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Opinião Formada

\'O INCRA em Roraima comete crimes\', diz Márcio Junqueira.


Edersen Lima
De Brasília

Questões paroquiais
“Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Tacitamente, foi isso o que o deputado Luciano Castro (PR) fez questão de enfatizar quanto ao tom da batida da hora: a decisão unilateral do deputado Mecias de Jesus (PR) de disputar uma vaga ao Senado em outubro próximo, de um lado, e, de outro, o apoio do partido ao grupo do governador Anchieta Júnior, rumo à re-eleição.

Agora, só não entende quem não quer. Luciano deixou claro na entrevista que deu à Folha de B. Vista: Anchieta pode contar com o apoio do Partido da República para a própria re-eleição, com tempo de TV e rádio, inclusive representantes subindo no mesmo palanque. Mas, em contrapartida, o PR dificilmente abrirá mão de ter Mecias como candidato ao Senado.

Tudo bem. Trata-se de decisão interna do partido. Assim, não cabe a ninguém de fora discutir. O que se estranha é toda essa atenção voltada para Mecias. A eleição para o Senado se tornou mais importante que para o governo. O que leva um partido e um grupo político a estenderem tapete vermelho para o presidente da Assembléia? É como se no estado não existisse político maior, mais forte, mais querido, mais decisivo do que ele.

Favoritismo por favoritismo não deveria ser razão bastante. Já vimos esse filme antes: no final, o enredo deu chabú. Aliás, pelas pesquisas de opinião, Mecias está longe de qualquer favoritismo para o Senado. Isso, sem contar que eleição nenhuma funciona como dois mais dois, feito ciências exatas. Em política, antes de se dar qualquer resultado como certo, há de se combinar fatores, principalmente, com o eleitorado.

Mecias não aceita caminhar lado a lado com Anchieta Júnior. Se é por birra, por não ter sido escolhido vice, ou por ter sentindo o cheiro de ser governador, tanto faz. É uma decisão de foro íntimo e tem que ser respeitada. Mas, para ser coerente, ele deveria fazer, e urgentemente, o que dele se espera.

Que detone do governo seu arsenal de cabos eleitorais, hoje empregado em pontos-chave da administração estadual. Manter essa trupe, recebendo bem para depois dar uma descartada geral, não parece ser coisa de gente séria e honesta.

Leve-se em conta, ainda, que Anchieta dispõe de dois nomes fortes para o Senado: Romero Jucá (PMDB) e Marluce Pinto (PSDB). O primeiro, cheio de trabalho e recursos para mostrar. A outra, argui para si o legado do falecido marido, Ottomar Pinto.

De repente, seria um fator positivo ao eleitor ter Chico Rodrigues, Augusto Botelho, Iran Gonçalves, Jucá, Marluce, Angela Portela e, por que não, o super Mecias como candidatos oficiais às duas cadeiras em disputa no Senado. Seria ampliar as opções para que o roraimense escolha o que há de melhor.

A essa altura do campeonato, a Anchieta o melhor seria desligar-se de questões paroquiais e cuidar melhor da própria re-eleição. Sem dúvida, já é tempo de o governador deixar de se preocupar com as candidaturas dos outros e prestar mais atenção na sua.

Enquanto isso, tocando o terror...

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Vice líder
O deputado Luciano Castro foi indicado ontem vice líder do governo Lula. Com experiência de ter sido líder do PR em três anos consecutivos, Luciano terá a tarefa de articulação parlamentar na Câmara.

Líquido e certo
Falando em Luciano, ele afirmou ontem à coluna que o seu apoio a José de Anchieta é "líquido e certo" independente dos planos de Mecias de Jesus, pretenso candidato ao Senado.
"Nem poderia ser diferente (apoio a Anchieta) haja vista que o governador me deu total apoio na minha campanha à Prefeitura de Boa Vista", comentou.

Universidade Indígena
Ainda falando em Luciano Castro, ele apresentou o projeto de lei que autoriza a criação da Universidade Federal Indígena de Roraima (UFIRR), no município de Pacaraima. No projeto, está previsto que a universidade será vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e terá sede na Comunidade Indígena do Contão, situada na terra indígena Raposa Serra do Sol, em Pacaraima.

Cursos
Atualmente, Roraima possui 38 escolas indígenas com nível médio e forma em média 450 alunos por ano. Segundo o autor do projeto, deputado Luciano Castro, será possível, num primeiro momento, a implantação de pelo menos nove cursos de graduação. São eles: Zootecnia, Biologia Fluvial, Engenharia Florestal, Medicina, Veterinária, Gestão em Agronegócio e Meio-Ambiente, Engenharia de Pesca, Economia Rural e Engenharia Agrícola.

Pessoal até 49%
O deputado Flamarion Portela disse ontem que o governo do estado pode gastar 49% de seu orçamento para pagamento de pessoal, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Mas na prática, o que se vê deixa dúvidas, segundo Flamarion. Para ele existe falta de comprometimento com os funcionários públicos do Estado.

Margem de 14%
Flamarion informou que o governo gastou 35,93% de seu orçamento com pessoal, o que significa uma margem de 14% para reajuste de salários para os servidores. “Se o Estado pode gastar 49% nos salários, porque então um investimento tão pequeno?”, questionou.

Outras questões
O líder do governo na ALE, deputad Jalser Renier, disse que qualquer governo tem interesse em valorizar a população e conceder o aumento salarial, mas que não é possível ‘governar apenas para o servidor público’. “Temos outras questões importantes como as estradas e pontes, obras que servirão para o que são e os que não são servidores públicos, e aumentar os salários pode causar a inviabilidade dos recursos estaduais”, analisou.

Último dia
Os pais que ainda não matricularam seus filhos devem se apressar. Nesta quarta-feira (24) será o último dia de matrículas em todas as escolas estaduais para os alunos da educação regular e Educação de Jovens e Adultos (EJA). A Central de Matrículas também funcionará até esta quarta-feira na escola Monteiro Lobato.

Atendimentos
Para o ano letivo de 2010 foram disponibilizadas cerca de 16.000 novas vagas para o Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos – EJA. Até esta terça-feira (23) foram realizadas 10.452 matrículas e a Central de Matrículas contabilizou 785 atendimentos. Somente na terça-feira, foram 83 atendimentos na central.

Assim quem não quer?
Em uma sessão que durou sete longas horas, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por unanimidade, afastou ontem 11 magistrados brasileiros de suas funções e os puniu com a pena máxima prevista pela Constituição Federal: a aposentadoria compulsória com recebimento de salário proporcional ao tempo de serviço. Êita punição boa!

Brasil no Haiti
Ao reverenciar ontem a memória dos 21 brasileiros mortos no terremoto do Haiti, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) lembrou que após a independência conquistada em 1804, todos os grandes países do mundo ignoraram a existência do Haiti. Ele salientou a presença do Brasil naquele país, compondo uma força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), não apenas para manter a ordem institucional, mas para ajudar os haitianos.

No mais
Lula andou dizendo que sua prioridade este ano é eleger Dilma Rousseff.
Não seria melhor se as prioridades fossem educação, saúde, melhorar a infraestrutura etc. Com todo o respeito.

Posteridade
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Os deputados Angela Portela, Márcio Junqueira e Chico Rodrigues
na Comisão da Amazônia.

Impressionado
O secretário de Comunicação, Rui Figueiredo anda admirado com o desenrolar da Operação Caixa de Pandora que acabou resultando na prisão do governador José Roberto Arruda, do DF, depois que um assessor do governo entregou gravações em DVDs com secretários e políticos recebendo mensalão.
 
Rebolation
As colocações do presidente da ALE, Mecias de Jesus, de que o Legislativo tem mais é que fiscalizar o  Executivoforam vistas por um jornalista gaiato como aviso "mexe comigo que eu mexo contigo".
Em outras palavras, se os apadrinhados do Detran, UERR, servidores da Educação e diretorias de escola indicados por ele dançarem, o governo vai rebolar, também.

Na alturas
Rebolation-xon-xon à parte, o nível de propostas para ter Mecias no palanque governista estava beirando a estratosfera.

Incra faz negócios
O deputado Márcio JUnqueira denunciou ontem na tribuna da Câmara que o INCRA em Roraima "está envolvido num grande esquema de negociação, condenando pessoas, seres humanos, a viver numa situação de inanição, sem a menor possibilidade de desenvolvimento."
Segundo ele, 390 famílias foram assentadas, colocadas, condenadas a viver em cima de um pedral. "O INCRA os colocou lá simplesmente para fazer negócio com empresas fornecedoras. O que estou afirmando aqui vou provar nas Comissões desta Casa. O INCRA em Roraima comete crimes."

Macaco Simão:
E a faixa de apoio ao Arruda: "Ação Jovem! Estamos com você, Arruda, sem direito de DEFEZA!". Rarará! Com uma defesa dessa é pra passar o resto da vida na cadeia!
E em Palmas, Tocantins, abriram um bar novo chamado BBB! Aí perguntaram: "Por que "BBB\'?". Porque toda semana tem um eliminado. Rarará!!

 

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