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Edersen Lima

Acumulando poeira


Acumulando poeira

Brasília - A julgar pelo interesse e agilidade dos promotores de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público Estadual em relação às denúncias de superfaturamento da reforma do prédio da Assembléia Legislativa de Roraima ter custado mais de R$ 23 milhões, que desde abril de 2010 está acumulando poeira nas prateleiras do órgão que a princípio, é fiscal da lei e defensor do erário, o cidadão roraimense pode tirar o cavalinho da chuva que a denúncia de superfaturamento dos móveis e computadores comprados na gestão de Mecias de Jesus na Presidência da Assembléia Legislativa de Roraima (2003 a 2010), no mínimo, vai ficar três anos, igual a da reforma, acumulando poeira.
 
Em e-mail enviado pela assessora de Comunicação do MPE, Cláudia Cavalcante, à diretora de Jornalismo da 93 FM, Vanderléia Ferreira, dia 25 passado,  é informado que o que "tramita na Promotoria desde o ano de 2010 não diz respeito à denúncia de compra superfaturada de móveis pela ALE/RR", e que "neste período, o que foi apresentado ao MPRR foram denúncias de superfaturamento dos serviços de \"\"construção relativos à reforma da Assembleia, que deram origem ao Inquérito Civil Público n° 042/2010, que encontra-se em fase de conclusão, e toda a documentação pertinente à obra da ALE passa, atualmente, por processo de perícia contábil e de engenharia". Cláudia esclareceu à Vanderléia que nenhuma denúncia formal sobre superfaturamento dos móveis chegou ao MPE.
 
Agora, o MPE que na maioria das suas ações de investigação as realiza a partir de notícias da imprensa, esperar uma denúncia formal para proceder apuração de denúncia dos móveis superfaturados publicada pelos meios de comunicação, é de se esperar, sem nenhum temor, que ela deverá tomar o mesmo destino e tempo da reclamação de superfaturamento da obra feita em 2010 que até hoje, três anos depois, os promotores não foram capazes de apresentar um relatório.
 
Vamos e venhamos. Três anos e nenhum promotor chegar à conclusão de como que a reforma daquele prédio custou mais de R$ 23 milhões do bolso do contribuinte, aceitar a leniência no  repasse de informações da ALE sobre os custos da obra diante do metro quadrado da construção civil pública datada de 2009 e 2010, com notícias de rachaduras e descolamento de lages, queda de caixa-dágua, elevadores quebrados, acabamento mal feito, falhas no plenário e outras queixas sobre a reforma, é, no mínimo, falta de agilidade da Promotoria de Defesa do PatrimÔnio Público.
 
Outras investigações do MPE, pela própria PDPP ocorreram depois e viraram processos judiciais em semanas e em poucos meses, como as do Iteraima, por exemplo. Mas a do superfaturamento da ALE, os promotores ainda estudam, ainda investigam e ainda vão elaborar o parecer final. Quando?
 
Ano que vem tem eleição para a ALE, ou seja, uma legislatura inteira pode ser completada sem que o MPE conclua o que a até as velhas e soltas pedras do Beiral enxergam naquele misto de rodoviária com ginásio de esportes que irregularmente avançou o passeio público, outra irregularidade denunciada mas que os promotores... deixa pra lá. É outra denúncia que acumula poeira no MPE. 

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