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Edersen Lima

O tudo ou nada de Mecias


O tudo ou nada de Mecias

Depois de muita discussão e acusações mútuas dentro da equipe de comando da campanha do candidato Mecias de Jesus, ele entra na derradeira semana para eleição apostando tudo ou nada nos três últimos programas de rádio e TV que serão apresentados nos quais intensificará fogo contra a candidata Teresa Surita. O risco é grande.
 
Logo após a divulgação da segunda pesquisa Ibope que manteve Teresa com larga vantagem sobre os demais candidatos, os coordenadores da campanha de Mecias teriam iniciado um jogo de acusações, uns culpando os outros, onde por incrível que \"\"pareça, todos tinham razão.
 
O marqueteiro Neymar Fernandes foi acusado de ter demorado a encontrar uma linha adequada ao perfil da candidatura de Mecias. Ele por sua vez, disse que não faria programas contendo baixarias. Neymar foi acusado também de querer ter mais lucro com o dinheiro da campanha não contratando equipe de ponta. Ele respondeu que com o valor que cobrou e dificuldade em receber, era o que tinha para investir, e que a equipe era formada por profissionais experientes e capacitados. No entanto, a reclamação é grande em cima dos programas de rádio e TV  produzidos por Neymar.
 
O assessor braço direito de Mecias, José Raimundo Rodrigues, o Jota R, reclamou da falta de mais envolvimento de alguns aliados na campanha. Por sua vez, choveu acusações contra ele de ter perdido a noção ao sair agredindo e ameaçando pessoas nas redes sociais, o que causou muito desgaste à imagem de Mecias, de ser um homem bom.
 
O coordenador geral da campanha de Mecias, o ex-deputado Raul Prudente de Moraes, teria criticado que a campanha não tinha um rumo certo, ora baseada em propostas, ora em acusações e ataques. Raul defendeu uma campanha propositiva que Mecias fosse destacado como alternativa de mudança para melhor e não como mais um candidato que usou o seu tempo para falar mal dos outros.
 
Mas o que foi praticamente unanimidade dentro da coordenação de Mecias, foram as críticas ao seu desequilíbrio emocional em agredir arremessando um microfone contra o deputado George Melo. A equipe toda tem ciência que, ao apenas citar os nomes da mulher, do sogro e do cunhado de Mecias como sentenciados com a indisponibilidade dos bens pela Justiça Federal, e que Darbilene Rufino foi efetivada por ele quando presidia a Assembléia Legislativa, não eram motivos para tanto destempero.
 
Houve, como argumentos para o desequilíbrio de Mecias, o fato dele, como homem, não admitir ser ferido em sua honra. Mas em nenhum momento ele teve a honra sequer questionada, quanto mais ferida. E isso, todos que assistiram ao vídeo da sessão, concordam. Alem do mais, só os despreparados emocionalmente se destemperam quando ofendidos em suas honras. Os de equilíbrio buscam na lei e na justiça a repação para agressões sofridas.
 
As imagens mostram Mecias descontrolado e agressivo, o que grou questionamentos se tem ou não condições de responder por um cargo de comando como o de prefeito da capital de um estado. Pesa, também, contra o candidato o fato de nenhum colega da bancada de oposição, nem os seus principais aliados, os senadores Mozarildo Cavalcanti e Angela Portela, e mais o cabo eleitoral Neudo Campos, ter o defendido em público a agressão que praticou contra um colega.
 
Com rejeição recorde apontada em uma campanha eleitoral em Roraima - segundo o Ibope 41% do eleitorado de Boa Vista não votaria de jeito nenhum em Mecias -, ele parte de vez para a última semana de campanha. Os programas de rádio e TV serão puro ataque à Teresa, o que o deixará ainda mais marcado com a imagem de político violento que criou ao protagonizar vergonhada cena no plenário da ALE.
 
O risco, é vencer consolidando seu nome como liderança política, ou, perder o que representaria não apenas a sua derrota, mas a de Mozarildo, Angela, Neudo e toda a oposição. Essa semana será o tudo ou nada de Mecias.
 

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