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Edersen Lima

Chororô à toa


Chororô à toa

Brasília - Deputados federais da base governista estão se queixando do modo como a primeira dama, Shéridan de Anchieta, está "atropelando" o processo eleitoral. Eles reclamam a perda de cabos eleitorais que estão sendo contratados diretamente por \"\"ela para funções no governo.
 
O chororô é à toa, isso porque, no caso de Anchieta ficar no cargo ela não será candidata a nada. Outro motivo para não se desesperar é que, deixando o governo e toda sua estrutura seis meses antes da eleição, Shéridan - não tenha dúvida, amigo leitor - verá muito apoio se diluir nos seis meses até a eleição. Depois de deixar o governo, é babáu telefones, carros, combustível, servidores e toda logística que hoje dispõe.
 
Só como exemplo de "rei morto, rei posto", basta lembrar o que aconteceu em 2002 com o casal Neudo e Suely Campos. Ele, ex-governador de dois mandatos ficou em quarto para o Senado. Ela, que tinha previsão de obter 12 mil votos (conquistou 7.800), por pouco não se elege porque foi perdendo cabos eleitorais e espaço dentro do governo Flamarion, que sucedeu o de Neudo.
 
Quem acredita que Chico Rodrigue, caso assuma o governo, irá manter a mesma estrutura para Shéridan, ao invés de dividir isso entre ela e os demais candidatos da base e mais os que vão vir do que hoje é oposição?
 
Rodrigue quer ser candidato do maior número possível de aliados e não apenas dos atuais deputados da base, de Shéridan e de Anchieta. O que não deixa de ter razão. Ora, se pode ter pelo menos 20 candidatos a deputado federal e até três candidatos a senador pedindo votos para  ele, não tem sentido se comprometer apenas com os atuais da base. 
 
Eleição para deputado federal depende da soma dos votos de cada coligação. Em 1998, Neudo e Suely viram que não adiantava apoiar Robério Araújo mais do que já estavam apoiando porque ele já havia chegado no seu  limite. O jeito foi descarregar o apoio do governo em cima de Airton Cascavel, que aumentou sua votação, foi o campeão de votos daquela eleição e assim "puxou" Robério. Ou seja, em 2014, Shéridan pode somar para todos.
 
Porém, embora tenha um trabalho reconhecido na área social, não custa nada a primeira dama lembrar que o eleitor roraimense, em sua maioria, como diria o ex-vereador Chico Doido, é do tipo "pão comido, pão esquecido". Traduzindo: o bem que lhe é feito ontem e hoje, por muitas vezes é esquecido amanhã pelo trabalho de boca de urna.
 
Portanto, repete-se: o chororô é à toa, e no mais, pelo histórico dos chorões, quem, no lugar de Shéridan, não lançaria mão de contratar pessoal para suas respectivas campanhas?
 
Segurança dos ministros
De olho na segurança dos ministros, o STF abriu licitação e quer contratar uma empresa para ministrar um curso de tiro avançado com pistola .380 para 39 de seus \"\"seguranças.
 
Super proteção
Em Roraima, 10 policiais militares se revezam à disposição 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive em viagens para fora do estado, para dar segurança ao deputado Mecias de Jesus, por ser ex-presidente da ALE. Igual a ele, só o governador José de Anchieta utiliza aparato semelhante.
 
Não fizeram por merecer
Outros ex-presidentes da ALE, como Almir Sá, Édio Lopes, Berinho Bantim, Flávio Chaves e Airton Cascavel não precisam de segurança policial. Talvez, não tenham feito nada para merecer isso.
 
Questionável
O uso de policiais militares e civis para segurança de políticos volta e meia é questionado. Se somar todos que estão atuando como guarda-costas de vereadores, deputados e prefeitos do interior, dá para mais de dois batalhões que poderiam estar fazendo a segurança da população.
 
Concorda
O vice governador Chico Rodrigue concordou que, formar uma chapa com Mecias de Jesus ou Angela Portela, quebraria ao meio a oposição. Mas descarta essa composição adiantando que seu compromisso é com a base governista. Então, tá.
 
Tendenciosa
Por ter se licenciado para assumir a Secretaria de Agricultura, o deputado Berinho Bantim, foi chamado de "traidor" e "oportunista" em post da comunidade "Corrupção-rr". Já o senador bom de pratos requintados, Mozarildo Cavalcanti, que se afastou para que o suplente, o "pára-quedista" Sodré Santoro, assumisse em situação polêmica sob desconfiança de que tudo seria parte de um acordo, a mesma comunidade "Corrupção-rr" não postou nada.
Nada tendenciosa essa comunidade, não é?

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