- 20 de agosto de 2025
A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher foi destacada ontem (24),pela deputada Suely Campos (PP-RR) durante discurso proferido no Senado Federal, que em sessão solene, homenageou o Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher que hoje (25) se comemora. Em seu pronunciamento a Deputada por Roraima destacou que "estamos ainda muito longe do tão sonhado mundo de igualdade e respeito entre homens e mulheres. Nunca é demais repetir os números e estatísticas, para que todos sintam o quanto a mulher ainda é vítima de violência física, sexual e emocional . Estatísticas mostram que a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil. Na maioria das vezes, dentro de sua própria casa". Suely acrescentou que as estatísticas divulgadas sobre o fato "estão subdimensionadas, pois apenas 10% das agressões sofridas pelas mulheres são denunciados. Os números são estarrecedores, na mesma proporção que é estarrecedor o nível cultural que vivemos em pleno século XXI. A sociedade mundial, inclusive o Brasil, cultiva valores que incentivam a violência contra a mulher. A violência física, que mutila; a emocional, que apavora; e a sexual, que é eterna e inalterável. Não importa o tamanho da dor, ainda existem mulheres que sofrem caladas". A Deputada prosseguiu dizendo que "as mulheres precisam continuar sua marcha de "Pão e Rosas", porque a consciência do ser humano é difícil de ser atingida. Precisamos reforçar a potência de nossa voz para furar essa barreira da consciência, para criarmos uma nova civilização marcada pela igualdade de direitos entre homens e mulheres. Momentos como este são importantes para o nosso movimento, que tem avançado, mas não na velocidade e na forma como desejamos. Há uma enorme distância entre a situação ideal e a situação real da mulher. E é essa distância que nos faz ser mais fortes, pois sabemos que estamos no caminho certo, embora muito longe do nosso objetivo". Após afirmar que o lar não deveria ser o local mais perigoso para a mulher, Suely Campos destacou "ser impossível que ainda hoje a mulher sofra 9 vezes maior risco de ser agredida em sua própria casa do que na rua. É inadmissível que 23% das mulheres brasileiras estejam sujeitas à violência doméstica, mesmo depois de tanto grito e tanta caminhada" A Deputada concluiu seu discurso dizendo que "o mundo inteiro precisa da mulher, mas a mulher precisa estar inteira no mundo".