Câmara Federal a prioridade é para Rodriguinho Jucá - filho de Romero-, que nunca regou uma planta no estado, e ainda no Senado, o seu suplente. Pronto, o que sobrar, se negocia. Segundo ponto. Ouvir de Romero Jucá que dará o seu apoio ao governador de plantão somente dentro do "princípio da ética e da responsabilidade com o dinheiro público" soa estranhíssimo - beirando o descaramento - para quem deve mais de R$ 32 milhões ao Basa no calote aplicado pelo Frangonorte do qual era sócio e avalista em 1995; responde ação proposta pelo Ministério Público Federal por cobrar propina de obras realizadas no Cantá 2004; é acusado de receber propina da Eletronorte para a campanha de 1998; responde ação proposta também pelo MPF por desvio de dinheiro público na Fundação Roraima e de usar o dinheiro do governo do ex-Território, para adquirir a TV Caburaí, 1993. Isso tudo, registrado pela Veja, Istoé, Correio Braziliense e Folha de S. Paulo. Com esse "curriculum" acima, parece até brincadeira se falar em pacto político em nome da ética com o dinheiro público. Quem topar a brincadeira, que faça a roda e levante as mãos. Veja matérias publicadas no Correio Brasiliense e na Revista Veja