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Governador abre Seminário de Cultura em Roraima

Foi aberto ontem no Palácio da Cultura o seminário "Cultura em Roraima: Realidade e Perspectivas", anunciando projetos para o desenvolvimento da cultura regional. Participaram da solenidade, o secretário-substituto da articulação institucional do Ministério da Cultura, Aloysio Guapindaia, da secretária de Educação, Ilma Xaud, secretários de Estado, produtores e incentivadores da cultura.


O governador Ottomar de Souza Pinto abriu ontem no Palácio da Cultura o seminário "Cultura em Roraima: Realidade e Perspectivas", anunciando projetos para o desenvolvimento da cultura regional. Participaram da solenidade, o secretário-substituto da articulação institucional do Ministério da Cultura, Aloysio Guapindaia, da secretária de Educação, Ilma Xaude, secretários de Estado, produtores e incentivadores da cultura. O representante do Conselho de Cultura, Laucides Oliveira, saudou os presentes, em nome do artista Augusto Cardoso, e falou da trajetória do Conselho, com o tombamento do forte São Joaquim, o incentivo ao reconhecimento e a consagração de seus artistas, através do prêmio de notoriedade cultural, a criação do incentivo fiscal e atenção prestada às necessidades, reclamos e queixas dos produtores culturais do Estado de Roraima. Aloysio Guapindaia, do Ministério da Cultura, ficou impressionado com o público presente, e fez um relato das ações do Minc, coordenadas por Gilberto Gil, que defende a necessidade de priorizar o do-in antropológico no Brasil. Ou seja, colocar o dedo nos pontos de estímulo para construção de um trabalho de consolidação do sistema de cultura e articular no sentido de desenvolver políticas culturais, atendendo aos anseios da sociedade. Ao final, o secretário parabenizou a iniciativa do Conselho Estadual de Cultura. Segundo ele, o evento trará resultados importantes para a consolidação de políticas mais integradas com a sociedade organizada. "Isso é importante para tirar a política cultural do segundo plano na priorização das políticas públicas", afirmou, referindo-se às preocupações com as questões culturais tanto na esfera regional quanto nacional. Para ele, a Carta de Roraima, que será tirada durante a conclusão do encontro amanhã, é fundamental porque estabelece diretrizes que os governos terão que seguir. "A sociedade é a principal interessada nas políticas culturais. Como tal deve formular suas diretrizes políticas que não podem nem deve ser pensadas a partir dos gabinetes dos gestores. E, sim, a partir da própria sociedade", destacou Aloysio. Para o governador Ottomar, a cultura é a impressão digital da sociedade. "É através dela, que temos os traços mais significativos. A cultura impulsionou países capitalistas, como os Estados Unidos. Nunca é demais ajudar os artistas. Precisamos prestigiar os artistas", afirmou, ressaltando que tem o propósito de dar continuidade a diversos projetos culturais durante o seu Governo, através da Secretaria de Educação. Entre os projetos principais, estão a criação de um Centro Integrado em Roraima, reestruturar o teatro Carlos Gomes, contratar grupos folclóricos, poetas e músicos para se apresentarem nas praças públicas para a população, estimular a propriedade intelectual e a produção de vídeo e imagens e fortalecer a cultura nas escolas. Segundo o poeta Eliakin Rufino, o Seminário coloca na pauta de discussões a questão cultural dentro de nova ótica porque não se trata mais de cultura para o entretenimento, mas para o desenvolvimento. "Não podemos mais fazer política cultural de ventos. Cultura não é organizar carnaval, arraial e festa de natal", afirmou. Política pública de administração da cultura, na opinião do artista, é promover a cultura enquanto braço da economia, enquanto projeto econômico do Estado. "Penso que esse seminário e a presença do representante do Ministério da Cultura em Roraima vai trazer um novo fôlego a tese mundial de que a cultura deve estar no centro das políticas. Deve ser a coluna vertebral das políticas públicas", destacou o poeta. No encerramento da solenidade, a orquestra de violão popular da Prefeitura de Boa Vista cantou e tocou quatro músicas. Entre elas, Palavras, da cantora e compositora Cássia Eller, e Tente Outra Vez, do cantor e compositor Raul Seixas, dirigido pelo maestro Sérgio Barros, diretor da Divisão de artes do Departamento Estadual de Cultura, que presenteou o governador com o seu disco Tudo Pode Ser, lançado ano passado. DA POESIA Em seguida, o poeta Eliakin Rufino, subiu ao palco para declamar. O poema Cavalo Selvagem, o mais conhecido de sua coleção, emocionou o público. Depois ele convidou a todos para acompanhá-lo em um poema de Vinicius de Morais. "Caminho em uma rua que anda em muitos países/Se não me vêem eu vejo e saúdo velhos amigos", foram os primeiros versos recitados por Eliakin com a participação total da

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