00:00:00

Edersen Lima

Partidarismo, questões pessoais e Mecias evita imprensa


Partidarismo e questões pessoais

Brasília - Exemplo puro de como a coisa pública em Roraima, em certos casos, é tratada com partidarismo e por questões pessoais. O presidente do Tribunal de Contas do Estado, Essen Pinheiro, reuniu a imprensa para acusar o desembargador Mauro Campello de ser suspeito por ter concedido liminar determinando o retorno do presidente do IPER, Rodolfo Braga, ao cargo em que estava afastado há mais de cinco meses.
 
Vamos ao que Essen desconhce. A lei do servidor público estadual prevê afastamento por 60 dias prorrogáveis por mais 60 dias "se justificável e razoável a medida àquele que responder processo disciplinar". Braga estava há mais de cinco meses afastado sem que Essen concluisse investigação ao qual pediu o afastamento do presidente do Iper.
 
Leniência e lerdeza do conselheiro não podem sobrepor à lei estadual, que entende que o gestor público não pode ficar afastado a bel prazer ou entendimento ou leniência - repete-se - de um conselheiro do TCE, que depois de cinco meses ainda não apresentou conclusão de qualquer auditoria confirmando qualquer desvio de conduta de Rodolfo Braga.
 
E ao contrário do "ágil" Essen Pinheiro, o governo do estado determinou auditoria que, depois de realizada, não constatou nenhuma irregularidade no Iper.
 
É de se entender que, se não foi leniência, má vontade ou inapetência para que Essen Pinheiro concluisse a investigação no Iper, foi ausência, mesmo, de irregularidades, pois o tribunal continua fuçando e não encontrando nada.
 
Daí, disso tudo, Essen Pinheiro, presidente da nobre corte de contas e blablablá do estado de Roraima, reunir a imprensa para acusar de suspeição quem cumpriu o que determina a lei perante quem, por leniência ou incompetência, não cumpriu prazo, é, como dito acima, mais um exemplo puro de como a coisa pública em Roraima, em certos casos, é tratada com partidarismo e por questões pessoais.
 
Enquanto isso, com Miúdo...
\"\"
 
Telhado de vidro
Essen Pinheiro apura há mais de cinco meses irregularidades que ainda não conseguiu concluir em relatorio sobre o Iper, mas de conhecimento público, o próprio Essen cometeu uma falha ética e moral, mantendo por mais dois anos a ex-mulher inquilina, por conta dos cofres públicos, em casa do Conjunto dos Desembargadores. Detalhe, Essen tem casa própria desde que assumiu o TCE em 1999.
A moradia bancada pelo Estado à ex-mulher de Essen - com o seu aval -, acabou depois que a imprensa divulgou a bocada. Essen, com certeza, economizou dinheiro com pensão naqueles dois anos.
 
Impunidade
Outro exemplo latente em Roraima, é o da crença na impunidade. O ex-deputado Neudo Campos em espaço generoso do "jornal do Getúlio", para variar, disse que sentará na cadeira de governador e será candidato à re-eleição. Mas, como, mesmo com os 69 anos de prisão sentenciados por dois juízes federais?
 
Coisas do "jornal do Getúlio"
Falando no "jornal do Getúlio", que em campanhas eleitorais ora publica pesquisas do Ibope, ora não publica, não deu nenhuma linha sobre a condenação do polêmico juiz Hélder Girão Barreto, pelo Tribunal de Contas da União por dano ao erário em pagamento irregular a uma empresa que realizou obra no anexo da Justiça Federal. No entanto, o jornal com destaque publicou e publica com certa carga na tinta, investigações   que envolvem desembargadores da justiça estadual, mas sem qualquer conclusão ou sentença, como é o caso de HGB.                    
 
Dupla evita imprensa
A dupla Mecias de Jesus e Chico Guerra evitou ontem falar com a imprensa sobre a compra de móveis e computadores superfaturados. Mecias, como então presidente da ALE foi quem efetuou a compra de cadeiras para os deputados e diretores da Casa ao singelo preço de quase R$ 4 mil reais cada uma, armários pequenos de quase R$ 7 mil cada um,  e computadores por quase R$ 5 mil também cada um, isso tudo em grande escala o que, teoricamente, deve ter barateado os custos.
Assim, é de se imaginar quanto custaria cada peça dessas no varejo, e onde o homem do milagre da multiplicação dos bens foi encontrar móveis e computadores com esses preços?
 
Recomendação
A Coluna sugere ao colegas que entevistarem o presidente Chico Guerra, levar um tradutor.
 
Enquanto isso...
\"\"
 
Ameaça
Depois de agredir na rua o jornalista Marcelo Ribeiro, que o acusa de não pagar pelos serviços de assessoria de imprensa prestados durante a campanha eleitoral passada, o candidato derrotado à Prefeitura de Boa Vista, Telmário Mota, usou as redes sociais para abertamente ameaçar este Editor. "Toda ação gera uma reação" e "você já passou do tolerável", avisou Telmário, que, pelo visto, tem permissão divina para usar os meios que bem entender para "defender a sua honra".
 
Não pode ser contrariado
Noticiar cobrança de pagamento não realizado, acusação de calote e registro de Boletim de Ocorrência com suspeita de que tenha ordenado atentado que o jornalista Marcelo Ribeiro sofreu, e as versões disso tudo dadas pelo próprio Telmário, são entendidas por ele como ataque à sua honra. Movido por esse entendimento, ele agrediu o jornalista em um semáfaro da cidade, e agora "avisa" quem divulga esses atos de que irá "reagir" à tal ação de noticiar os fatos. Como se vê, Telmário não pode ser contrariado.
 
Nós não sabiamos
Telmário é o dono da lei e da justiça em Roraima, e nós, cidadãos, até ontem não sabiamos disso. Desde o último dia 5, policiais do 1º Distrito estão a procura de Telmário para intimá-lo a esclarecer na Polícia as injúrias registradas em mensagens de celular, devidamente identificadas em cartório público e as difamações em postagens em redes sociais na mesma linha. Telmário, a máquina do trabalho, como se autodenomima, tem conhecimento disso. Mas como é dono da lei e da justiça, faz pouco caso.
 
\"\"E ainda quer ser senador
É de se questionar como seria Telmário Mota, com essa certeza de que pode decidir suas questões da forma que bem entender, senador da República?
 
Pulinhos do bobo da corte
Apoiando os posts com as ameaças, o bobo da corte telmariana, dava pulinhos de alegria, aplaudindo com os costumeiros erros de concordância:
"Apoiado.....é assim que deve agir. Somos macuxí da serra. Sangue bom, porém quente", e ainda "depois não reclamem dizendo que não foi avisado".
 
No Facebook
Sobre a violência praticada por Telmário contra quem lhe cobra na Justiça pagamento de trabalho realizado, o cidadão Emanoel Ferreira , resumiu bem no Facebook:
"A violência física é um recurso covarde. Será que eu pra provar que sou Homem tenho que sair por aí batento em todos que não concordam com minha forma de agir? Isso pra eu se chama outra coisa: Covardia. Se o Marcelo Ribeiro o agrediu com suas postagens e com o que quer tenha dito pelos 4 cantos da cidade, que o Senhor Telmário Mota procure os meios legais para se defender. Afinal, uma pessoa que se declara um homem de bem, que prega em suas campanhas eleitorais o bem viver, como pode agir assim?" 
 
Responsabilidade do MPE, também
A reforma da ALE custou mais de R$ 23 milhões do bolso do contribuinte, pagos na gestão de Mecias de Jesus. Menos de um ano em que a obra foi entregue verificou-se rachaduras nas paredes de vários gabinetes, problemas nos elevadores, queda da caixa-d'água e duas mini reformas que consumiram mais de R$ 2 milhões novamente do bolso do contribuinte. 
O MPE não deu atenção às denúncias protocoladas em 2010 informando superfaturamento, e nem as recentes denúncias de que a obra foi mal realizada com riscos para a vida dos servidores que lá trabalham.
Pois bem a foto abaixo mostra uma lage se desgrudando. É uma que está à vista, e quantas outras ainda não estão expostas?
O que ocorrer, a responsabilidade será também do MPE, que vai ter que explicar no CNPM, essa leniência em apurar o que tanto já se denunciou.
\"\"

Últimas Postagens