Edersen Lima

Mozarildo defende gafanhotos

Por Edersen Lima,
31 de janeiro de 2013
em Opinião Formada

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Mozarildo defende gafanhotos

Brasília - O Tribunal Regional Federal da 1ª Região comeu mosca o ano todinho de 2012 com relação ao processo por crime de peculato, apropriação indébita e formação de quadrilha que o deputado Mecias de Jesus, mais a companheira Darbilene Rufino (Dárbi, como é conhecida nas colunas sociais), o sogro Alfonso $\"\"$ Rodrigues e o cunhado Donilvon Rufino respondem em ação penal.

O processo empacou porque uma testemunha de defesa de Mecias, o senador bom de pratos requintados Mozarildo Cavalcanti, demorou a ser localizado e quando foi, não marcou hora e nem local para ser ouvido, ou seja, durante todo o ano passado, não teve tempo ou disponibilidade para fazer a Justiça andar, o que no caso de Mecias e sua turma, foi de bastante utilidade e benefício, haja vista que o tempo para prescrição da ação penal não pára, e sim, anda.

Mozarildo, como se vê, defende os "gafanhotos". Não sei o que ele alegará em defesa do amigo Mecias de Jesus. Também não sei porquê ele é testemunha de defesa do réu que mais se beneficiou do esquema, segundo inquérito da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Só para se ter uma idéia desse beneficiamento, Darbi, sozinha, em procurações, recebeu e embolsou mais de R$ 800 mil, de acordo com as investigações.

No que Mozarildo servirá como testemunha de defesa no Escândalo dos Gafanhotos é surpresa para muita gente, pois o que ele sabe sobre o maior rombo nos cofres do estado que exclua Mecias, dele?

Mozarildo vai apresentar alguma prova que por ventura demonstre que o amigo Mecias é inocente? Se é isso, porque não o fez antes, desde o momento em que aceitou ser testemunha de defesa?

No dia 24 de julho de 2012, Mozarildo foi intimado pela Justiça, ou seja há seis meses, tomou conhecimento de que era esperado para prestar depoimento. Como tem foro privilegiado, podendo marcar hora e local para depor, não fez isso até hoje, o que demonstra que seu sentimento de dever à justiça é bem diferente do que se espera de um homem público que "não negocia com a sua honra", ou, simplesmente está fazendo corpo mole, deixando o tempo passar conscientemente o que beneficia o réu Mecias em caso de prescrição do julgamento pelo crime de "gafanhotagem".

Em suma, Mozarildo, como se vê, defende os "gafanhotos".

$\"\"$ E os da terra?

Leitora do "jornal do Getúlio" questiona hoje como pessoas que chegam a Roraima e anos depois têm patrimônio invejável. E os da terra que, quando foram "demitidos" do governo do ex-Território adquiriram bens, pegaram empréstimos milionários, aplicaram calotes em bancos e ainda têm cara de pau de querer dar aula de ética com a coisa pública?

Os exemplos

Roraima teve dois governadores filhos da terra. Um (foto ao lado), foi exonerado do cargo e é condenado pelo, talvez, maior crime ambiental do estado, a dragagem do rio Branco. O outro, já condenado a 69 anos em regime fechado pelo Escândalo dos Gafanhotos.

Que consolo!

Adversários do senador Romero Jucá classificaram a indicação dele para compor Mesa Diretora do Senado como segundo vice presidente como "consolo". Antes isso do que o título de bi-campeão de gastos da Casa com verba indenizatória (restaurantes de luxo e hóteis cinco estrelas), não é?

2ª etapa

Os candidatos selecionados nas provas objetivas dos concursos públicos da saúde, educação e administração, realizados pela Prefeitura de Boa Vista, precisam ficar atentos ao calendário da segunda etapa do certame. As novas datas para recursos, análises de recursos e entrega de títulos foram divulgadas ontem pela Fundação Ajuri e estão disponíveis no endereço eletrônico www.ajuri.org.br.

Os dois concursos foram retomados por determinação da prefeita Teresa Surita, que formalizou um Termo de Acordo Judicial com o Ministério Público Estadual (MPE) e o Ministério Público de Contas.

Limpeza impedida

Voluntários de movimento anticorrupção no Brasil espalharam pelo gramado da Esplanada dos Ministérios 81 kits de limpeza, que incluem baldes e vassouras verde-amarelas, que se tornaram símbolo da luta contra a corrupção. Porém, foram impedidos pela polícia do Senado de realizarem a lavagem da rampa do Congresso Nacional.
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"Bandida" permitida

Mas quem roubou a cena ontem em frente ao Congresso foi uma funkeira conhecida como Mc Bandida. A personagem mascarada surpreendeu quem passava pela Esplanada em traje de trabalho.
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