Prédio da ALE
Mecias vai cobrar de servidores sobre irregularidades apontadas na reforma
Brasília - Na entrevista que concedeu à assessora especial da Presidência da Assembleia Legislativa e repórter de Política do "jornal do Getúlio", o deputado Mecias de Jesus fez colocações desconexas e, para bom entendedor, jogou toda a responsabilidade para os "servidores experientes e competentes" da Casa, que fiscalizaram e aprovaram os custos da reforma do prédio no período em que ele foi presidente. O Minitério Público Estadual ajuízou ação cívil contra Mecias e contra o atual presidente Chico Guerra e mais seis servidores por improbidade administrativa
cometida justamente na tal reforma.
Disse o homem que, em menos de três mandatos de depuado estadual, multiplcou e mais de 25 vezes o seu patrimônio: "“Moro em Roraima há 38 anos e daqui não arredarei o pé, então eu sou o principal interessado em esclarecer esse caso, como tem sido minha postura diante de outras tentativas de meus adversários e inimigos políticos em destruir-me politicamente”.
O que tem a ver a ação por improbidade pública que responde com o fato de morar há 38 anos, segundo ele, em Roraima? Se é o principal interessado em exclarecer a ação judicial que responde, já poderia começar com uma coletiva hoje, toda a imprensa já tem cópia da ação do MPE, só os advogados de Mecias e ele, não têm ainda uma copiazinha sequer do processo para falar sobre ele?
Na entrevista, Mecias disse, tirando o corpo fora, que delegou "funções para servidores experientes e competentes, em todas as fases do processo, na licitação, na fase dos aditivos e principalmente na fiscalização e no acompanhamento da obra", ou seja, não é dele a culpa se cálculos foram mal feitos, se a fiscaização de custos não foi bem executada e por fim que foi induzido por esses servidores a assinar o que assinou: a conclusão e recebimento da obra.
E por fim, chama a atenção na entrevista, Mecias acusar o colega George Melo de tramar contra ele. Ocorre que a ação por improbidade que o homem do milagre da fantástica multiplicação dos bens responde se deve à minuciosa investigação do Ministério Público, que apurou que irregularidades foram cometidas com sérios danos ao erário.
Quem de modo desequilibrado emocionalmente demonstrou ter algo pessoal foi justamente Mecias de Jesus que, atirou um microfone contra George Melo dentro do plenário da ALE apenas porque o "Trem da ALEgria", que beneficia a mulher de Mecias, Darbilene Rufino, foi exposto pelo colega.
TVs e rádios tentaram ontem em vão obter qualquer declaração de Mecias o rolo da reforma do prédio, que em menos de dois anos, já pasou por pelo menos duas mini reformas.