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Edersen Lima

A lição que o professor de todos nós, deixou


A lição que Getúlio não soube ensinar

Manchete de hoje do "jornal imparcial" merece reflexão e questionamentos sobre a herança que será herdada pelo sucessor de Iradilson Sampaio. Saiu no matutino: "Com PMBV quebrada, candidatos prometem o que não podem cumprir".
 
Não há nenhuma novidade na informação. Nada que os demais cidadãos roraimenses não tenham percebido, não tenham notado e não sejam vítimas do mal gerenciamento das ruas esburacadas, do funcionamento precário de creches e postos de saúde, da politicagem em contratações e demissões de servidores e da \"\"total falta de um Norte administrativo.
 
O prefeito Iradilson Sampaio assumiu em abril de 2006 uma Prefeitura em situação muito melhor desta que irá deixar daqui a pouco mais de três meses. Não havia o descontrole gerencial de hoje. Todos funcionários recebiam em dia seus salários, sem qualquer ameaça de demissões ou cortes nos vencimentos por falta de dinheiro para arcar com tal despesa. Só isso, já mostra quanto a atual gestão foi falha.
 
Mas impor somente ao prefeito Iradilson Sampaio a responsabilidade pela situação caótica em que Boa Vista se encontra é agir com maldade como alguns candidatos à sua sucessão, agem. Iradilson não é o único responsável pelo estrago de uma "Prefeitura quebrada", como publica o "jornal imparcial".
 
Quem durante cinco anos ditou as regras administrativas, financeiras e de planejamento do município, foi justamente quem, provavelmente, deve ter aconselhado tal pauta sobre "Com PMBV quebrada, candidatos prometem o que não podem cumprir", ao jornal que passou aos filhos, o professor de todos nós, Getúlio Cruz.
 
Professor que, ao deixar em janeiro passado o controle de planejamento, economia e financeiro da PMBV, parece ter ensinado o que não se deve fazer numa gestão administrativa. 
 
Mesmo super ocupado com sua então super secretaria, Getúlio nunca deixou de receber nas instalações do "imparcial', políticos da oposição e da situação. De 2007 a 2012, período em que esteve à frente na PMBV, ele contou com especial atenção de parlamentares federais. Édio Lopes, Neudo Campos, Angela Portela, Mozarildo Cavalcanti, Raul Lima, Paulo César Quartiero, Maria Helena, Augusto Botelho, Jonatan de Jesus, Chico Rodrigues, Delegado Francisco e outros da esfera estadual iam e ainda vão semanalmente ouvir suas lições. Porém, Getúlio não soube trabalhar com que tais parlamentares fizessem com que recursos chegassem à PMBV.
 
Se a falta de dinheiro federal para Boa Vista foi mais por incompetência dos representantes no Congresso, ou de Getúlio em obter comprometimento de pelo menos meia dúzia dos citados acima, que lhe prestam certa devoção, o cidadão boa-vistense é que vai dizer. 
 
A verdade é que, Iradilson é responsável pela carta branca que deu ao professor que ensinou como uma cidade é quebrada. Getúlio é responsável por não saber fazer a lição de casa, e a bancada federal que tanto o reverencia, de incompetência em alocar e destinar recursos para a capital. 
 
O "jornal imparcial" pode "queimar" a tinta com a manchete de hoje em que afirma que: "Com PMBV quebrada, candidatos prometem o que não podem cumprir". Se quem for eleito cumprir a metade do que prometeu nessa campanha eleitoral, terá acertado dez vezes mais a lição que Getúlio, o professor com carta branca de Iradilson, não soube ensinar.

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