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Edersen Lima

Vai querer mais?


Vai querer mais?
Brasília - Alegando preocupação com imagem do governo, o comandante da Polícia Militar de Roraima, Edson Prola, e o amigo nada nada vaidoso, deputado Coronel Chagas, estão pressionando o governador José de Anchieta, para demitir o comandante dos Bombeiros, coronel Leocádio Menezes, por causa de incêndo ocorrido durante a semana, e que não foi devidamente atendido por problemas mecânicos no caminhão de água.

O argumento de Prola e Chagas acusa a falta de estrutura e os problemas nos carros do Bombeiros como responsabilidade de Leocádio, e não a falta de recursos para adquirir veículos novos que atendam qualquer demanda em Roraima. Por isso \"\"querem colocar novamente no posto o coronel Paulo Sérgio, que poderá enfim obter do governo recursos para adquirir o que falta na corporação. Aí, o problema estará resolvido.
 
Ocorre que, na realidade, a pressão de Prola e Chagas em cima de Anchieta tem cunho muito mais individual, político eleitoral e de poder do que imaginam nossas vãs filosofias, amigo leitor. Circula no Comando da PM, que a perpetuação no poder, no caso de Prola, e a re-eleição de Chagas e de sua mulher, Aline Resende, deputada federal, é que norteiam tanta preocupação com a imagem de Anchieta e seu governo.
 
Há um jogo de troca nisso. Prola, muito próximo de Anchieta, pressiona-o para demitir Leocádio, que a princípio, não se curvou aos pedidos de apoio estrutural às candidaturas de Chagas e Aline. Candidaturas essas que, retornariam a Prola com apoio de dois deputados para que continusse a mandar da Polícia Miltar de Roraima, como vem mandando desde novembro de 2004, quando Ottomar Pinto assumiu o governo.
 
Chagas e Aline, eleitos, apontarão para o governador, seja Anchieta ou Chico Rodrigues, que querem Prola comandante da PM e com poder de indicação para o CBMRR. Em troca, Prola já está trabalhando para que os Bombeiros tenham um comandante que apoie o casal de políticos. Resumo, toda preocupação com a imagem de Anchieta e seu governo, não passa de jogo de poder. Um quer se perpetuar, como circula na PM, como um Fidel Castro do lavrado, "el comandante". Os outros, estrutura e logística para suas campanhas eleitorais.
 
O nome indicado por Prola e Chagas, é do coronel Paulo Sérgio, o mesmo que há dois anos, na inundação em Caracaraí, negou na lata - ou melhor, na cara - do governador, cumprir uma "ordem equivocada" no gesto de insubordinação latente que somou para sua saída do comando do CBMRR. Agora Paulo Sérgio, vai cumprir ordens de Anchieta e tratar Chico Rodrigues como seu superior?
 
No comandando dos Bombeiros, Paulo Sérgio, será como tantos outros indicados que, prestram contas a quem o indicou e não a quem o nomeou. Pesa para isso, a vida militar de subordinação à patentes superiores.
 
Até as pedras soltas do Beiral sabem que o verdadeiro problema no CBMRR não é de nomes no comando, e sim, de falta de estrutura. Anchieta não deve permitir que, interesses eleitorais e de perpetuação no poder comandem o seu governo. Já basta para isso, a insubordinação vivida em 2011 em Caracaraí. Vai querer mais?
 

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