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Edersen Lima

A quem interessaria?


A quem interessaria?

Brasília - Num processo relâmpago, haja vista que a data de sua autuação ocorreu há 19 dias atrás, a juíza Solange Vasconcelos, da 1ª Vara Federal, acatou pedido de antecipação de tutela feito pela Advogacia Geral da União, tornando a indisponibilidade de bens de Maria de Fátima Lima (minha mãe), Ana Maria de Oliveira (minha mulher) e deste Editor. O processo, estranhamente é movido pela AGU, que em seu site nos acusa de pertencer à "máfia dos gafanhotos", acusação forte, pesada e difamatória  como será provada quando formos citados para apresentar nossas defesas.
 
Digo estranhamente movido pela AGU, porque todas as ações contra a máfia dos gafanhotos foram movidos pelo Ministério Público Federal. E mais estranho, a AGU ingressa com tal ação de tutela antecipada depois que o polêmico juiz federal Hélder Girão Barreto, perdeu a compostura e assumiu publicamente o seu desafeto por mim. Hélder foi quem recebeu estranha ação similar do MPF, e depois de ter me processado criminalmente e perdido a ação em 2005, queria me julgar.
 
Mas vamos ao autos. Na matéria publicada pelo site da AGU, é informado que "funcionários fantasmas envolvidos em esquema fraudulento pelo qual foram pagos salários a pessoas que não prestaram serviços ao Departamento de Estradas e Rodagem ou à Secretaria de Administração do Estado de Roraima", diz ainda que a ação busca o ressarcimento de R$ 242 mil "recebidos indevidamente por três funcionários no período entre 1998 e 2003 incluídos na folha de ponto pelo então assessor de comunicação do Departamento de Estradas e Rodagens do Estado de \"\"Roraima. Os supostos funcionários eram a esposa, o filho e a nora do assessor."
 
Veja bem, amigo leitor, ninguém da minha família foi "fantasma" e muito menos pertecenceu a qualquer máfia, muito menos ainda, a dos gafanhotos. O tal "assessor" de comunicação social do DER que teria nos incluído na folha de pessoal em 1998, é meu pai, Manoel Lima, que só foi trabalhar no DER em 2 de maio de 2001 como consta documento anexo do Cadastro nacional do INSS. Que matemática de tempo e espaço é essa? 
 
Quem nomeava os servidores estaduais ou do DER eram o então governador Neudo Campos ou o então diretor do DER, Carlos Levisck. Nenhum assessor tinha tal poder, pois quem assinava os decretos de nomeação eram apenas Neudo e Levisck. Portanto, Manoel Lima nunca teve poder de nomear ninguém de sua família e muito menos teve esse poder desde 1998 quando trabalhava na Prefeitura de Boa Vista, assessorando o então prefeito Ottomar Pinto. Isso são fatos. 
 
Ana Maria entrou na Secretaria de Educação nomeada por Neudo Campos em julho de 1999. Eu ingressei no governo em janeiro de 2000 quando vim para Brasília, e Maria de Fátima, no DER, só em 2001. Até as pedras soltas do Beiral, inclusive o juiz HGB, sabem que trabalhei com Neudo Campos assessorando-o na área de imprensa aqui em Brasília. Secretários de estado, deputados e senadores com mandatos na época (2000 a 2002) e editores de todos os veículos de comunicação do estado são testemunhas disso.
 
Ana Maria trabalhou na Representação em Brasília, e Maria de Fátima no setor administrativo do DER. Ninguém recebeu salário e repassou para alguém, o que caracteriza que não houve crime de "gafanhotagem". Trabalhamos e recebemos pelo nosso trabalho.
 
Mas, por que, então, a AGU ingressou com tal ação de indisponibilidade de nossos bens e ressarcimento de R$ 242 mil? 
 
A resposta é simples. Eu, Ana e Maria de Fátima cometemos o "crime"  de passarmos procurações para Manoel Lima receber nossos salários na agência pagadora NSAP, contratada por Neudo. A NSAP e seus diretores, são acusados de participação na lavagem do dinheiro que foi desviado pelos gafanhotos. E estranhamente, o seu diretor Oscar Magi, que está todo enrolado, virou testemunha de acusação. Eu e minha família, nunca vimos pessoalmente o senhor Oscar Magi. E como poderia ele, saber algo referente a não comparecimento de servidores ao trabalho ou desvio de salários?
 
Eu e Ana Maria passamos procurações para Manoel Lima porque os nossos salários demoravam a cair em nossas contas em torno de uma semana, pois a NSAP primeiro efetuava o pagamento na boca do seu caixa e depois de dias é que depositava nas contas bancárias. Como morávamos em Brasília e precisavamos do dinheiro para pagar contas, foi pedido ao meu pai para que recebesse os salários e os depositasse em nossas contas no mesmo dia. Isso é crime?
 
No caso de Maria de Fátima, já que seu marido ia à NSAP para receber seus vencimentos e enfrentar, por vezes, mais de duas horas numa fila, pra quê ela ir, se poderia passar procuração para seu marido e só um esperar por horas para sacar seu salário? 
 
Em suma, Hélder Girão entendeu que isso se compactuava, sim, em suspeita, e mesmo depois de ter tentado me mandar para a cadeia e ter visto essa tentativa ser frustrada, quis julgar a mim e a minha família. Protestei contra isso, contra essa falta de ética e imparcialidade, como todos os amigos leitores do Fontebrasil puderam ver.   
 
O que publico hoje aqui não é apenas para esclarecer esse constrangimento provocado sabe-se lá por qual mente doente, mas em defesa da verdade que cerca os nomes da minha mulher, meu pai e minha mãe, muito embora meus pais tenham outro filho que conhece essa verdade, mas que se cala diante de tamanhas mentira e injustiça, permitindo que amigos seus exponham nossos pais à execração pública.
 
Nossos bens foram tornados indisponíveis de maneira arbitrária. Nas redes sociais, nossos nomes estãos sendo achincalhados e colocados como criminosos pelas bocas de verdadeiras hienas, que em suas santas ignorâncias, misturam alhos com bugalhos apontando essa tutela antecipada como condenação sumária, o que nos dá direito de processar judicialmente quem fez tal afirmação. Tentam, mais uma vez, me desacreditar perante os leitores do Fontebrasil, perante meus amigos. E como das outras vezes, não vão conseguir. 
 
Encerro aqui esse assunto com três perguntas: Por que, eu e minha família fomos investigados e estamos respondendo esse processo? E por que toda essa exposição que mancha nossos nomes? A quem interessaria toda essa exposição e constrangimento que tentam impor a mim e à minha família?
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Cópias de documento do INSS comprovando que Manoel Lima só ingressou no DER em maio de 2001, portanto, como pdoeria nomear alguém desde 1998?
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Cópia da ação criminal que HGB moveu contra mim em 2005, e perdeu.

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