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Edersen Lima

O leitor é quem ganha com isso


O leitor é quem ganha com isso
Brasília - Um novo jornal passou a circular em Roraima na semana passada. Assessores da oposição não perderam tempo em atacar o jornal como politiqueiro a serviço da base governista. Acabaram foi promovendo o veículo que, no mesmo dia de lançamento acabou esgotando sua publicação ainda pela manhã. Se o Jornal de \"\"Roraima é governista, ao menos vem para equlibrar o jogo no setor de imprensa escrita.
 
Se não, vejamos. O "jornal do Getúlio" se diz "um jornal necessário" que em época de campanha eleitoral adota linha editorial peculiar. Por exemplo: em 2010, nas vezes em que o governador José de Anchieta apareceu na frente nas pesquisas do Ibope, a Folha de B. Vista não publicou uma linha sequer. Assim, evitou influenciar o seu leitor. No entanto, na pesquisa em que o então candidato Neudo Campos surgiu na frente, a informação foi manchete do jornal.
 
O mesmo ocorreu em 2012, com a candidata Teresa Surita. E outros fatos e notícias divulgadas até em revistas de circulação nacional quando relacionadas a pessoas do grupo governista são repercutidas pela Folha de B. Vista. Mas, quando trata de figuras da oposição, nenhuma linha é repercutida. Assim foi com a matéria da revista Época em que foi abordado o Trem da ALEgria criado pelo homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, e que beneficiou diretamente a sua esposa e segundo o Ministério Público Federal, sua comparsa no crime de gafanhotagem, desvio de dinheiro público e formação de quadrilha.
 
Aliás, Mecias, um quase "sem nada", em menos de 10 anos na ALE, saiu de um patrimônio total de R$ 56 mil declarados à Justiça Eleitoral para R$ 1,3 milhão de reais, também informados oficialmente à Justiça Eleitoral. E isso, sem declarar alguns imóveis. A fantástica evolução patrimonial do ex-presidente da Assembléia nunca foi abordada pelo "o Getúlio", mas um sítio do governador Anchieta passou dias entre \"\"notas de colunas e reportagens.
 
Getúlio Cruz se orgulha em dizer que sempre manteve o seu jornal como ponta de lança aos governos do estado. Ora, ora, ora como diria aquele senador bom de pratos refinados e hotéis de luxo, é claro que "dragagem" e o "seu" jornal sempre esteviram na oposição a todos os governos pois ele, pessoalmente, perdeu duas eleições para o governo, isso em 1990 e 1994. Depois na sequência, perdeu mais duas eleições, essas para o Senado, em 1998 e 2002. E por último, para morer de frustração nas urnas, perdeu em 2006 para deputado federal. Cinco tentativas e nenuma vez o eleitor roraimense lhe confiou um mandato.
 
Getúlio é condenado por desvio de dinheiro público na obra mais lunática e inacabada no estado e talvez o maior crime ambiental já ocorrido em Roraima, a dragagem do rio Branco. Paga bons advogados em Brasília que têm conseguido "segurar" a sua apelação da condenação que sofreu. E mesmo assim, como o mais probo dos políticos, o mais inteligente dos eeconomistas e mais ético dos seres humanos, cobra no "seu" jornal o seu comportamento exemplar. Comportamento que os leitores vêem de longe e as urnas teimosamente lhe responderam com um estrondoso "NÂO!".
 
Voltando ao assunto sobre veiculos de comunicação, mais que o jornal da situação, o Jornal de Roraima pode ser o contra-ponto, uma alternativa. Pode ser o outro lado, o que o nosso querido professor da dragagem não vê necessidade em publicar, mas que é fato, é notícia. O leitor é quem ganha com isso.

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