Opinião Formada

Edersen Lima
De Brasília

Desocupação
Por decisão da justiça federal o deputado Chico Rodrigues e o desembargador Robério Nunes terão que desocupar, sem recebimento de indenizações po benfeitorias feitas, fazendas que possuem em São Luís do Anauá e Mucajaí. Ambos, segundo o Incra, autor da ação judicial, são grileiros.

Produtores
Chico e Robério não são grileiros. São, sim, produtores de banana, laranja, limão, mamão. Criadores de gado de corte e de leite, de frangos e suínos. Produzem o que muitos assentados pelo Incra não produzem.

Não justifica
Pode aparecer gente alegando que os assentados do Incra nada produzem porque não têm incentivos e apoio dos governos federal e estadual. De certo modo isso é verdade. Mas não justifica querer processar quem produz alimento, quem gera emprego e renda seja punido com a perda, sem indenização, do bem que construiu.

Posteridade

Dani Albuquerque e Alex Ladislau entre trabalho
e aniversário em Miami.

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As críticas e avisos que o presidente da ALE, Mecias de Jesus, fez ontem durante abertura dos trabalhos legislativos ao governo José de Anchieta, foram vistas como anúncio do posicionamento que ele pode tomar na campanha eleitoral.

Com boné
Com vários cargos indicados no governo, entre eles diretores de escolas, servidores da Educação, diretoria do Detran e na Univirr, Mecias ainda não mandou essa tropa pedir o boné.

E-mail Aberto
Nome: Honorato
E-mail: [email protected]
Assunto: Trabalhar no calor
A prefeitura ta querendo matar os funcionários de calor,na secretaria de saúde a central só pode ser ligada depois das 10 horas da manhã,pra economizar energia,isso é um absurdo!!!

E-mail Aberto 2
Nome: Singles
E-mail: [email protected]
Assunto: Gabinete de ex-desembargador T
Se vocês entrarem no site no TJ, vão perceber que o gabinete do Desembargador Carlos Henriques possui 04 servidores recebendo a remuneração por lá, mas eu pergunto: como isso pode acontecer se o gabinete está fechado por causa da aposentadoria do citado Desembargador?

Prioridade
Ontem, durante congresso milionário do PT, aqui em Brasília, ficou acertado que a prioridade do partido não é eleger governadores e sim, senadores e deputados federais para fortalecer um possível governo Dilma ou fazer oposição a um governo tucano.

Cana certa
E falando no 4º Congresso Nacional do PT , a ministra-candidata Dilma Rousseff disse ontem que o partido “ainda tem muito o que mostrar”. Não! Mais do que já mostrou, é cana na certa.

Macaco Simão:
E agora, o que a gente vai fazer até a Copa? Preguiça! Já imaginou declarar o Imposto de Renda depois do Carnaval? Declaro seis garrafas de uísque, uma dúzia de lança, três abadás e um mamãe-sacode! Acabou o "rebolation", o "fornication" e a "enrabation". OU como disse o outro: acabou o "rebolation" e entrou o "pentelhation" do meu chefe! Rarará!!

EDITORIAL - Liberou geral
O festival de campanha eleitoral antecipada, ensaiado ao arrepio da legislação vigente, grassa o país de ponta a ponta. O descaso com a Lei eleitoral é clamoroso. Todos sabem que, legalmente, campanha visando a vitória em qualquer cargo eletivo a se definir em outubro deste ano só pode ser ventilada a partir de 5 de julho.

O desrespeito, no entanto, parte de cima. Há muito tempo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não desce do palanque, durante suas andanças pelos estados, carregando na bagagem a candidata que ele mesmo elegeu para sucedê-lo no Planalto, a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff.

E Lula não se faz de rogado quando o assunto é promover sua preferida, principalmente quando está diante de platéia seleta que tem no Bolsa Família o maior incentivo de vida. Não à toa, a oposição questionou judicialmente, já por cinco vezes, sem êxito, o casal presidente-candidata.    

E já que o exemplo vem de cima, em Roraima não poderia ser diferente. Não é nenhuma novidade para ninguém que o governador Anchieta Júnior (PSDB) é candidatíssimo à reeleição. Age como tal, alto e bom tom, nos diversos encontros que a força do cargo lhe obriga a participar.

O ex-governador e atual deputado federal Neudo Campos (PP) também fala abertamente, por onde passa – até em entrevista em jornal –, que ninguém lhe solapa a vaga de candidato ao Palácio Senador Hélio Campos. Campanha antecipada, pois não?

Aliás, quanto a Neudo Campos, o procedimento ostensivo de candidato vem de longe. Quando decidiu frequentar o palanque que levaria Iradilson Sampaio (PPS) à reeleição no Palácio 9 de Julho, Neudo impôs como condição primeira a futura candidatura ao governo do estado. E desde lá, a cantilena é a mesma. Gregos e baianos conhecem a história.

Aí vem a pergunta: para que o Congresso vota Leis construídas sob o estigma da desobediência? Para que se fazer Leis que, como todos sabem, não serão cumpridas? Ou, se forem, pegarão pelo pé apenas os mais fracos, aqueles que dispõem de menor ou nenhum poder aquisitivo?

Tudo bem que a Justiça seja cega. Mas, deveria pelo menos ter os ouvidos abertos para assuntar o clamor das ruas, como sugeriu certo tempo atrás determinado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), durante querela com um de seus pares no santuário em que se reúnem normalmente.

Permitir que aqueles que devam dar o exemplo tripudiem sobre as Leis estabelecidas, como, aliás, já vem ocorrendo, indica que a coisa vai mal. É o tal do “liberou geral” que nada acrescenta. Além de total falta de responsabilidade cívica, implica em desrespeito à ética e à moral, sentimentos tão necessários num estado que se quer democrático e de direito.

Enquanto isso, brincado com a justiça...