- 20 de agosto de 2025
Na mídia nacional
Parafraseando uma veterana colunista social, "Roraima mais uma vez é notícia de escândalo na mídia nacional". Os protagonistas da vez é o casal Mecias de Jesus e Darbilene Rufino do Vale, mais conhecida como Dárbi, nas colunas sociais, que, em grande estilo, faz sua estréia nas paginas de uma revista nacional na sua mais tradicional foto, a de estar na garupa de uma lambreta, que por sinal, compõe o título da matéria da revista Época, desta semana: "A lambreta da alegria".
A reportagem trata sobre o trem da ALEgria criado por Mecias quando presidente da Assembléia, que efetivou sem concurso público a companheira Darbilene e mais 75 outros servidores que estavam na Casa há mais de 10 anos. Batizada de "Lei Darbilene" a manobra na ALE de efetivar a companheira de Mecias e mais o seu advogado particular Francisco Gumarães, foi derrubada recentemente pela Justiça. A juíza Elaine Bianchi fez valer o que rege a Constituição Brasileira que determina claramente que só através de concurso público pode-se efetivar qualquer servidor público.
Respondendo à revista, Mecias não falou a verdade. "A lei foi criada porque cada presidente que entrava trocava todos servidores". Isso não é verdade, tanto que ao longo de todos esses anos, mais de 70 pessoas foram beneficiados por causa de Darbilene, ou seja, como "todos servidores" eram demitidos se esses foram efetivados sem prestaremconcurso público?
"Você gostaria de ser demitido, sem direito nehum, depois de trabalhar 20 anos", perguntou Mecias na mais cara dura ao repórter Leandro Loyola, de Época. Mas se Darbi e os outros 75 passageiros do Trem da ALEgria não têm direito algum é porque não fizeram concurso público ou porque não passaram no concurso público da Casa. Isso é questão de merecimento. Não se pode atropelar a lei para beneficiar a mulher e outros com tal justificativa tosca. Isso é crime, e como crime, passivo de penalidades, penalidades como a de que todos os beneficiados tenham que devolver o dinheiro recebido irregularmente desde janeiro de 2006 pra cá, além do próprio Mecias, ter de arcar com o prejuizo que causou aos cofres públicos com tal efetivação
ilegal.
Ações judicias públicas já estão sendo protocoladas cobrando responsabilidade do homem que, em pouco mais de 10 anos, multiplicou em mais de 10 vezes o seu patrimônio. Mecias já é questionado na justiça (processo 0726766-86.2012.823.0010) pelo uso irregular de passagens aéreas e diárias que eram para serem usadas em atividades parlamentares em São Paulo e Rio de Janeiro, porém ele foi é para Manaus festejar a formatura de uma de suas filhas. A ação pede a devolução do dinheiro gasto irregularmente. Há farto material que comprova a ilegalidade de Mecias.
Na Receita Federal, foi protocolado denúncia justamente sobre
o seu milagre da multiplicação de bens baseado em suas declarações patrimonial apresentadas à Justiça Eleitoral. Espera-se assim, que ele, enfim, revele o milagre de sair de um patrimonio de pouco mais de R$ 51 mil reais em 1998, para mais de R$ 1,3 milhão em 2012. Ver abaixo as declarações de 1998 e 2012 que apontam a assombrosa evolução patrimonial de Mecias de Jesus.
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Fora isso, é esperado outras reportagens em revistas de circulação nacional envolvendo a Assembléia e também o Ministério Público Estadual, uma sobre o aloprado preço da reforma do prédio da ALE, que sabe-se lá como, custou mais de R$ 23 milhões de reais aos cofres públicos e foi realizada por um empresário condenado a mais de 90 anos de prisão por crimes de desvio de dinheiro público.
Essa alopração da obra da ALE, também é motivo de questionamento no Conselho Nacional do Ministério Público. Depois de três anos, o MPE nunca se pronunciou efetivamente sobre a questão do superfaturamento da obra na ALE. Outra reportagem, trata sobre a relação bastante amistosa entre o Legislativo estadual e promotores e procuradores do órgão que por lei, tem que defender os interesses públicos.
Fora o processo em que é réu, juntamente com Darbi, no Caso Gafanhotos, o enriquecimento fenomenal de Mecias de Jesus e de outros deputados e mais o cabuloso caso do incêndio no galpão da ALE, que em seu primeiro relatório apontou ter sido criminoso, local onde se guardavam documentos de servidores misturados móveis e utencilios, estão como pauta de reportagens. É mais Roraima sendo notícia de escândalo na mídia nacional.
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Tirada do Facebook, Mecias, no começo de carreira, e depois de oito anos como presidente da ALE.