- 20 de agosto de 2025
Edersen Lima
De Brasília
Festa do auxílio-moradia
Reportagem do jornal Correio Braziliense expõe um ganho dos senadores que é somado aos seus vencimentos no Senado: o auxílio-moradia, que existe para cobrir as despesas com hospedagem de quem não ocupa um dos seus 72 apartamentos. Este ano, 40 parlamentares aceitaram viver em um desses apartamentos, enquanto 27 preferiram receber o dinheiro e apenas 14 abriram mão de ambos os benefícios porque tinham casa própria.
Tú também, Mozarildo?
Com casa própria (foto) há mais de 20 anos em Brasília, o senador Mozarildo Cavalcanti recebe o auxílio-moradia de R$ 3,8 mil mensal para pagar as despesas do imóvel que mora na QI 11 do Lago Norte. Ele recebe auxílio-moradia de R$ 3.800 para bancar as despesas da residência.
Anistiados
Os senadores que alegam estarem regulares ao embolsarem o auxílio e usam o dinheiro para bancar contas da residência própria se apegam a uma decisão adotada pela Mesa Diretora em 2009, que anistiou os parlamentares que recebiam o dinheiro mesmo sem precisar pagar hotéis ou aluguéis.
Postura ética
O comando da Casa optou apenas por uma postura de “orientação” aos políticos sobre o objetivo da ajuda de custo, sem formalizar as proibições. Na prática, o Senado apenas avisa aos parlamentares sobre o objetivo do auxílio, ressalta que se destina a cobrir despesas de hospedagens, mas deixa a critério ético de cada um julgar se embolsa a quantia ou abre mão dela.
Sem interesse
Na Câmara, quatro projetos de resolução criando novas regras para o auxílio-moradia estão parados à espera de análise. Sem interesse dos deputados para a edição de normas mais rigorosas ou para a imposição de critérios éticos para o repasse do dinheiro, as matérias adormecem nas gavetas sem nem sequer serem discutidas nas comissões permanentes.
Repórter e assessora
Falando em Mozarildo Cavalcanti, quem chegou a ser contratada no ano passado pelo seu gabinete foi a repórter de Política da Folha de B.Vista, Elissan Paula Rodrigues.
Balsa
Chegou ontem em Caracaraí uma balsa com um 1,1 milhão litros de combustível. Os caminhões estão sendo abastecidos e devem chegar a Boa Vista ainda esta noite. O governador José de Anchieta esteve no município e passou o dia visitando as áreas afetadas pela enchente no Estado. Ele acompanhou a chegada dos navios da Marinha e da balsa, e garantiu que o fornecimento de combustível será normalizado.
PMB
O advogado Nelson Mendes Barbosa foi nomeado provisoriamente presidente do Diretório Regional do Partido Militar Brasileiro (PMB) e já trabalha obtenção do registro do PMB em Roraima junto ao TRE/RR.
Destinação ilícita
A Ajufer (Associação dos Juízes Federais da 1ª Região) vendeu uma sala comercial em Brasília e está sendo acusada de ter usado o dinheiro para abater empréstimos pessoais tomados na Fundação Habitacional do Exército por três ex-presidentes da entidade de magistrados.
Em assembleia virtual no dia 31 de maio, 79 juízes autorizaram a atual diretoria, presidida pelo juiz Roberto Veloso, a anular a operação e oferecer notícia crime ao Ministério Público Federal contra a gestão anterior, sob a alegação de que houve "destinação ilícita dos recursos".
Calamidade Pública

A primeira dama Shéridan de Anchieta acompanhando os
desabrigados em Caracaraí
Política alternativa
Descontentes com as instituições políticas tradicionais, os jovens brasileiros consolidaram a internet como instrumento alternativo para mobilização social, mostra pesquisa feita pelo Datafolha em parceira com a agência de publicidade Box.
Para 71% dos entrevistados, é possível fazer política usando a rede sem intermediários, como os partidos.
Caixinha
Com rombo nas contas estimado em R$ 42,7 milhões, o PT quer reforçar o caixa com a criação de uma taxa única obrigatória, a ser cobrada de todos os filiados que não ocupam cargos públicos.
A ideia é impor uma taxa de mesmo valor a todos os filiados, sem considerar ocupação ou nível de renda.
Mais que uma palavra bonita
A Coluna agradece as mensagens e telefonemas de apoio contra a tentativa de intimidação sofrida na quarta-feira, 8, em Boa Vista. Em todas as manifestações, inclusive de leitores desconhecidos da gente, um sentimento foi comum: o de indignação diante da certeza de impunidade do autor ou autores em nos querer intimidar. Da certeza de que pode-se fazer o que quiser que em nada será atingido. Que justiça é apenas uma palavra bonita para ser citada em discurso político.
Desconfianças
Já apontei minhas desconfianças de onde pode ter partido a ordem para "dar um susto" ou coisa pior. E não foi surpresa que nossas desconfianças tenham sido compartilhadas pelos amigos e pelos leitores.
Macaco Simão:
E a frase que corre na internet: "E daí eu passar o Dia dos Namorados sem namorado? Eu não passo o Dia do Índio com um índio. Não passo o Dia da Árvore com uma árvore. E nem passo o Dia de Finados com um defunto". Rarará!