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Senso Crítico - Osso e pedaços de jabá


Não acho que Márcio Accioly tenha qualquer problema de relacionamento com a imprensa local. Creio, sim, que ele tenha problemas em compactuar com esquemas de propinas. Não falo de "assessorias" tão comuns em Roraima, mas de jabá mesmo, aquele na cara dura, como por exemplo - repito, por exemplo -, depois de veiculada uma entrevista com um gerente de uma empresa de aviação, manda-se o pedido de cortesia para o filho viajar para o Nordeste.


Edersen Lima, editor Brasília - Ainda acho corretíssimo o levante que um grupo de jornalistas filiados ao Sinjoper está fazendo para indicar o seu representante para a Comunicação Social do governo. Mas discordo dos métodos que estão sendo usados para esse fim. A alegação de que o jornalista Márcio Accioly não tem bom trânsito com a imprensa local parece ser à toa, sem fundamento e sem sustentação lógica. Vejamos pelo o que é fato. Nunca ouvi de nenhum colega qualquer crítica contra a postura profissional ou comportamento pessoal de Márcio Accioly. E esse seria um excelente momento para se apresentar e justificar o que depõe contra um jornalista de profissão, que conhece Roraima, que trabalhou na eleição de Ottomar Pinto em 1990, prestou serviços àquele governo, mantém coluna em jornais locais, coordenou a campanha de Júlio Martins, recentemente, e não pode ser escolhido para assessor de confiança do governador. Repito, de confiança do governador. Se o motivo não é interesses pessoais, se é realmente pelo achismo de que Márcio Accioly não tem bom trânsito com a imprensa, esse levante encorpado por membros do Sinjoper está atrasado. Quem pior que o ex-assessor Weber Negreiros sofria mais críticas e desfrutava de maior antipatia por parte dos colegas? Além disso, nem jornalista Weber o é. Por que Weber não sofreu retaliação e questionamentos do Sinjoper nos dois anos e pouco que foi secretário de Comunicação? Não acho que Márcio Accioly tenha qualquer problema de relacionamento com a imprensa local. Creio, sim, que ele tenha problemas em compactuar com esquemas de propinas. Não falo de "assessorias" tão comuns em Roraima, mas de jabá mesmo, aquele na cara dura, como por exemplo - repito, por exemplo -, depois de veiculada uma entrevista com um gerente de uma empresa de aviação, manda-se o pedido de cortesia para o filho viajar para o Nordeste. Já disse que a reivindicação do grupo do Sinjoper está corretíssima porque está embasada na razão e na moral. Afinal de contas todos os que assinaram a lista do sindicato, estiveram ao lado de Ottomar Pinto nesses dois anos de luta judicial. Suaram a camisa com ele. O ajudaram de forma determinante na decisão do TSE. E foram às ruas comemorar a sua vitória. É isso que deve ser cobrado: a justa atenção pelo o que fizeram por Ottomar. Porém a alegação de que Márcio Accioly não tem bom trânsito com os colegas é muito fraca e sem nenhuma sustentação lógica. Até porque, a obrigação do assessor de comunicação social não é essa. Se for desse jeito, já começo a discordar da justa reivindicação e achar que debaixo desse angú tem muito osso e pedaços de jabá.

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