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Opinião Formada

TRF recebe ação penal contra Mecias de Jesus


Edersen Lima
De Brasília

Juiz encaminha ação penal contra Mecias para o TRF
O juiz Hélder Girão Barreto encaminhou no dia 17 de abril passado para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região a ação penal número 7610-15.2010.4.01.4200 que o deputado Mecias de Jesus, mais a mulher Darbilene Rufino do Vale, o sogro Afonso Rodrigues e o cunhado Danilvon Rufino do Vale respondem por peculato, desvio de dinheiro e formação de quadrilha acusados de receberem, através de procuração, os salários de pessoas que deveriam trabalhar no governo Meudo Campos e parte do governo Flamarion Portela, mas que não trabalhavam, esquema conhecido como "Folha dos Gafanhotos.

Divulgado pela imprensa
Na época em que estourou o escândalo, durante a campanha eleitoral de 2002, programas de TVs e rádios, como Barra Pesada e Plantão Policial chegaram a veicular cópias da folha de pagamento de pessoal do governo, com nomes de servidores que não sabiam que estavam empregados e que \"\"muito menos ganhavam bons salários, na maioria dos casos, salários em torno de R$ 2 mil como os casos de Ana Lúcia da Silva; Eliene Pereira Dias; Erasma Rodrigues Bezerra; José Pereira de Araújo e mais de 150 pessoas que passaram procurações para a mulher de Mecias, Darbilene e para Vitor Miguel Soares Neto.

Os avisos
"Atenção dona Maria José Pereira da Silva, que tem o CPF com os números iniciais 225. A senhora não sabe, mas ganha R$ 2 mil reais! Dois mil paus! Notinha em cima de notinha!", informava o apresentador Isaías Maia que dividia o programa com o ex-deputado Márcio Junqueira. "Vá lá se informar no gabinete do deputado Mecias de Jesus!", sugeria o apresentador.

R$ 508 mil paus!
Só no período de janeiro a julho de 2002, Mecias de Jesus teria movimentado R$ 508.196,20 através de Darbilene e Vitor Soares Neto, segundo consta na tabela também divulgada na época nos programas de TV e rádio além de constar em um site na Internet postado na Itália.

Prisões
Mecias de Jesus e alguns colegas deputados estaduais escaparam de serem presos na operação Praga do Egito porque tinham foro privilegiado, em função do mandato parlamentar. Mas isso não evitou que o sogro do então presidente da ALE, o vereador Afonso Rodrigues, e a mulher Darbilene do Vale, conhecida como Dárbi nas páginas sociais, fossem escoltados de casa até a Cadeia Pública.

Tiro no pé
Uma tentativa de assalto que Dárbi sofreu em frente da agência do Banco do Brasil e que acarrretou em tiro que levou no pé, teria ocorrido porque os assaltantes sabiam que ela, como procuradora de dezenas de pessoas, recebia alto volume de dinheiro em salários de "laranjas". "Laranjas" esses, segundo investigações a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.

A investigação
Durante a apuração da gafanhotagem, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal fizeram cruzamentos de informações básicas. Primeiro colheu na Secretaria de Administração toda folha de pessoal. Depois recolheram na NSAP, empresa que o então governador Neudo Campos contratou para realizar o pagamento dos servidores estaduais, cópias das procurações. Somou os valores e quebrou os sigilos bancários dos procuradores e demais acusados do esquema.

Amadorismo
Os procuradores - ou colheidores do laranjal - eram tão displicentes que depositavam o dinheiro recolhido em suas próprias contas e nas dos seus chefes.

Agora, se rebolam
Na Justiça Federal, procuradores e os principais acusados do esquema se rebolam para explicar porque recolhiam através de procurações os salários de pessoais indicadas e porque o dinheiro recolhido, em sua maior parte, ia parar em suas próprias contas bancárias.

R$ 7,6 milhões
Naquele período de janeiro a julho de 2002, R$ 7.637.419,56, teriam sido pegos por procuradores dos servidores que, na quase totalidade, segundo apurou a Polícia Federal e o MPF, não sabiam que eram usados como laranjas do esquema.

Transparência pra lá, segredo pra cá
Embora viva cobrando transparência do governo do estado, na Justiça Federal Mecias de Jesus, mais a mulher Dárbi do Vale, o sogro Afonso Rodrigues e o cunhado Danilvon do Vale, respondem ação penal em segredo de justiça, a pedido do próprio deputado.

Família unida
Vá lá que Mecias, Dárbi, Afonso e Danilvon não sejam culpados dos crimes que respondem como o de formação de quadrilha, mas que são exemplo de família unida, são.

Renomado
Em Brasília, Mecias de Jesus contratou para fazer a sua defesa o escritório do renomado advogado Marcelo Bessa, um dos mais caros do Brasil.

Contra o segredo de justiça
O segredo de Justiça no desenrolar de crimes contra a administração pública pode estar perto de seu final. Isso porque pelos menos três projetos tramitam no Congresso porpondo o seu fim quando o crime for contra a administração pública, como é o caso do apresentado pelo deputado Luiz Couto (PT/PB) que visa proibir o trâmite de processos contra o patrimônio público sob sigilo.

Prevalecer o interesse público
Para Luiz Couto, apesar de todos terem direito de preservar a intimidade de sua vida privada, existem pessoas para quem essa reserva é limitada em devido às suas funções públicas. O deputado também acredita que o interesse público deve sempre prevalecer diante dos interesses individuais, já que o segredo de Justiça beneficia, muitas vezes, aqueles que cometem crimes contra o patrimônio público.

Acesso à informação
Caso a proposta do deputado seja acatada pela Câmara, processos como o Escândalo dos Gafanhotos não mais poderão transcorrer sobre segredo de Justiça, e as informações serão de mais fácil acesso a toda população.

Sina
Parece que a sina do deputado Chico das Verduras é se eleger e depois lutar para perder o mandato no tapetão. Foi assim quando se elegeu deputado estadual em 2006, sendo depois cassado, e de novo em 2010, agora como deputado federal.

Contra o fechamento da BR-174
O deputado federal Raul Lima voltou carga contra o fechamento da BR-174, fato que acontece todos os dias no horário que vai das 18h às 06h. Ele lembrou que diversos parlamentares já protestaram contra essa ocorrência, em legislaturas anteriores, mas que vai agir até o final de seu mandato para que tal situação seja revertida.

Audiência pública
Nessa cruzada contra o fechamento da BR-174, Raul conseguiu aprovar a realização de uma Audiência Pública, marcada para o dia 26 de abril último, mas nenhum dos convidados confirmou presença. Por isso, a Audiência teve de ser adiada para o próximo dia 28 de junho.

Tsunami
O tsunami municipal continua detonando empregos na Prefeitura de Boa Vista. Desta vez o prefeito Iradilson Sampaio, de uma lapada só, exonerou funcionários do Samu, fechou postos de Saúde, demitiu vigias e vice-diretores de escolas municipais além de professores de Educação Física. E qual mente brilhante o orienta a fazer tudo isso? 

Enquanto isso,...

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Desvio
O Ministério Público Estadual, em uma ação civil pública, acusa o prefeito de ter desviado dinheiro das multas de trânsito entre 2009 e 2010 para pagar funcionários municipais. Foram R$ 1,4 milhões, segundo o MPE, que caracterizam desvio de recursos. 

“Legal e moral”
Um dos mais bem preparados secretários da PMBV, Getúlio Cruz, disse que o que foi feito é “legal e moral” e emendou com essa: “Prefiro gastar dinheiro assim do que com propagandas de alto custo, como tem muito nesse Estado”.

Indireta
Caso tenha sido uma indireta ao Governo do Estado, Getúlio poderia prestar um bom serviço a Roraima indicando aquela agência da campanha “E você pensava que a Prefeitura estava parada” que "certamente" trabalha de graça, não é? 

Vereadores
O fechamento de postos de Saúde e exoneração de pessoal do Samu vem preocupando a classe política. O vereador Rosival Freitas se reuniu com secretários municipais para pedir explicações dessas medidas drásticas. Rosival promete mobilizar seus pares para reverter a situação.

Audiência
A ALE-RR realizou uma audiência pública para debater a violência doméstica. O evento foi promovido peã Comissão de Defesa dos Direitos da Família , da Mulher, da Criança, do Adolescente, do Idoso e de Ação Social da Assembléia Legislativa de Roraima.  

Dossiê
Um dossiê com cópias de notas fiscais de alimentos comprados pelo governo do estado na gestão de Flamarion Portela mostra que os preços praticados naquela época, continuam bem atuais.

Quem mandou não confirmar informação
"Por confiar numa fonte de dentro da própria Universidade Estadual de Roraima (Uerr), a Coluna errou na edição do dia 03 de maio, na nota intitulada “CANETADA”, ao afirmar que o reitor Hamilton Gondim nomeou o filho para um cargo de coordenação com salário de R$ 4 mil. Não há documento que comprove isso", diz nota de hoje da Folha de B. Vista.

E-mail aberto - Será verdade?
"A Prefeitura de Boa Vista demite e reduz salários de vários pais de familia e contrata para trabalhar na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Thayane Goncalves
namoradinha de Artur Sampaio, filho do prefeito Iradilson Sampaio." Raiane Figueiredo

 

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