- 20 de agosto de 2025
Brasília - A defesa empreendida pelo governo federal, no sentido de homologar a reserva indígena roraimense Raposa/Serra do Sol em área contínua, praticamente inviabiliza o estado de Roraima. Essa questão, envolvendo inconfessáveis interesses alienígenas, pretende colocar no limbo econômico incalculáveis recursos naturais que se acumulam numa das regiões mais ricas do planeta. Por trás de toda a movimentação, percebe-se a força coercitiva de países que formam o chamado primeiro mundo. Todos vivendo às custas do trabalho escravo de nações ricas, eternamente listadas como subdesenvolvidas. Na estruturação econômica mundial, não existe espaço para qualquer mudança. Os pobres estarão sempre a reboque e sem possibilidade de salvação. Os detentores de exércitos poderosos, como os EUA, sentem-se no direito de ameaçar e intimidar, enquanto proclamam e defendem a "justiça" e a "liberdade". Alienada, colocada à margem de qualquer discussão a respeito dos rumos do país, a população vive anestesiada por meios de comunicação a serviço do capital financeiro internacional. Basta analisar o papel desempenhado pela Rede Globo de Televisão, derramando novelas e pornografia o dia inteiro, sem permitir qualquer abordagem aprofundada acerca de nossa situação. O que se argumenta gira em torno de perfumaria. Os analistas e comentaristas daquela emissora fazem questão de louvar os rumos do atual modelo econômico, como se não fosse a causa principal de nossa miséria. Os demais meios de comunicação (jornais, revistas, emissoras de rádio e TV), com raras exceções, conformam-se ao quadro, defendendo governantes, sejam quais forem, de forma vergonhosa e intransigente. Isso acontece não apenas no plano federal, mas, também, nas 26 outras unidades federativas (o principal jornal em circulação no estado de Roraima recebeu mais R$ 1,5 milhão do governo Flamarion Portela, para cuidar da impressão do Diário Oficial e, por tabela, da "imagem" de sua ex-excelência). A verdade é que o mundo está ficando a cada dia mais e mais intranqüilo, com a exclusão social patrocinada pelo superado sistema capitalista. Ainda não se concebeu nova ordem e sequer se vislumbra no horizonte o que poderá substituir o atual modelo. O que se enxerga é inevitável agravamento de tensões. Sem condições de abastecer a demanda de sua máquina produtiva, sem recursos primários que a alimentem, os EUA partiram para a agressão pura e simples. Colocam tropas no Oriente Médio (o roubo do petróleo iraquiano é a razão primeira do massacre que ali praticam), mas se vêem em verdadeira sinuca de bico. Os serviços de inteligência de vários países estão prevendo nova tentativa de golpe na Venezuela para curto espaço de tempo. O objetivo é depor o seu presidente, Hugo Chávez. Em quatro ou cinco anos, tem-se como certa a exaustão absoluta dos recursos petrolíferos em território norte-americano. Os EUA produzem menos de 60 por cento do óleo que necessitam. O restante vem do Oriente Médio e de outras fontes vítimas de seus achaques. O petróleo dos EUA está localizado numa região que roubaram do México na primeira guerra externa que empreenderam (1848), quando tomaram quase tudo do vizinho país. Agora, sob a ameaça de escassez de outros recursos, aceleram a capacidade de rapinagem e querem abarcar o mundo com a força das armas. Roraima que se cuide. Email: [email protected]