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Opinião Formada

A Folha de B. Vista quer jogar para cima do governo a responsabilidade pela demora no atendimento a doentes de dengue.


Edersen Lima
De Brasília

Até as pedras soltas do Beiral sabem
Até as pedras soltas do Beiral sabiam que o cargo de vice governador estava reservado para o deputado Mecias de Jesus. Pergunte isso aos deputados Chico Guerra, Jalser Renier, Raul Lima, Márcio Junqueira, Chico Rodrigues, aos senadores Mozarildo Cavalcanti, Romero Jucá e boa parte da imprensa que cobre o dia-a-dia da política em Roraima, e ouvirá o que as pedras soltas do Beiral não fazem segredo
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Quando Ottomar Pinto emplacou a enjoada Marília Pinto, sua filha, na primeira-secretaria da ALE em dezembro de 2006, estava selando acordo de apoiar Mecias como vice. Isso, Guerra, Jalser, Raul, Márcio, Chico, Mozarildo, Romero e as pedras do Beiral contam.

Para uns, Mecias deixou de ser vice porque se "emocionou" e acreditou que do mesmo jeito que o então governador do Tocantins, Marcelo Ribeiro, havia sido cassado pelo TRE-TO e o presidente da ALE-TO assumiu o governo daquele estado, o mesmo ocorreria com ele, e teria começado a montar um "governo paralelo".

Já a maioria, acredita que Mecias deixou de ser vice porque simplesmente não se comportou como tal: aliado, próximo e fiel. Ao contrário, ele passou a bater de frente com o governador José de Anchieta. Fez corpo mole em votações. Deixou e derrubou projetos e vetos. Deu declarações ameaçadoras no interior do estado. Ou seja, não se mostrou nem aliado, nem próximo e nem fiel.

"Ora, se como presidente da ALE, Mecias já age assim, imagina quando for vice-governador com todo o meio político o paparicando", deve ter pensado Anchieta. Quem coloca alguém que não mais confia como seu substituto?

As velhas e fofoqueiras pedras soltas do Beiral também sabem que Mecias de Jesus era forte candidato ao Senado. Em sete anos e meio como presidente da ALE, Mecias simplesmente a transformou num verdadeiro poder legislativo. Foi além da promoção de discussões e projetos em plenário. Promoveu ações sociais básicas e importantes na capital e no interior. Ninguém fica quatro legislaturas como presidente sem que não tenha méritos.

Mas quem quer galgar postos na vida, constrói pontes. Que governador aceitaria de bom grado compor chapa para o Senado com quem rivaliza, desafia e se opõe ferrenhamente aos seus projetos e programas?

Mecias, ao invés de buscar na diplomacia, no uso da política e com inteligência a vaga na chapa majoritária, fez o inverso, foi para a truculência, foi para queda de braço, foi para o enfrentamento aberto. Destruiu pontes.

Todos os 23 colegas deputados de Mecias de Jesus firmaram lhe apoiar ou com primeiro voto ou com segundo para o Senado. Por que não os mobilizou a seu favor, como ocorreu em 2006 na escolha do vice de Ottomar?

Os deputados federais Chico Rodrigues, Édio Lopes, Urzeni Rocha, Márcio Junqueira e Luciano Castro também lhe dariam o primeiro ou segundo voto. Por que Mecias não se articulou também com eles?

Como o governador Anchieta manteria Romero Jucá ou Marluce Pinto como candidatos se todo esse exército pedisse por Mecias?

Agora, via pelegos, Mecias se deixa pousar de vítima, de marido traído e de pobre coitado permitindo o seu desgaste público na internet através de redes sociais e e-mails que são enviados pela pelegada. Isso mancha a história de quem foi engraxate, garçom, jardineiro, mensageiro e vereador do interior. Mancha a imagem de um vencedor.

E foi aí, fora do caminho dessa trajetória de vitórias é que Mecias deixou de ser vice-governador e senador da República, por que quis sê-lo - ora uma coisa ora outra - agindo como poderoso presidente da ALE, retaliando, medindo força, mostrando o seu poder. Esqueceu da humildade de um menino engraxate, da gentiliza de um garçom e da destreza de um jardineiro.

Se Mecias tivesse feito como fez quando deixou de engraxar sapatos e passou a trabalhar como garçom, depois como mensageiro, depois eleito vereador, deputado estadual e quatro vezes presidente da ALE, lembraria que não foi na truculência - e sim, com inteligência - que construiu e atravessou aquelas pontes. Isso, até as pedras soltas do Beiral sabem.

Enquanto isso...

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Homenagem
A Câmara Internacional de Pesquisas e Interação Social (CIPIS) de Curitiba- Paraná, homenageará a secretária Ilma Xaud (Educação) com a “Medalla La Integracion Simon Bolívar”, por mérito educacional, em reconhecimento relevantes, liderança, exemplos, trabalhos projetos e programas desenvolvidos para melhorar a área educacional no estado de Roraima.

Meio ambiente
A Fundação Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia – Femact realizará a Semana do Meio Ambiente 2010, que tem como tema “Biodiversidade no Estado de Roraima”. O evento acontecerá nos dias 8, 9 e 10 de junho, na Universidade Estadual de Roraima – UERR. Na programação constam mini-cursos, palestras, exposição fotográfica e uma atividade surpresa.

Sentimento de conservação
“A idéia com a realização da Semana do Meio Ambiente é mostrar, por meio da programação ofertada, a biodiversidade de Roraima, com a finalidade de despertar no público o sentimento de conservação do meio ambiente, que está ameaçado pelas queimadas, pelo desmatamento e atropelamento de animais”, ressaltou Luciana Surita, presidente da Femact.

30% a mais no salário
O deputado Luciano Castro defendeu ontem a aprovação do Projeto de Lei 6113/09, do Senado, que amplia o conceito de periculosidade estabelecido na CLT. A alteração, de acordo com Luciano, permite que diversas categorias profissionais, entre elas salva-vidas, vigilantes e seguranças privados possam ter direito ao adicional de periculosidade (30% sobre o salário).

\"\"Babalaô mandou
Embora seja obrigação da Prefeitura de Boa Vista cuidar da cidade para que não tenha lixo e sujeira acumulados que possam servir de criadouros do mosquito da dengue, além de atender em postos médicos com ações preventivas, o jornal do patrono Getúlio Cruz, babalaô da administração Iradilson Sampaio, quer jogar para cima do governo do estado a responsabilidade pela demora no atendimento a doentes de dengue em manchete da Folha de B. Vista, de hoje. Coisa feia.

Manobras tentam livrar petista do Ficha Limpa
Sucessivas manobras protelatórias, com anuência do Tribunal Superior Eleitoral, têm protegido o governador de Sergipe, Marcelo Deda (PT), amigo e compadre do presidente Lula, de ser julgado por abuso de poder político e econômico. É o único governador denunciado que não foi julgado. Quando pararam as medidas protelatórias, o TSE espantou o meio jurídico devolvendo o processo ao TRE-SE para “diligências”.

Procrastinação
A devolução do processo de Marcelo Deda ao TRE-SE atendeu ao objetivo da defesa de adiar o julgamento dele para depois das eleições.

Ops, deu errado
Quando as “diligências” solicitadas pelo TSE caminhavam em ritmo de tartaruga em Sergipe, veio o imponderável: o projeto do Ficha Limpa.

TSE agiu rápido
Pelo Ficha Limpa, se condenado por um tribunal, Deda ficaria inelegível 8 anos. Novo espanto: o TSE pediu o processo de volta. Chegou ontem.

Armação ilimitada
Agora, amigos de Deda no TSE apressam o julgamento antes que o Ficha Lima entre em vigor. E Lula não tem pressa de sancionar a lei...

Enquanto isso, já bem adiantados...

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Aumento de comissionados
O número de servidores comissionados dos senadores nos escritórios regionais aumentou 46% nos últimos quatro anos.

Milagre da multiplicação
"Com muito trabalho honesto e fazendo poupança", é assim que o ex-procurador João Félix, sobrinho do falecido Ottomar Pinto, tem revelado o segredo do sucesso conquistado em menos de cinco anos. De advogado, servidor público praticamente sem patrimônio algum, a dono de luxuosa casa, carros importados e cursinho.

Macaco Simão:
E sabe o que o Lula disse pro Dunga? "Cumpanhero Dunga, traz o caneco que nóis enche!". Rarará!!

Esclarecimento Amarr
Senhor Editor,
Em nome da boa imprensa e por dever institucional de presidente da Associação dos Magistrados de Roraima, gostaria de esclarecer alguns pontos sobre a nota veiculada na coluna ‘Opinião Formada’, do site Fontebrasil, no dia 25 de maio de 2010, intitulada ‘Vinho, camarão e capas pretas”. Nosso objetivo é dar a maior transparência possível às informações e corrigir os equívocos cometidos pelo desconhecimento da realidade dos fatos.

A Associação dos Magistrados Brasileiros - AMB, entidade à qual a Associação dos Magistrados de Roraima - AMARR é filiada, desenvolve uma campanha junto aos parlamentares federais, no sentido de garantir a votação e aprovação de projetos de interesse da magistratura nacional, a exemplo do sistema público de previdência, o adicional por tempo de serviço e o recesso forense;

A AMB definiu que as associações estaduais buscassem tratar com as bancadas de cada grupo político acerca dos referidos projetos, razão pela qual tentamos agendar para momentos diferentes os encontros. O primeiro deles já aconteceu com os Deputados Federais Neudo Campos e Ângela Portela, o Senador Romero Jucá já confirmou data e estamos na dependência da agenda dos demais parlamentares para as reuniões futuras.

Na oportunidade, nos colocamos à disposição do caro jornalista, para quaisquer esclarecimentos.

Cordialmente,
Juiz Breno Coutinho
Presidente da Associação dos Magistrados de Roraima

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