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Edersen Lima

Os fantasmas se divertem enquanto MPE dorme


Os fantasmas se divertem

Brasília - Chegou à Coluna informação que a Assembléia Legislativa, do Trem da ALEgria, dos diários suplementares, da farra das diárias, do incêndio mal contado e da falta de transparência, gasta por mês R$ 8 milhões com pessoal. Seriam mais de quatro mil servidores trabalhando sabe-se lá como dentro daquele espaço físico mal reformado, porém milionário. Isso só aumenta a desconfiança de que a conta \"\"não bate por aquelas bandas. 
 
Desses mais de quatro mil servidores, 80% seriam ligados apenas a quatro deputados. O que detém maior rebanho é o deputado Mecias de Jesus, presidente da ALE por oito anos. Em auditoria realizada ano passado pela deputada Aurelina Medeiros - outra campeã de contratações -, Mecias representava 40% dos gastos da Casa do Povo em nomeações de aliados e contratos de fornecimento e prestações de serviços ainda vigentes da sua administração.
 
Para Mecias, ser responsável por 40% dos gastos da ALE não é novidade. Homem que faz milagres diversos, como o de multiplicar em 10 vezes o seu patrimônio em menos de três mandatos, dobrar suas votações a cada eleição (talvez aí, com as contratações, se explique tal milagre) e de multiplicar o número de filhos em comparação a maioria dos seus colegas de parlamento, realmente, não é novidade.
 
Como não é novidade o presidente Chico Guerra, o do estilo Rolando Lero, esconder informações como: quantos servidores têm a ALE; quanto ganham os servidores; que cargos ocupam, e detalhar a receita e os gastos do Legislativo. Guerra faz pouco caso diante de um Ministério Público Estadual complacente e leniente em apenas fazer recomendações que se perdem ao vento. Coisa para inglês ver, como já foi dito aqui.
 
Sem informações e sem transparência nos atos, a Assembléia Legislativa gasta com empreguismo quase 80% do que lhe é repassado mensalmente. Mantém mais de quatro mil servidores, repete-se, sabe-se lá como dentro de um espaço que mal comporta em cada gabinete e em cada sala funcional não mais que oito pessoas. Se somadas todas as salas e gabinetes da ALE, não comportariam mais que 400 pessoas dentro dessa hipotética conta de oito funcionários para cada cômodo. Ou seja, matematicamente está provado que a Casa do Povo é uma casa mal assombrada. Os fantasmas estão soltos e se divertindo enquanto o MPE dorme.
 
Ditado
Um vereador veterano vendo o estilo toma lá dá cá do deputado Coronel Chagas teleguiando a vereadora Aline Resende, disparou: "Sabe aquele ditado "quem dorme com gato acorda arranhado". Pois é, é isso aí!"
 
\"\"Tudo pelo social
Apesar da crise, 2012 terminou com saldo positivo em algumas áreas de atuação do governo de Roraima. Porém, sem trocadilho com o slogan do governo FHC, uma das áreas mais destacadas é a social, onde a primeira-dama e secretária de Promoção Humana e Desenvolvimento Shéridan de Anchieta e equipe promoveram as principais realizações.
 
Viva Comunidade
Na festa de fim de ano do Viva Comunidade, em frente ao Palácio Hélio Campos, os protagonistas – crianças e adolescentes com as mais diversas formas de deficiência –,  demonstraram que a firme vontade e o trato diferenciado que lhes é dispensado permitem superar qualquer dificuldade, seja ela inata ou motora.
 
Viva Melhor Idade
O Viva Melhor Idade também foi destaque no ano passado. O programa, que cuida de idosos, ganhou uma megaestrutura, no bairro Caranã. Inaugurado em novembro, o novo ambiente dispõe de áreas destinadas à saúde, educação, esporte, lazer e cidadania, tudo visando ao bem-estar e a qualidade de vida daqueles que foram agraciados com o dom da longevidade.
Espera-se que tal estrutura seja mantida.
 
Posteridade - Zuzú na área
\"\"
Com a eleição de Teresa Surita, o médico Urzeni Rocha
voltou à Câmara dos Deputados.
 

Um cheiro de xenofobismo disfarçado no ar
Brasília - Exala no ar em Boa Vista um cheiro desagradável de xenofobismo disfarçado contra o secretariado da prefeita Teresa Surita. O "jornal do Getúlio", vem destacando em manchetes e notas de colunas que, "Maioria dos secretários da Prefeitura é de Pernambuco" e "o único roraimense do grupo é o administrador de empresas Donald Anders Tavares, presidente da Comissão Permanente de Licitação".

 

Com exceção de Aluizio Caldas e Silva, secretário de Obras e Urbanismo, que está há poucos meses em Boa Vista, os demais secretários de Teresa Surita vivem há anos em Roraima, onde estudaram, casaram, constituíram famílias, mas, como destaca o \"\""jornal do Getúlio", não são roraimenses.

 

Numa sociedade composta em dois terços por pessoas de outros estados, não é de se admirar que a maioria de um secretariado tenha nascido em outros estados. Isso não se trata de nenhum descaso ou de alguma desfeita e muito menos de qualquer  irregularidade contra quem consta em sua certidão ter nascido em Roraima.

 

O "jornal do Getúlio" também vem com críticas às famílias de políticos que estão com mandato. "Os órgãos públicos do alto ao mais baixo escalão, em todos os níveis de governo, também estão dominados pelos grupos familiares, fato este que pouco ou nada tem despertado o interesse dos órgãos fiscalizadores, principalmente do Ministério Público. As famílias estão dominando a política e se apoderando de todos os quadrantes do Estado e do Município".

 

Esquece quem pautou isso e quem escreveu isso na Folha de B. Vista que o próprio Getúlio Cruz (foto acima) como então governador do ex-Território Federal empregou familiares, teve sua oportunidade em fazer uma bela história, no entanto, foi defenestrado do cargo de forma estranha, é condenado da Justiça Federal por desvio de dinheiro público e peculato no rombo da lunática obra da dragagem do rio Branco e no mínimo,  soma a frustração de tentar cinco vezes se eleger governador, senador e deputado federal e só levar peia das urnas.

 

O irmão de Getúlio, Salomão Cruz, foi duas vezes deputado federal, mas quem conhece algum projeto dele?

 

Outro que esteve no poder e distribuiu cargos, obras e serviços do governo com familiares foi Neudo Campos. Hoje, condenado a 69 anos de prisão por desvio de dinheiro público, peculato e formação de quadrilha do famoso Escândalo dos Gafanhotos. A mulher Suely Campos foi deputada federal, mas quem conhece algum projeto dela?

 

Em depoimento na 1ª Vara Especial Criminal, o professor Getúlio Cruz afirmou que "todos os dias vai ao jornal (Folha de B. Vista)" e que "dá conselhos" aos filhos, donos do jornal que ele transferiu coincidentemente para os herdeiros assim que o Basa começou a cobrar a famosa dívida do calote do Frangonorte. Na verdade, Getúlio nunca deixou de ocupar sala principal do jornal e não duvido que tenha partido dele o "conselho" ou pauta para abordar que "o único roraimense do grupo é o administrador de empresas Donald Anders Tavares".

 

O amigo leitor mais curioso pode perguntar o que Getúlio estava fazendo na 1ª Vara Especial Criminal para afirmar que é "conselheiro" do jornal dos filhos. A resposta é que ele abriu processo contra o Fontebrasil se dizendo vítima de difamação porque o site publicou nota comentando que na campanha de 2010 ele defendeu o batido "projeto minhoca", que consiste que Roraima seja governado por roraimenses. Neudo, seu conterrâneo, era candidato a governador e teve seu apoio.

 

Getúlio pode afirmar que o jornal em que é "conselheiro" apenas informou o fato de que apenas um roraimense faz parte do secretariado de Teresa Surita. Isso, porém, não impede que outras pessoas pensem diferente, e interpretem, sim, que há um cheiro desagradável de xenofobismo disfarçado no ar.

 

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