- 20 de agosto de 2025
Re-aproximação trabalhada
A re-aproximação entre o governador José de Anchieta e o presidente da ALE, Mecias de Jesus, começou a ser trabalhada por assessores e políticos ligados aos dois. Embora Anchieta tenha anunciado há pouco mais de um mês que pretendia ter o PR na sua chapa majoritária, mantendo acordo fechado com a sigla, o afastamento entre ele e Mecias era visível, mesmo com indicações de chefias no Detran, na Secretaria de Educação e na UERR, feitas pelo presidente da ALE.
Apoios
O acordo para Mecias ser o candidato a vice vem desde a composição para atual Mesa Diretora da ALE, quando Ottomar Pinto pediu a ele apoio para a filha-deputada Marília Pinto ser a primeira-secretária. Mecias topou, mas manifestou a Ottomar desejo de ser vice na chapa governista de 2010. Desejo que Ottomar acatou e que Anchieta afirmou cumprir.
Mecias também foi um dos políticos que fizeram pressão junto a Ottomar para indicação de Anchieta para vice em 2006.
Desconfiança
No entanto, após a eleição de 2008, a aproximação do senador Romero Jucá com o governo do estado gerou a desconfiança no grupo de Mecias que um acordo com a indicação da ex-prefeita Teresa Jucá para vice de Anchieta teria sido firmado, rasgando o fechado com o presidente da ALE, que passou a atacar frntalmente o senador.
Daí, surgiu a pré-candidatura de Mecias ao Senado, que a primeiro momento, prometia dividir os votos que a secretária Marluce Pinto teria.
Fim da lua de mel
Coincidentemente, a lua de mel de Anchieta com a ALE acabou. Surgiram rejeições a projetos do governo e derrubadas de vetos do governador no plenário da ALE. Por outro lado, assessores de Mecias passaram a reclamar da falta de cumprimento de acordos por parte do Palácio Hélio Campos e questões de emendas ao orçamento também pesaram no afastamento dos dois..
Teoria da conspiração
Em junho passado, o governador de Tocantins, Marcelo Miranda, foi cassado por unanimidade pelo TSE por compra de votos e o tribunal decidiu nomear o presidente da Assembléia Legislativa governador tampão. O mesmo ocorreria em Roraima caso Anchieta fosse cassado. Com isso, o afastamento de Anchieta e Mecias foi selado. Partidários dos dois lados começaram uma guerra de nervos onde um acusava o outro de conspiração. Advogados em Brasília teriam sido contratados para darem acompanhamento ao processo de cassação de Anchieta. Uma reportagem do Jornal de Brasília plantando suspeitas em transações jurídicas do governador foi publicada. Suspeita-se que um advogado ligado a Mecias é que retirou o processo no Tribunal de Justiça do Estado e a entregou ao jornal com dando-lhe teor suspeito.
Torcidas
com isso, a instabilidade administrativa foi gerada. Secretários, assessores e servidores passaram a ter dois tipos de pressão: o que pedia e precisava o governador Anchieta, e o que queria e agradava o presidente da ALE, Mecias de Jesus. Exemplo disso, num setor da Secretaria de Educação, reduto comandado por Mecias, uma foto de Anchieta com bigode e adereços pintados à caneta ficou até o dia do seu julgamento pregado no painel de recados. Mais: Na escola Lôbo D\'Almada, acima de um presépio havia a faixa escrita: "Aguardamos o Mecias", com "C".
Leva-e-traz
A torcida pela cassação de Anchieta não era de Mecias, mas, sim, de parte do grupo que lhe cercava e ainda o cerca, que utilizou servidores e políticos que estão sem mandato como "leva-e-traz" fomentando a discordia.
Consolidou
A pré-candidata do PT a presidente da República, Dilma Rousseff, consolidou-se como segunda colocada, rompeu a barreira dos 20 pontos percentuais em todos os cenários e reduziu para 14 pontos sua diferença em relação ao primeiro colocado isolado na disputa, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Em agosto, a diferença a favor do tucano variava de 19 a 25 pontos.
Cheques e planfetinhos
Depois de turismo e frustação em Brasília, a vida deve voltar ao normal para dupla de vereadores. Um com os cheques voadores; o outro, honrando a alcunha com seus planfetinhos.
Pedra no caminho
As condenações sofridas no Tribunal de Contas da União não facilitam a vida do deputado Neudo Campos. O Ministério Público Eleitoral está a par disso e pode ser a pedra no sapado de Neudo com pedido de impugnação de candidatura ao governo. Para re-eleição à Câmara, por está com mandato, a coisa fica mais fácil.