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Opinião Formada

Três dedos apontados


Edersen Lima
De Brasília

Três dedos apontados
\"\"O deputado Mecias de Jesus está promovendo verdadeira campanha apontando o dedo para a vereadora Janice Coelho, creditando a ela a prisão do sogro Alfonso Rodrigues e de trabalhar para assumir o cargo na vaga aberta na Câmara dos Vereaores. Para Mecias, "seu Alfonso foi preso por ter tentado ajudar uma senhora na aposentadoria".

Em tempo, cabe informar que Alfonso Rodrigues foi preso por descumprimento de decisão judicial, segundo consta o despacho da Justiça Federal. Até aqui, o que se sabe e conhece é que Janice Coelho não tem poderes para prender e muito menos cassar alguém, ao contrário de uns e outros que fazem milagres misteriosos e suspeitos por aí. Que os diga os ex-deputados Babá e Antônio da Sinuca.

A máxima, "decisão judicial não se discute, cumpre-se", foi mais que questionada naquela ópera bufa encenada por vereadores aliados de Mecias, advogados que trabalham para Mecias e o sogro de Mecias contestando liminares, protelando o que podiam para não cumprirem o que manda a lei.

O papel de vítima que Mecias de Jesus volta e meia encena está desbotado. Ora é perseguição por ter saído da base aliada. Ora, por extorsão que disse sofrer mas não provou. Terá que fazê-la na Justiça. E ora, por um dossiê que o fez quase chorar na tribuna, tamanho o constragimento que disse estar passando. Alí, no discurso do dossiê, quis colocar, indiretamente, sob suspeita, quem por ventura determinasse e executasse sua prisão. É bom o deputado saber que nenhuma esfera judicial acata suspeição forçada.

Mas, eis, que circula nas redações de alguns veículos de comunicação, e-mail com informações que levantam questionamentos sobre a costumeira posição de vítima que Mecias volta e meia se põe. A gravação de uma reunião do comitê do então candidato a deputado federal Chico das Verduras, entregue à Polícia Federal e que gerou em prisão e processo de cassação de Chico das Verduras e do então candidato a deputado estadual George Melo, foi feita por uma ex-\"\"amante do ético e moralista Mecias de Jesus, Francisca de Assis Brito Nunes (conhecida como Chica do Mecias, foto ao lado), com quem tem uma filha, Cássia Mariana Nunes Pereira, nascida em 10 de janeiro de 1997, porém só registrada em 5 de março de 2002 (ver cópia).

Na ocasião da gravação, Chico das Verduras aparecia na frente do então candidato a deputado federal e colega de coligação, Jonatan de Jesus, filho do deputado Mecias, segundo pesquisa registrada no TRE. Por outro lado, George Melo, então vereador de Boa Vista, em agosto do ano passado foi o primeiro a denunciar o superfaturamento da reforma do prédio da Assembléia Legislativa que Mecias presidia e pagou mais de R$ 23 milhões do dinheiro do contribuinte naquela coisa parecida com ginásio esportivo misturado com rodoviária.

Consta no relatório da PF entregue à Justiça Eleitoral que Francisca Nunes, entrou na reunião que era privativa dos candidatos por ser amiga de uma secretária de Chico das Verduras. Lá, gravou por 20 minutos a reunião. Logo depois, a Polícia Federal invadiu a reunião e prendeu os dois candidatos. Um que estava, de acordo com pesquisa registrada no TRE, à frente de Jonatan de Jesus, e o outro, que denunciou o superfaturamento na reforma do prédio da ALE realizada na gestão de Mecias de Jesus.
 
Que o amigo leitor não se surpreenda amanhã se Mecias subir à tribuna para se dizer, mais uma vez, vítima. De quem ou do quê a gente vai ficar sabendo na hora. Uma coisa é certa, vai ter quem lembre Mecias de Jesus que, ao apontar o dedo contra alguém, três vão estar sempre apontados para ele. 

P.S: Ao contrário de Jonatan, Patrícia, Jenifer, Artur e Pepeto, Cássia não é "de Jesus", é só "Pereira".

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