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Edersen Lima

Como agiria com mais poder?


 
 
Como agiria com mais poder?
Brasília - Repercutiu muito mal nas redes sociais o discurso do deputado Mecias de Jesus em que, sem denominar, classifica de forma pejorativa e discriminatória algumas pessoas de serem "retardado mental", "boiola", "drogado", "corno" e \"\""chifrudo" que o acusam de invadir terras.
 
Tais termos, além de serem ofensivos e discriminatórios, fogem por completo ao decoro parlamentar a que todo deputado tem que seguir. Tanto que na mesma sessão, Mecias foi repreendido pelo colega Flamarion Portela, de usar a tribuna da Assembléia Legislativa para tratar de assuntos menores e de cunho pessoal.
 
Isso porque, Mecias, não satisfeito com o vocabulário chulo que usava, voltou a atacar - dessa vez de forma verbal - o deputado George Melo com acusações graves de "ladrão" e de "corrupto". Em setembro passado, Mecias jogou um microfone contra George Melo em plena sessão ordinária, destemperado depois de ouvir o nome de sua mulher, Darbilene Rufino, na lista de beneficiados no "trem da alegria" criado por ele duante sua gestão.
 
"Pra quê temos um Conselho de Ética, que não atua em nada contra a falta de decoro que ocorre nessa Casa?", questiona um deputado de oposição. "Os atos (ataque com microfone e discursos discriminatórios) do Mecias que já assistimos aqui eram para, no mínimo, o Conselho de Ética ter tomado um posição exemplar. Mas infelizmente, essa Casa vive dando mal exemplo", completou.
 
A opinião geral na ALE é a de que o deputado Mecias tem que entender que não se deve julgar ninguém por sua opção sexual e muito menos discriminar alguém por não ser hétero como ele se apresenta. "Não é porque o cidadão é "boiola" que é mau caráter ou desprezível como o deputado Mecias claramente classifica no seu discurso. Discurso esse que expõe como ele é intolerante e se descontrola quando criticado, quando colocado contra a parede", observou um deputado governista.
 
"Dê o poder ao homem, e descobrirá quem ele realmente é", disse Nicolau Maquiavel há mais de 500 anos. O entendimento de Maquiavel dá até para levantar suposição que serve tanto para a base governista como para a oposição refletirem: Imaginem Mecias de Jesus prefeito, governador ou de novo presidente da ALE, como ele agiria tendo ainda mais poder nas mãos?
 
Depois de passar oito anos como presidente da ALE, e em três anos, perder a eleição para governo em 2010. Ver o sogro ser cassado. Perder a eleição para prefeito de São João do Balisa. Perder a eleição da sogra e perder a própria eleição para prefeito de Boa Vista, e agora sem as indicações que tinha na Prefeitura de Boa Vista e no governo do estado, dá, também, para imaginar a sede que Mecias esta sentindo?
 
 
No link abaixo, vídeo contendo as considerações de Mecias:
https://www.facebook.com/photo.php?v=10200347558320854&set=vb.1511630248&type=2&theater

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