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Edersen Lima

Que fique só no superfaturamento


Que fique só no superfaturamento
\"\"Brasília - A chuva que caiu na madrugada de quinta-feira, 28, em Boa Vista comprovou o que todos os deputados e demais servidores da Assembléia Legislativa estão carecas de saber: quão é frágil e perigosa a estrutura da Casa, depois da reforma sofrida em 2010 durante a gestão do homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, e que custou mais de R$ 23 milhões do bolso do contribuinte.
 
Simplesmente, na manhã daquela quinta-feira, o plenário ficou encharcado devido as goteiras. O elevador teve que ser paralisado pois água também havia nele. O forro da copa caiu. Paredes de vários gabinetes também encharcadas devido às infiltrações. E no corredor do 4º andar, onde se localiza o gabinete do ordenador de despesas da reforma do prédio, o forro também desabou. Ou seja, um chuva forte e o prédio de apenas quatro andares que custou mais de R$ 23 milhões, se esfarela e se desmonta.
 
Sabe-se bem que o valor daquela reforma não condiz com o que foi feito em termos de obra e acabamento, até porque, ainda nos primeiros meses após a entrega do prédio, verificou rachaduras em paredes de gabinetes na área externa da Casa; rachaduras em paredes dos corredores; infiltrações também em gabinetes, pisos se soltando, a caixa-d'água estourou e o próprio acabamento é barato, mal feito.
 
Depois de muito questionamento da imprensa, o Ministério Público Estadual, órgão que já demonstrou e ainda demonstra complacência com a ALE - basta ver que como pressiona na Justiça o fato de até hoje, dois anos de aprovada a Lei de Transparência Nacional em entidades públicas e o Trem da ALEgria, que Mecias de Jesus instituiu efetivando servidores sem concurso público, entre eles a sua mulher, Darbilene Rufino,  a Dárbi, como e mais conhecida nas colunas sociais -, apenas ingressou com cívil, e esqueceu que existe também que cabe ali, em crime de responsabilidade, ação criminal. 
 
No MPE, a informações extra-oficiais dão conta que o procurador chefe, Fábio Stica, é quem deveria cobrar isso da Promotoria de Defesa do patrimônio Público, coisa que ele nunca fez, e pelo visto, não pretende fazê-la.
 
Há de se lembrar que, a obra milionária da ALE, ocorreu em 2010, ano de eleição, quando Mecias de Jesus obteve estratosféricos 10 mil votos, praticamente o dobro de votos em cima do segundo colocado, e ainda elegeu o filho deputado federal, um desconhecido do eleitorado que nem em Boa Vista vivia, com a terceira melhor votação. E só também lembrando, Mecias de Jesus, de apenas R$ 52 mil de patrimônio, em 12 anos, passou para mais de R$ 1,3 milhão (Hum milhão e trezentos mil reais). 
 
Como ele conseguiu essa proeza, com nove filhos (bancando alimentação, moradia, educação e tratamento de beleza), pensões de ex-mulheres, e com apenas o salário de deputado estadual, enriquecer como enriqueceu, só mesmo operando o milagre da multiplicação do dinheiro.  
 
A chuva de quinta-feira passada que detonou a ALE, foi um alerta. Ao MPE, de que o dinheiro alto gasto alo foi muito mal aplicado, e aos deputados e servidores, que fiquem cientes que a estrutura do prédio, no mínimo, precisa ser avaliada quanto à sua segurança. Que fique ali só no superfaturamento, mesmo.
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