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LIBERTADORES: Blindagem funciona e Palmeiras empata


Três volantes, três zagueiros e muita marcação. O técnico Candinho escalou um Palmeiras defensivo nesta quarta-feira, na estréia do clube brasileiro na Copa Libertadores. E a estratégia funcionou: no Paraguai, a equipe do Parque Antártica arrancou um empate por 1 a 1 com o Cerro Porteño. Osmar corre para comemorar o único gol do Palmeiras no empate com o Cerro O curioso é que esta foi a primeira vez que o Palmeiras começou uma trajetória na Copa Libertadores com um empate. O retrospecto do Palmeiras em estréias é amplamente favorável. Time brasileiro que mais participou da Libertadores (12 edições), o clube do Parque Antártica começou com vitória em nove edições do torneio. A última derrota do Palmeiras em uma partida de estréia da Libertadores aconteceu em 1974. O time do Parque Antártica enfrentou o São Paulo e a equipe do Morumbi venceu por 2 a 0. Além disso, este ainda foi o segundo empate do Palmeiras nas quatro partidas em que a equipe foi dirigida pelo técnico Candinho. A primeira igualdade aconteceu no dia 24 de fevereiro, em Sorocaba, 2 a 2 com o Atlético (gol marcado por Osmar aos 50min do segundo tempo). Nesta quarta-feira, o gol salvador também foi de Osmar. O atacante aproveitou lindo lançamento de Magrão e determinou o empate aos 27min do período complementar. Com o gol, Osmar chegou a três na temporada e se isolou na vice-liderança dos artilheiros do Palmeiras. O jogador do clube paulista que mais marcou em 2005 é o atacante Ricardinho, que balançou as redes adversárias cinco vezes. A recuperação dentro da partida mostra que o Palmeiras não sentiu a falta de experiência. No elenco que disputa a Libertadores deste ano, apenas três jogadores da equipe brasileira já participaram da competição sul-americana (Magrão, Marcos e o reserva Sérgio). Com o empate, o Palmeiras termina a primeira rodada na segunda posição do Grupo 4 da Libertadores, com um ponto, ao lado do próprio Cerro Porteño. O líder é o Deportivo Táchira, que venceu o Santo André dentro de casa nesta quarta-feira e soma três pontos. ESTRÉIAS DO VERDÃO 61 Independiente 0x2 Palmeiras 68 Náutico 1x3 Palmeiras 71 Palmeiras 0x2 Fluminense 73 Palmeiras 3x2 Botafogo 74 Palmeiras 0x2 São Paulo 79 Alianza Lima 2x4 Palmeiras 94 Palmeiras 2x0 Cruzeiro 95 Palmeiras 3x2 Grêmio 99 Palmeiras 1x0 Corinthians 00 Palmeiras 4x0 The Strongest 01 Palmeiras 2x1 U. do Chile 05 C.Porteño 1x1 Palmeiras As duas equipes voltam a campo, em partidas válidas pela Copa Libertadores, no dia 10 de março. O Cerro Porteño viaja para o Brasil para encarar o Santo André no estádio Bruno José Daniel. O Palmeiras recebe o Deportivo Táchira no Parque Antártica. As duas partidas começarão às 19h. Antes da Libertadores, porém, o Palmeiras tem outra preocupação. No domingo, no Parque Antártica, disputará o clássico contra o Santos, válido pela 11ª rodada do Campeonato Paulista. O jogo A forte marcação imposta pelas duas equipes fez com que o início do confronto ficasse bastante monótono. Com alto índice de erros nos passes, Cerro Porteño e Palmeiras só ameaçaram o gol adversário em chutes de longa distância. O primeiro deles aconteceu aos 6min, favorável ao time paraguaio. Cristaldo dominou na intermediária e arriscou de muito longe. A bola tomou muito efeito e passou perto da trave direita de Marcos, que quase foi surpreendido. Aos poucos, o Cerro Porteño começou a encontrar espaços na defesa do Palmeiras. O atacante Ramírez, principal destaque da equipe da casa, começou a aproveitar os avanços do lateral-esquerdo Lúcio e se fixou na ponta direita. Foi por ali que o time paraguaio teve a segunda oportunidade do jogo. César Ramírez se livrou de dois marcadores aos 11min e cruzou para o centroavante Santiago Salcedo, que foi travado por Daniel antes de conseguir concluir. A inteligência tática de Ramírez, contudo, contrastou com a fragilidade técnica da defesa paraguaia. Sempre que chegou ao ataque, o Palmeiras não teve dificuldade para ultrapassar a marcação do Cerro Porteño. Aos 13min, por exemplo, Correa teve liberdade total para conduzir a bola pela direita e cruzar na direção de Osmar. O atacante concluiu de primeira, mas mandou longe da meta defendida por Aceval. Depois disso, o Palmeiras assumiu completamente o domínio do confronto. Sobretudo pela direita, onde tinha liberdade para jogar, o time brasileiro conseguiu criar lances de perigo para o Cerro Porteño. Exatamente pela direita é que o Palmeiras chegou aos 16min. Correa tocou na frente para Osmar, que lançou Ricardinho no meio. Sem marcação, o atacante bateu de primeira, sem força, e Aceval encaixou no meio do gol. Aos 23min, Ricardinho criou o lance pela direita e cruzou rasteiro. Mais rápido que a defesa, Osmar apareceu no primeiro pau e chutou de primeira, por cima do travessão. Mas a melhor oportunidade do Palmeiras aconteceu aos 31min. Osmar recebeu dentro da área e tentou o drible sobre Sarabia. A bola sobrou na marca de pênalti para Ricardinho, que bateu de primeira. A bola passou perto do ângulo direito de Aceval. Acuado, o Cerro Porteño não encontrava maneiras de sair do campo de defesa. Só voltou a equilibrar o jogo quando voltou a utilizar a mesma arma dos primeiros minutos: os avanços de Ramírez pela direita. Extremamente habilidoso, Ramírez criou a primeira oportunidade aos 39min. Depois de driblar dois marcadores, ele foi derrubado por Marcinho na meia esquerda. Falta que o centroavante Santiago Salcedo cobrou com categoria, muito perto do ângulo direito de Marcos. Quando apareceu pela direita, aos 43min, Ramírez construiu o primeiro gol do Cerro Porteño. Ele passou por Diego Souza e cruzou rasteiro. A bola passou por dois atacantes do time paraguaio, que não conseguiram dominar, e sobrou para Santiago Salcedo. De primeira, o centroavante chutou muito forte e inaugurou o placar em Assunção. A reação do Cerro Porteño no final do primeiro tempo se transformou em pressão depois do intervalo. O time paraguaio aproveitou o péssimo momento psicológico dos brasileiros e assumiu o domínio das ações. Além disso, o meio-campo do Palmeiras parou de funcionar. Diego Souza, único jogador criativo do setor, estava totalmente apático. Com isso, sobrava para os volantes Magrão e Marcinho a ligação entre a defesa e o ataque brasileiros. Só que o Cerro Porteño aproveitou o domínio apenas aos 15min. Domingo Salcedo carregou pela esquerda e chutou cruzado. Marcos conseguiu defender a bola no ângulo esquerdo e desviou para a linha de fundo. Três minutos depois, o time da casa voltou a assustar. Dos Santos puxou contra-ataque, a defesa não apertou a marcação e o meio-campista do Cerro Porteño chutou da entrada da área, no canto direito de Marcos. O camisa 1 fez boa intervenção e cedeu novo escanteio. Em desvantagem, o Palmeiras chegou ao empate graças ao talento do volante Magrão. Aos 27min, o meio-campista lançou com perfeição para Osmar. Dentro da área, o atacante ganhou do zagueiro Sarabia e tocou de primeira, na saída do goleiro Aceval. Depois do empate, o Cerro Porteño ainda teve grande oportunidade aos 31min. Cristaldo bateu escanteio da direita, a zaga do Palmeiras falhou e Santiago Salcedo cabeceou com muito perigo. Mas a melhor oportunidade dos donos da casa aconteceu aos 33min. Em rápido contra-ataque pela direita, a bola sobrou dentro da área para Grana. O meio-campista chutou de primeira e a bola passou perto do gol defendido por Marcos. Apesar da pressão no final, contudo, o Cerro Porteño não teve força para marcar. E a blindagem armada por Candinho, que atuou com três volantes e três zagueiros, mostrou eficiência. CERRO PORTEÑO Aceval; Pérez, Sarabia, Espínola e Cristaldo; Fernandez (Fretes), Mario Grana, Domingo Salcedo e Julio dos Santos; César Ramírez (Ávalos) e Santiago Salcedo Técnico: Gustavo Costas PALMEIRAS Marcos; Glauber, Nen e Daniel; Correa, Marcinho (Alceu), Magrão, Diego Souza e Lúcio; Ricardinho (Cristian) e Osmar (Thiago Gentil) Técnico: Candinho Local: estádio General Pablo Rojas, em Assunção (Paraguai) Árbitro: Héctor Baldassi (Argentina) Auxiliares: Gabriel Favale e Rodolfo Otero (ambos da Argentina) Cartões amarelos: Daniel (P), Cristaldo (C), Grana (C) Gols: Santiago Salcedo, aos 43min do primeiro tempo; Osmar, aos 27min do segundo tempo

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