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Opinião Formada

Nota do Sinjoper promove barrigada coletiva


Edersen Lima
De Brasília

"Nome aos bois"
E o deputado Jânio Xingú deu ontem nomes aos "bois" citando um por um os jornalistas "quadrilheiros" e "jabazeiros" que ele se referiu em discurso na terça-feira passada, 1º, no plenário da Assemblélia Legislativa. Na ocasião, Xingú disse que pessoas contratadas pelo "deputado do dossiê" (Mecias de Jesus) eram pagas pela Casa para atacar seus desafetos.

"Nome aos bois" 2
Xingú apontou o dedo para os jornalistas J.R. Rodrigues (o Jota R) -,  e Amilcar Júnior, todos assessores do deputado Mecias de Jesus que nos últimos tempos têm trabalhado em conjunto utilizando blogs e redes sociais na internet para atacar políticos opositores e quem critica o patrão.

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Sal, sal, sal...
Sobre os "bois" que Xingú nomeou, turma animada de jornalistas gaiatos presente no plenário da ALE denominou quem é quem no rebanho como, o "apaixonado",  e o "orgulhoso". Teve, ainda, quem lembrasse do "açougueiro do Caimbé" que mora em Manaus, mas está na folha da Assembléia.

Alopração desnecessária
O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Gilvan Costa, que não estava presente à sessão do dia 1º, atropelou preceito básico do Jornalismo comprando o peixe que lhe venderam - o de que Xingú havia generalizado na acusação englobando toda a categoria - sem procurar apurar o fato, ouvindo apenas o que lhe foi denunciado e saiu detonando nota de repúdio agressiva e completamente desnecessária.

Só ouviram o galo cantar
Postada pelo próprio Gilvan Costa em redes sociais, a nota de repúdio em nome da categoria ganhou adeptos que também embarcaram na versão única que chegaram aos seus ouvidos. Sem qualquer apuração essa turma tomou a nota de Gilvan como a mais verdadeira das verdades.

Barrigada
Se Gilvan Costa e os adeptos de sua nota de repúdio tivessem ao menos procurado se interar um pouquinho melhor sobre o assunto, lendo até o que a Folha de B. Vista - que é a Bíblia \"\"desse pessoal - publicou no dia 2, na sua coluna política, não dariam em conjunto a barrigada que deram.
Diz trecho da nota "Acusação" da Parabólica de anteontem, 2: "ele (Xingú) foi mais longe: disse que existiria um grupo de jornalistas (o qual ele chamou de “quadrilheiros”) pagos com dinheiro da Assembléia Legislativa para atacar o governo."

Vestiram a carapuça
Como podemos ver - e ler -, "um grupo de jornalistas" não é toda uma categoria. Uma quadrilha, seja ela de jornalistas, contadores ou médicos é formada por "um grupo" e não por toda uma classe profissional. E quantos adeptos da nota de Gilvan são "jornalistas pagos com dinheiro da Assembléia para atacar o governo" para que pudessem vestir a carapuça que vestiram?

Corajoso pero no mucho
O deputado Soldado Sampaio aparteou o colega Xingú se dizendo também vítima de perseguição de um "jornalista pago pelo governo". Corajoso que só ele, Sampaio já disse que não abre mão da imunidade parlamentar evitando assim ter que provar na justiça o que afirmou em discurso quando se disse vítima de extorsão.

Só a cara de leso
Não à toa, Sampaio é elogiado por colegas que dizem que ele "só tem a cara de leso". Fala o que quer, mas foge da raia na hora de encarar a Justiça pelo o que fala.

Farra das diárias
Sampaio foi denunciado por fazer farra com diárias tendo recebido quase R$ 100 mil nos primeiros sete meses do ano com "viagens a trabalho" nos fins de semana e em feriados.

Mamata acaba
Mas a mamata da imunidade (ou impunidade parlamentar) acaba assim que o beneficiado perde o mandato. O processo fica só aguardando esse tempo passar, não expira, não.

Caiu por terra
Mas o discurso do deputado Xingú não se prendeu apenas aos "quadrilheiros". Ele fez revelação que cai por terra o que o deputado Mecias de Jesus pregou a campanha eleitoral de 2010, todinha se dizendo, para variar, vítima de traição de uma amizade de mais de 20 anos.

Sobre traição
Olhando para o deputado Flamarion Portela, Xingú o lembrou de episódio que ocorreu na casa do colega poucos dias depois dele ter seu mandato de governador cassado pelo TSE. "Você lembra, Flamarion, que voce disse que o Mecias (de Jesus) que era seu aliado havia lhe\"\"traído, dando posse ao Ottomar (Pinto) ainda de madrugada sem ao menos lhe dar tempo e oportunidade para recorrer da decisão?"

Tinha até dois meses
Na noite de 8 de novembro de 2004, o TSE cassou Flamarion Portela, e Ottomar Pinto, sabendo que a Assembléia Legislativa teria até dois meses para empossar o novo governador, tratou de enviar cópia da decisão por fax à Justiça Eleitoral em Roraima e ao presidente da ALE, na ocasião, Mecias de Jesus, colocado alí com apoio fundamental de Flamarion.

Mecias pulou de lado de madrugada
Mecias podia ter esperado tempo suficiente, de 12 horas ao menos, para que Flamarion recorresse ao próprio TSE e ao Supremo Tribunal Federal, porém, no madrugada do dia 9 se colocou como novo aliado de Ottomar Pinto. A fatura do gesto veio em outro acordo, esse em 2006, onde Mecias queria o apoio de Ottomar para continuar presidente da ALE, em troca, colocaria  Marília Pinto na primeira secretaria da Casa. Nessa articulação, o deputado Raul Lima é que foi dispensado da chapa.

Óleo de peroba
E depois, vem Mecias condenar a traição e se dizer uma vítima dela.

Repele
De depender da vontade do senador Mozarildo Cavalcanti, Neudo Campos, que o elegeu em 1998, não deveria nem ter sido candidato ao governo. Em pronunciamento no Plenário, ele afirmou que se uma denúncia de deslize eventualmente cometido por um funcionário público é suficiente para afastá-lo do cargo até a apuração final, idêntico procedimento deveria ser adotado em relação aos ocupantes de cargos eletivos.
No caso de Neudo ter sido eleito, se enquadraria no que Mozarildo repele com grande veemência.

Solidariedade
O deputado Luciano Castro prestou solidariedade na tribuna da Câmara ao ex-presidente Lula, que está em tratamento contra um câncer na garganta.

Reclamação dos Picaretas
Com o crédito social, em que o dinheiro do beneficiado cai na conta bancária e é movimento via cartão magnético, muitos empresários picaretas perderam filão de ganhar em cima dos pobres beneficiados que trocavam o ticket com desconto de até 40%. Um desses picaretas é quem mais reclama com o governo lá pelas bandas da ALE.

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