BASQUETE: Improviso por contingência

A formação com dois armadores não é novidade para o Universo/BRB. O técnico Zé Boquinha costuma experimentar o titular Arnaldinho com Eric ou Luiz Felipe. É opção de agilidade na marcação, velocidade na transição e mudança de ritmo na movimentação ofensiva. Mas a palavra opção, hoje, contra Franca, não é apropriada. O treinador sairá, sim, jogando com Arnaldinho e Eric, a partir das 20h, no interior paulista. Não porque gostaria. A razão é simples: os alas Kenya e Jeferson, dois dos principais pontuadores, estão suspensos. Eles se envolveram em confusão na segunda-feira, na vitória sobre o Londrina por 90 x 83. Ontem, o departamento técnico da confederação determinou as punições. Segundo a nota oficial número 42, Kenya agrediu com um tapa o pivô David; e Jeferson invadiu a quadra, saindo do banco de reserva, e chutou o pivô Bruno Fiorotto. Ambos pegaram duas partidas de gancho. Desfalcarão o time também contra o Coc de Ribeirão Preto, no interior paulista, domingo. Os paranaenses citados cumprirão apenas a suspensão automática. O Universo ainda pagará multa: R$ 1 mil por atleta. Porém, de acordo com o diretor da equipe, Jorge Bastos, o ônus sairá do bolso dos profissionais. "Já está previsto no contrato". Diante da conjuntura, Zé Boquinha promoverá o ala Rodrigo a titular. Ao lado da dupla de armadores, ele terá de calibrar a mão e, de quebra, municiar os pivôs Pipoka e Vargas. "A idéia é marcação combinada, parte individual e parte por zona. Assim tentaremos parar o armador deles, o Guilherme, e o pivô Edu Mineiro, habilidosos e de bom chute de três", alertou o treinador, que partiu ontem com a trupe para 680 km de ônibus. Detalhe: com Kenya e Jeferson a bordo. "Até como castigo eles tinham de ir", brincou Zé Boquinha. Mesmo contra um rival "retalhado", o técnico Chuí não se empolga. "É indiferente. Continua sendo perigoso", resumiu. A campanha paulista é mediana: cinco vitórias e cinco derrotas.