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Edersen Lima

Qual crédito pode-se dar a isso?


Qual crédito pode-se dar a isso?
Brasília - Recaem sobre o repórter Kalleo Coura junto com a revista Veja, suspeitas  do objetivo da "reportagem" veiculada na edição desta semana, em que aponta o governador José de Anchieta e outras autoridades como grileiros de terras. Kalleo e Veja fazem acusações graves sem veicular um documento que comprove o que afirmam, e o mais comprometedor, não publicaram uma vírgula de resposta das \"\"pessoas citadas no texto, visivelmente tendencioso. 
 
Para quem convive o dia-a-dia da política macuxi, não tem dúvida de que o repórter Kalleo Coura ouviu a oposição - provavelmente o deputado Mecias de Jesus e o senador bom de pratos refinados e hotéis de luxo, Mozarildo Cavalcanti - para fazer sua reportagem. Se não, vejamos amigo leitor alguns pontos e questionamentos acerca do texto :
 
Sobre o sítio que Anhcieta tem, Kalleo afirma que no jardim (que jardim?)  o governador tem "à sua disposição uma enorme piscina que a mulher Sheridan de Anchieta, mandou fazer na forma da letra J, uma homenagem ao marido." Pergunta-se, como Kalleo sabe se a piscina tem formado de J em homenagem a Anchieta e, como pode afirmar que a suposta idéia disso tenha partido da primeira-dama?
 
Kalleo afirma que "o recibo de compra e venda da propriedade (em nome de Sháridan), "saiu pela bagatela de 25 mil reais". Pergunta-se: O repórter de Veja pesquisou o custo médio dos terrenos daquela localidade adquiridos na época em que foi comprado e se lá na "propriedade" havia qualquer metro quadrado construído? 
 
Kalleo afirma que Anchieta faz "vista grossa" à "indústria de fraudes" de registro de terras, e de acordo com quem ele ouviu para escrever sua matéria, "muitos dos contemplados fazem parte do círculo íntimo, familiar ou estratégico do governador", e aí aponta o conselheiro Henrique Machado, que há décadas tem uma fazenda em Alto Algre, e o desembargador Gursen de Miranda, de se beneficiarem de irregularidades. Pergunta-se: A revista Veja apurou os documentos que comprovam a propriedade de Henrique Machado, e o documento de aquisição de posse da área adquirida pela esposa do desembargador Gursen de Miranda?
 
Para explicar melhor, nem o governo nem Anchieta "distribuiu" ou "agraciou" ou "contemplou" as terras dos citados acima. Elas foram adquiridas mediante negociação de compra e venda entre os antigos proprietários e eles, sem qualquer participação do governo ou do governador nisso.
 
Ao fim do texto, vem o mais intrigante dos questionamentos sobre a tendencia do repórter Kalleo Coura e de Veja, na reportagem feita: De onde e por quê, repórter e revista, afirmam que o saudoso Ottomar Pinto, logo ele, um oficial militar, maior liderança política em vida do estado de Roraima, de temperamento sabidamente autoritário, se submeteria a ir contra sua vontade para atender políticos que ele sabia serem corporativistas e fisiologistas, nomeando como seu vice quem ele \"\"tivesse qualquer dúvida de que poderia se arrepender?
 
Anchieta enviou resposta a todos os questionamentos feitos por Kalleo e Veja. No entanto, nada foi pulicado. A revista atropelou um direito líguido e certo amparado em todos os manuais de Redação sobre quem é citado: o do contraditório. A revista, pelo o que deu pra ver, tinha muita pressa em publicar tal reportagem, coincidentemente, quando o Tribunal Superior Eleitoral analisa processo contra o governador, movido pelo líder dos gafanhotos, Neudo Campos, já condenado a 69 anos e oito meses de prisão pela Justiça Federal, por peculato e desvio de dinheiro público.
 
Há duas semanas, em ato destrambelhado - para não dizer outra coisa - assessores da oposição espalharam boato de que o carro de Anchieta havia sido "baleado com dois tiros". Espalharam que isso, o "atentado", era devido ao descontentamento da população.
 
O tiro do boato saiu pela culatra. Em pouco mais de duas horas, os boateiros da oposição foram desmascarados. Agora, pelo visto e lido, envolveram a revista de maior circulação do país, numa matéria claramente feita na base do disse-me-disse e sem publicar respostas dos citados. Qual crédito pode-se dar a isso?

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