- 20 de agosto de 2025
Brasília - Melhor do que ser presidente do Brasil é presidir o Banco Central. O presidente da República só faz o que o do BC quer. O primeiro é autêntico marionete do capital financeiro internacional, condenando a nação inteira a viver em condição escrava. E mesmo que o cidadão seja flagrado em alguma CPI, na lavagem de dinheiro, remessa ilegal de divisas ou tomando parte em conluios para entregar o país, nada importa. Para livrar o presidente do BC de processos e ações judiciais, o mais alto mandatário da República é capaz de baixar decreto que o coloque em nível ministerial e o deixe ao abrigo de "foro especial". É dessa forma que Henrique Meirelles permanece com a cara mais cínica, ditando normas e regras. Dom Luiz Inácio (PT) está mais perdido do que cachorro que cai de caminhão de mudança. A única coisa que ora parece alegrar sua excelência é a proximidade da chegada de avião fantástico, no qual pretende embarcar para intermináveis vôos internacionais. A aeronave, adquirida por alguns milhões de dólares, possui até mesmo banheira. Não é coisa a se desprezar (a banheira), visto que a algumas localidades a duração da viagem pode ser de mais de oito ou nove horas. Enquanto isso, a entrega deslavada de nossas riquezas continua. E Dom Luiz Inácio vai se descartando de figuras exponenciais que emprestavam base nacionalista a seu governo. Como, por exemplo, Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES. A pressão das multinacionais e gângsteres que se nutrem nos cofres públicos terminou por inviabilizar a permanência de Lessa. Pouco a pouco, sua excelência vai se descartando dos que o acompanharam ao longo da trajetória política, cedendo espaço a arrivistas que não possuem compromisso com a nação brasileira. E se isola mais e mais, deixando-se dominar por maus conselheiros e pela bebida. Dom Luiz Inácio é hoje pálido reflexo da figura consagrada que reavivou sentimento de esperança no país inteiro, logo depois do veredicto das urnas. A lista de deserdados vai ficando imensa: Ricardo Kotscho, Frei Betto, Carlos Lessa e, mais recentemente, Ana Fonseca, uma das principais responsáveis pela criação do Bolsa-Família, ex-secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social. Esta última, segundo se informa, saiu por divergências diretas com o titular da pasta, Patrus Ananias, que até hoje não conseguiu dizer a que veio. O fato é que a gestão Dom Luiz Inácio não conseguiu, até o momento, colocar o país dentro de rumo desenvolvimentista propagado ao longo da disputa eleitoral de 2002. Continuamos dentro da mesma linha entreguista de nossos recursos, pagando dívida externa já liquidada várias vezes, exaurindo país famélico onde saltam aos olhos a injustiça e a imoralidade. A obrigatoriedade de auditoria na dívida externa, que se encontra grafada nas disposições transitórias do texto constitucional, até hoje não foi cumprida. A OAB já entrou com ação junto ao STF (Supremo Tribunal Federal), enquanto a Rede Globo de Televisão, através de "comentaristas" que defendem interesses alienígenas, combate à medida. O descaso é total e as necessidades se avolumam. Fazemos parte de sistema econômico falido, a pressionar os povos do mundo ao desespero e à loucura. O fruto de tudo isso é a violência e o terrorismo sem fronteira. Porque, hoje, sem sombra de dúvida, o maior terrorista que poderia existir é o Estado. Email: [email protected]