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OPINIÃO FORMADA

Saúde tem que ser vista como prioridade


\"\"Edersen Lima
De Brasília

É o mínimo que têm que fazer
A bancada roraimense que assume amanhã no Congresso Nacional tem uma missão prioritária para o estado: liberação de recursos, equipamentos, medicamentos e material para a Saúde. Se um pacto em torno disso ainda não foi proposto, que o seja.
Dos veteranos Mozarildo Cavalcanti, Romero Jucá, Luciano Castro e Édio Lopes, aos novatos Angela Portela, Chico das Verduras, Paulo César Quartiero, Jonatan de Jesus, Raul Lima, Berinho Bantim e Teresa Jucá é o mínimo que se espera, que trabalhem nesse cantilena nesses primeios meses. Recursos, equipamentos, remédios e material existem no Ministério da Saúde e Funasa. Trabalhar suas liberações, pressionar nesse sentido não é nenhum obstáculo intransponível, é obrigação. Afinal, o discurso da defesa pela saúde pública não só os elegeu, mas, repete-se, é prioridade do estado, e trabalhar pelo estado, como já foi dito acima, é o mínimo que têm que fazer.

Cobrados
Ocupando cargo que responde há 12 anos como líder do governo, o senador Romero Jucá, e o deputado Luciano Castro, três vezes líder do PR, terceiro maior partido de apoio ao governo, serão os mais cobrados sobre a questão prioritária da saúde, no que tange ao trabalho da bancada.

Inverter a máxima
Os parlamentares que tomam posse amanhã terão ainda a missão de inverter a máxima de que a cada legislação a qualidade do Congresso se deteriora mais. A nova legislatura tem questões urgentes: reformas estruturais, financiamento da saúde, redistribuição dos royalties e Código Florestal são alguns dos nós a serem desatados nos próximos quatro anos. Os especialistas, no entanto, não acreditam em mudanças profundas, especialmente no sistema político brasileiro.

Evangélicos crescem
Em relação à composição anterior, o novo Congresso terá um aumento da bancada evangélica. Mais fortes, os religiosos contam com 66 parlamentares. Mesmo com a eleição de Dilma Rousseff, as mulheres praticamente não crescerão em representatividade no parlamento. Ao todo, serão 45 deputadas e 12 senadoras.

Também cresceram
Uma má notícia para os trabalhadores é o reforço da bancada empresarial, disparada a mais forte, com 246 deputados e 27 senadores. Os sindicalistas são 68 parlamentares. De olho na aprovação do novo Código Florestal, que tem votação prometida para maio, os ruralistas também avançaram de 120 para 159 deputados e senadores. O quadro de distribuição das bancadas foi montado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

Polêmicas
A primeira votação polêmica do Congresso no ano deve ser a do novo valor do salário mínimo, marcada para meados de março, e a do Código Florestal, em maio. A tendência é de que a regulamentação dos royalties do petróleo seja incluída em uma discussão mais ampla, que envolva o ressarcimento pela exploração de todo setor mineral. Com o problema do financiamento da Saúde sobre a mesa, a solução patrocinada pelo governo será a regulamentação da Emenda 29, que estabelece percentuais mínimos de repasses pela União, estados e municípios para o setor. Outras alternativas como a reedição da CPMF estão praticamente descartadas.

Não pode
A anunciada contratação de Lula para presidente de honra do PT por R$13 mil, com carteira assinada, esbarra no artigo 42 da lei federal 8213/91: aposentado por invalidez que voltar voluntariamente ao trabalho perderá o benefício. Lula ganha R$ 5 mil do INSS por ter perdido o dedo mínimo em suposto acidente de trabalho, aos 39 anos. À letra da lei, deveria ter renunciado à grana ao ser eleito presidente.

Atenção
Alô, Secretário Leocádio! Cirurgias ainda estão sendo desmarcadas por falta de material.

TRE absolve Anchieta
Por unanimidade o TRE rejeitou na sexta-feira, 28, o pedido de cassação contra o governador José de Anchieta sob acusação de usar o site do governo como propaganda eleitoral. Os juízes acataram os argumentos da defesa do governador, de que as informações contidas no site não tinham força para mudar o resultado do pleito.

Tendência política
A imprensa esteve presente ontem à sessão do TRE, inclusive, a repórter Elissan Paula, da Folha de B. Vista. Entretanto, o "jornal necessário" não publicou uma linha sobre a decisão unânime do TRE em absolver Anchieta.

Criar clima de instabilidade
Jornal político e que teve durante a campanha eleitoral um plantel repórteres publicamente contrário à re-eleição de Anchieta, a Folha de B. Vista não publicando nada sobre uma decisão favorável ao governador pretende manter o clima de instabilidade no governo.

Coisa feia
Ocorre que, seja o governo que for, o maior prejudicado com clima de instabilidade é o cidadão comum, é a sociedade que independente de interesses particulares do dono do jornal e dos repórteres que têm assessorias na oposição, torce e precisa para que Roraima mude para melhor. Tramar contra uma administração é tramar contra o próprio povo. Coisa feia.

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