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R$ 2,744 - Dólar tem maior baixa desde 2002

O dólar recuou 0,40% nesta terça-feira, favorecido por ingressos de recursos, e encerrou vendido a R$ 2,744, menor preço de fechamento desde junho de 2002. Segundo analistas, o mercado interno segue a tendência de desvalorização do dólar frente a outras moedas, por conta dos altos déficits em conta corrente e orçamentário dos Estados Unidos.


SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuou 0,40% nesta terça-feira, favorecido por ingressos de recursos, e encerrou vendido a R$ 2,744, menor preço de fechamento desde junho de 2002. Segundo analistas, o mercado interno segue a tendência de desvalorização do dólar frente a outras moedas, por conta dos altos déficits em conta corrente e orçamentário dos Estados Unidos. "Os Estados Unidos estão desvalorizando o dólar para melhorar a balança comercial deles, mas estão esquecendo do crescimento", afirmou Júlio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy. Nesta tarde, o dólar atingiu novo recorde de baixa em relação ao euro e recuava frente à libra esterlina . Internamente, o fluxo positivo nos negócios tem contribuído para a queda da divisa norte-americana nas últimas semanas, disseram analistas. Na mínima do dia, a divisa recuou 0,65% para R$ 2,737, menor patamar durante os negócios desde 20 de junho de 2002. De acordo com José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação, "tem sobrado dólar de exportadores no mercado já que não tem aparecido muito comprador". Para Hideaki Iha, analista de mercado da corretora Souza Barros, o fluxo de negócios tem sido o grande motor do mercado, pois "mesmo que o cenário não seja positivo, quando tem entrada, o dólar cai mesmo". Perto do final da sessão a divisa ficou levemente mais pressionada devido a ajustes técnicos e chegou a R$ 2,753. "Isso foi realização. O mercado caiu muito e é normal que haja um ajuste, mas não significa uma mudança no cenário", disse o operador da Didier Levy. Os analistas destacaram ainda como fator positivo para o câmbio o declínio do risco Brasil, que sinaliza uma confiança maior do investidor externo no país. O risco-país, medido pelo banco JP Morgan, caía 7 pontos, para 426 pontos-básicos sobre os títulos do Tesouro norte-americano. (Por Nathália Ferreira)

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