- 20 de agosto de 2025
Amadorismo e bolas fora de mais
Edersen Lima
De Belo Horizonte
O deputado Mecias de Jesus não anda bem de assessores. Amadorismo e bolas fora de mais numa equipe de aloprados, assim está sendo vista a sua assessoria de imprensa que em tempos gordos quando ele era presidente da Assembléia Legislativa, chegou ser considerada a melhor do estado.
Hoje, o trio de assessores formado por J.R. Rodrigues (o Jota R), e Amilcar Sérgio que cuidam da imagem de Mecias e de atacar quem por ventura se atreve a atravessar o seu caminho só tem dado bola fora.
Semana passada, o orgulhoso assessor Amilcar Sérgio junto com o parceiro tentaram instalar clima de suspeição do juiz federal Hélder Girão Barreto classificando-o de "passional" e cometer crime de prevaricação além de lhe aplicar uma descompostura. Dizer que Mecias não sabia do que foi publicado por seus assessores é lembrar a mesma desculpa que o ex-presidente Lula deu ao escândalo do mensalão, a de que não sabia de nada.
Ontem, os aloprados realizaram nova façanha - também com o conhecimento de Mecias - em querer, no mínimo, semear a discórdia e a desavença entre o desembargador Gursen de Miranda e o juiz Hélder Girão Barreto - ele, de novo - nas teclas de matildes do blog da oposição.
"Quero ver é ele criticar o que o desembargador Gursen de Miranda falou do Juiz Federal Hélder Girão", publicou o blog da oposição sobre pontos de vista divergentes entre os dois magistrados sobre a extinção de mandato e prisão de Alfonso Rodrigues, sogro de Mecias. Gursen e Hélder foram, inclusive, colegas na justiça estadual, quando HGB era juiz estadual.
Outra bola fora da Aslopra (Assessoria de Alopração) foi o argumento que encontrou para que o patrão Mecias de Jesus, mais uma vez, pouse de vítima, agora, de pai de uma adolescente que teve sua condição de filha publicada. Se o assunto volta hoje à baila aqui na Coluna se deve à Aslopra.
Documentos oficiais como carteira de identidade, de motorista ou certidão de casamento ou nascimento são públicos. Qual o problema, crime ou constrangimento de se mostrar a certidão de Cássia Mariana Nunes Pereira? Quem, aí, tem culpa ou vergonha de quem nesse caso?
De certo, como os aloprados re-acenderam o assunto, verifica-se na certidão que eles também publicaram que o ínclito Mecias de Jesus, levou cinco anos e dois meses para reconhecer Cássia - que homenageia o avô paterno Cassiano Pereira - como sua filha, só assumindo seu papel depois de processo judicial de reconhecimento de paternidade. Ver abaixo datas de nascimento e do termo assinado por Glenya de Araújo, auxiliar do Cartório Deusdete.

O motivo do nobre deputado não reconhecer de imediato a paternidade de Cássia pode ser revelado na Defensoria Pública, na ação judicial proposta por Francisca Brito Nunes, a Chica do Mecias, como é conhecida, cobrando dele que assumisse sua responsabilidade.
Como se vê, o amadorismo e previsibilidade tomaram conta do deputado dos milagres no trato com a notícia, com o que é fato. Tanto que, a Coluna encerra este texto com o mesmo parágrafo que encerrou o texto principal de ontem:
"Que o amigo leitor não se surpreenda amanhã se Mecias subir à tribuna para se dizer, mais uma vez, vítima. De quem ou do quê a gente vai ficar sabendo na hora. Uma coisa é certa, vai ter quem lembre Mecias de Jesus que, ao apontar o dedo contra alguém, três vão estar sempre apontados para ele."
P.S: Mecias de Jesus foi aconselhado a procurar HGB para "se explicar". Se será convincente é outra história.