Edersen Lima

Mozarildo vai a encontro maçônico com verba pública

Por Edersen Lima,
05 de dezembro de 2012
em Opinião Formada

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Mozarildo vai a encontro maçônico com verba pública

Brasília - A Coluna recebeu ontem e-mail parabenizando a publicação dos gastos com ressarcimento com verba pública do senador Mozarildo Cavalcanti, e por tê-lo "detonado", ao expor a forma imoral com que usa um benefício que lhe é pago com o suor do contribuinte.

$\"\"$ Ontem foi publicado que o senador bom de pratos requintados, adora se hospedar bem, ainda mais com a conta sendo paga via verba indenizatória. Nós pagamos em outubro de 2011, R$ 7.477,00 para ele se hospedar por apenas cinco dias, não se sabe por qual motivo, no Copacabana Palace, no Rio, um dos hotéis mais famosos do mundo.

Diante da realidade dos fatos, a gente reconhece mas dispensa elogios e parabenizações. Não há o que se elogiar ou parabenizar acompanhando há mais de um ano como o dinheiro público é usado dessa forma tão particular, tão despudorada e tão sem vergonha. Não foi para ser usada desse modo que se criou a tal verba indenizatória.

Também dispensamos o elogio de termos "detonado" o senador. O Fontebrasil não detonou e nem detona ninguém. Essas figuras que confundem o permitido com o imoral é que se auto detonam. Ninguém aqui mandou ou sequer sugeriu para Mozarildo, um senhor a beira de completar 70 anos de idade, ir passar o aniversário da mãe em Belém, se hospedar no melhor hotel da cidade, jantar em restaurantes de luxo e jogar a conta de tudo isso nas costas do cidadão contribuinte.

Portanto, quem detona alguém aqui é o próprio Mozarildo Cavalcanti, que se inflama como um pavão quando fala na sua honra, como costuma se inflamar em juízo.

E não mas para nossa surpresa, eis que ontem descobriu-se a "última" de Mozarildo, para variar, usando a verba indenizatória para viajar em missões particulares. O destino, Juazeiro, na Bahia, para participar do 28º Congresso Maçônico do Grande Oriente do Estado da Bahia,onde foi um dos palestrantes. Ver abaixo prestação de contas com bilhetes de passagens para Salvador no período.
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Há de se reconhecer e enaltecer o papel social da Maçonaria, em especial da Grande Oriente do Brasil, no entanto, não é nada enaltecedor um de seus palestrantes usar verba pública para participar daquele ou de qualquer evento maçônico. Com certeza, não é isso que se prega dentro daqueles templos.

Por duas vezes, frustradas, Mozarildo tendo se eleger grão-mestre geral da Grande Oriente. Assim sendo, quem garante que ele não estava lá fazendo campanha?

Não foi a primeira vez que o senador bom de pratos refinados foi a Bahia em missão maçônica. No dia 9 de agosto passado, ele estava em visita à Loja Força e União de Porto Seguro, onde confirmou que é candidato ao Grão Mestrado Geral do Grande Oriente do Brasil, cuja eleição se dará em março próximo. Essa visita particular de Mozarildo também foi bancada pela verba indenizatória como pode ser comprovado pelos dados da Transparência do Senado, que informa o destino, o valor e a data do bilhete aéreo. Ver abaixo:
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Seja qual for o interesse de Mozarildo e o motivo dessas viagens, não se justifica o uso de verba pública. Se como político, já chamado em praça pública de "senador meia-sola" pelo governador José de Anchieta, ele não se controla, como maçom, era de se esperar mais. Repete-se: não é isso (uso despudorado de dinheiro publico) que se prega dentro dos templos maçônicos.

Em resumo, vê-se que Mozarildo não tem jeito no que se refere à moralidade e imoralidade no uso da verba pública que paga suas viagens a passeio e de interesses particulares, hospedagens em hotéis cinco estrelas e banquetes em restaurantes de luxo, como a Churrascaria Fogo de Chão, a mais cara e requintada de Brasília, onde ele, numa só gafada no dia 8 passado, fez a gente pagar R$ 1.013,00, em "gasto com alimentação". Ver na prestação de contas de novembro, acima.

O Fontebrasil aceitará de muito bom grado, no futuro próximo, elogios, quando publicar que coisas assim não mais ocorrerão porque os protagonistas dessa sem-vergonhice, marcados com a pecha que lhes é de direito, foram detonados para sempre pelas urnas. É o destino que eles mesmos estão traçando.
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